ZOLIDAM
Midazolam
Solução Injetável
- FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÕES:
Zolidam apresenta-se sob a forma de solução injetável,
apirógena, incolor ou levemente amarelada, para administração
intravenosa ou intramuscular, acondicionada em ampolas de 5mL,
contendo 5mg de Midazolam (1mg/mL), e em ampolas de 1, 2, 3,
5 e 10mL, contendo, respectivamente, 5, 10, 15, 25 e 50mg de
Midazolam (5mg/mL). Caixas contendo 1 ou 10 ampolas para cada
apresentação.
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
- COMPOSIÇÃO:
Solução injetável de 1mg/mL:
Cada mL da solução contém:
Midazolam .................... 1 mg
Cloreto de Sódio .................... 9 mg
Hidróxido de Sódio ................ q.s. pH 3,2 - 3,4
Ácido Clorídrico................... q.s. pH 3,2 - 3,4
Nitrogênio .................... q.s.
Água para Injeções ....................q.s.p. 1 mL
Solução injetável de 5mg/mL:
Cada mL da solução contém:
Midazolam .................... ................5 mg
Cloreto de Sódio ....................9 mg
Hidróxido de Sódio ................ q.s. pH 3,2 - 3,4
Ácido Clorídrico .................. q.s. pH 3,2 - 3,4
Nitrogênio .................... q.s.
Água para Injeções.................... q.s.p. 1 mL
- INFORMAÇÕES AO PACIENTE:
O medicamento deve ser conservado em sua embalagem original, sob temperatura entre 2 ºC e 25 ºC, ao abrigo da luz, calor e umidade excessiva.
O prazo de validade de Zolidam é de 36 meses, a contar da sua data de fabricação, nas condições acima citadas (vide rótulo e cartucho).
" NÃO USE O MEDICAMENTO SE O PRAZO DE VALIDADE ESTIVER VENCIDO"
Informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após seu término. Informe seu médico se está amamentando.
Informe seu médico o aparecimento de reações desagradáveis.
" TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS"
Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início, ou durante o tratamento.
" NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DE SEU MÉDICO, PODE SER PERIGOSO PARA A SUA SAÚDE"
Zolidam é para uso exclusivamente injetável, por via intramuscular ou intravenosa.
- INFORMAÇÕES TÉCNICAS:
Modo de Ação:
Midazolam é uma imidazo-benzodiazepina com propriedades muito semelhantes às de outros benzodiazepínicos.
Midazolam possui efeitos hipnóticos, ansiolíticos, sedativos, relaxantes musculares e anticonvulsivantes, que são característicos das benzodiazepinas, e que se supõe sejam causados, pelo menos, parcialmente, pela intensificação da inibição no SNC mediada por GABA.
Midazolam liga-se aos receptores de benzodiazepínicos em várias regiões do cérebro, tais como a medula espinal, mesencéfalo, cerebelo, sistema límbico e córtex cerebral.
A membrana do neurônio efetor torna-se polarizada e menos apta à respostas excitatórias.
Pelo aumento dos efeitos do GABA (o mais importante neurotransmissor do cérebro) na condução de cloreto, os benzodiazepínicos contrabalanceiam a influência de neurotransmissores excitatórios.
Após a administração de uma dose de 0,15mg/Kg, a duração do efeito é de, aproximadamente, 2 horas, e a duração da amnésia anterógrada é em torno de 40 minutos. A duração da amnésia dependerá da dose e das condições do paciente.
Farmacocinética:
Após injeção intramuscular, Midazolam é absorvido rapidamente, por completo, no tecido muscular. As concentrações plasmáticas máximas são atingidas dentro de um período de 20 minutos, após a administração. A biodisponibilidade de Midazolam, após a injeção intramuscular, é de 90, aproximadamente.
A biodisponibilidade retal do Midazolam varia entre 18 a 52.
A farmacocinética em humanos, após a administração intravenosa, pode ser descrita pelo modelo bicompartimental aberto.
Devido ao seu caráter lipofílico, Midazolam possui um volume de distribuição entre 0,5 a 1,5 litros/Kg.
A exemplo dos demais benzodiazepínicos, Midazolam tem grande poder de ligação (95 a 97 ) com proteínas do plasma, principalmente com a albumina.
Midazolam é metabolizado, rapidamente e por completo, pelo sistema de citocromo P450 do fígado, em três metabólitos que são, por sua vez, rapidamente glucuronizados e excretados, principalmente, pela urina. O metabólito 1-hidroxi-midazolam é ativo, mas se encontra no plasma, principalmente, na forma de glucuronídeo inativo.
A depuração hepática do Midazolam é em torno de 50 do fluxo sangüíneo hepático. Isso explica a intensa inativação de primeira passagem pela qual Midazolam é submetido após a administração oral.
A meia-vida de eliminação do Midazolam é em torno de 1,5 a 5 horas. Em vários grupos de pacientes, pode ser até seis vezes mais prolongada.
A depuração é de 5 a 11mL/min/Kg; mais rápida quando comparada com outros benzodiazepínicos parenteralmente disponíveis.
- INDICAÇÕES:
Zolidam é indicado: na pré-medicação, para indução da anestesia geral e, posteriormente, para sua manutenção; na indução da anestesia em crianças (em combinação com cetamida); na pré-medicação, para procedimentos diagnósticos ou terapêuticos; e como sedativo de longa duração na UTI.
- CONTRA-INDICAÇÕES:
Zolidam é contra-indicado para pacientes que apresentem hipersensibilidade aos benzodiazepínicos ou a qualquer um dos excipientes constituintes da fórmula.
Também é contra-indicado a pacientes portadores de miastenia grave, nas insuficiências hepáticas ou cardiorrespiratórias graves e na síndrome de apnéia do sono.
Zolidam não deve ser administrado a recém-nascidos prematuros e nos três primeiros meses de gravidez, a menos que seja avaliado sua absoluta necessidade, por médicos.
- PRECAUÇÕES:
A solução de Zolidam deve ser administrada por profissional especializado na área e em técnicas de anestesia.
Durante a administração devem estar prontamente disponíveis os recursos ressuscitatórios de emergência.
Pode ocorrer depressão e parada respiratória, especialmente quando utilizado na sedação consciente.
O paciente deverá permanecer na clínica até 3 horas após a administração parenteral e, depois disso, deverá deixar o local com um acompanhante. Os pacientes deverão evitar ingerir álcool antes e até, pelo menos, 12 horas após a administração, uma vez que não se pode prever a reação de cada indivíduo.
A administração de Zolidam deve ser feita com muito cuidado em pacientes de alto risco, tais como pacientes idosos e debilitados, pacientes com insuficiência pulmonar, comprometimento da função renal ou hepática, pacientes com descompensação cardíaca e pacientes em unidade de terapia intensiva (por infusão intravenosa). Nestes casos, a dose ou taxa de infusão devem ser diminuídas e avaliadas individualmente.
Caso ocorra hipovolemia, esta condição deve ser prontamente corrigida.
A ocorrência de reações adversas, tais como: agitação, movimentos involuntários (inclusive movimentos tônicos/clônicos e tremor muscular), hiperatividade e combatividade, pode aumentar com doses altas ou durante a administração intravenosa rápida.
A interrupção repentina, após a administração intravenosa e prolongada de Zolidam, poderá provocar sintomas de abstinência, desse modo, recomenda-se que esta administração seja feita de maneira gradativa.
Uso na gravidez e lactação:
Experiências em animais não indicaram qualquer risco teratogênico com o uso de Zolidam, contudo não foram realizadas avaliações durante a gravidez humana.
Dose única ou administração de curta duração de Zolidam durante a gravidez e lactação não é contra-indicada, porém a administração de longa duração não é recomendada.
Foi demonstrada a ocorrência de transferência placentária de Zolidam.
Se por razões médicas justificáveis Zolidam for administrado no último trimestre de gravidez ou durante o trabalho de parto, em razão de sua ação farmacológica, o medicamento poderá ter efeito sobre o recém-nascido, tais como hipotermia, hipotonia, sugação insatisfatória, irregularidades no ritmo cardíaco fetal e depressão respiratória moderada.
Zolidam é excretado no leite materno, por isso deve ser utilizado com cautela em lactantes.
Uso em crianças:
Zolidam só deve ser utilizado em crianças com menos de 3 meses de idade, se realmente necessário.
Uso em idosos:
A administração de Zolidam deve ser cuidadosa e por via parenteral.
Deve-se manter monitoração constante e adequação de dose deve ser considerada, se necessário. Em idosos, freqüentemente, uma dose menor é suficiente.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas:
Pode ocorrer diminuição das habilidades psicomotoras após a sedação ou anestesia com Zolidam podendo este estado persistir por períodos de tempos diferentes, dependendo da combinação de medicamentos e as doses totais administradas.
Sedação, amnésia e depressão muscular podem influenciar a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas, devendo o paciente ser impedido de exercer tais atividades, por um período de 12 horas, após a administração de Zolidam.
- INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:
Zolidam pode potencializar os efeitos depressivos centrais do álcool, neurolépticos, tranqüilizantes, antidepressivos, anticonvulsivantes, hipnóticos, analgésicos narcóticos e anestésicos.
Durante o uso de barbitúricos, álcool ou outras drogas com efeitos depressivos centrais, o risco de depressão respiratória ou depressão cardiovascular pode ser maior ou pode ocorrer um prolongamento do efeito sedativo.
A dose de Zolidam deve ser reduzida durante o tratamento com fármacos que interferem no citocromo P450 IIIA, conforme demonstrado no tratamento com eritromicina, diltiazem, verapamil, cimetidima, cetoconazol e itraconazol.
Esses fármacos aumentam as concentrações plasmáticas de Zolidam e podem aumentar a intensidade e duração de seus efeitos clínicos.
Deve-se monitorar pacientes tratados com as substâncias acima mencionadas durante as primeiras horas após a administração de Zolidam.
Foi demonstrado que a eritromicina aumenta a concentração plasmática de Zolidam administrado por via oral, resultando em potencialização de seu efeito sedativo. Embora a potencialização seja menor com Zolidam intravenoso, deve-se ter cuidado ao administrar Zolidam a pacientes que estiverem tomando eritromicina.
- REAÇÕES ADVERSAS:
Em geral, as alterações nos parâmetros cardiovasculares devido ao uso de Zolidam são pequenas.
Pode ocorrer queda da pressão arterial, devido à diminuição da resistência vascular sistêmica. Tais alterações podem ser significativas em pacientes com insuficiência da capacidade de entrega de oxigênio do miocárdio e com hipovolemia.
Freqüentemente, após a administração intravenosa, uma curta apnéia (cerca de 45 segundos) pode ocorrer sem maiores complicações, já que a respiração retoma seu curso normal.
Podem ocorrer depressão e paradas respiratórias colocando em risco a vida dos pacientes, principalmente, de idosos ou pacientes com insuficiência respiratória preexistente, especialmente, se as doses forem excessivas ou administradas muito rapidamente.
Dentre outros efeitos colaterais estão dores de cabeça, vertigem, tontura e soluços.
Os efeitos colaterais, tais como náuseas, vômitos e tontura podem indicar uma superdosagem. Também pode ocorrer, de modo freqüente, amnésia anterógrada durante o período de sedação máxima.
Ocorrem com pouca freqüência dores no local da injeção ou inflamação venosa após a administração de Zolidam.
- POSOLOGIA:
A dose de Zolidam deve ser calculada individualmente, pelo médico, com base na idade, peso corporal, condição física, condição patológica subjacente, medicações usadas simultaneamente e pelo tipo de procedimento a ser adotado.
Zolidam pode ser administrado por injeção ou infusão, por um período de tempo mais longo. Dependendo da taxa de administração e dose administrada, o efeito (sono ou sedação) ocorrerá dentro de um período de 1,5 a 5 minutos.
Administração intramuscular:
* Sedação pré-operatória:
Adultos: Doses de 0,07 a 0,10mg/Kg, de acordo com a idade e a condição física geral do paciente. Dose habitual em torno de 5mg. Nos idosos recomenda-se utilizar uma dose menor de 2,5mg.
Crianças: Doses de 0,15 a 0,20mg/Kg.
Essas doses devem ser administradas 30 minutos antes da indução da anestesia.
* Indução de anestesia em crianças:
Doses de 0,15 a 0,2mg/Kg, combinado com doses de 4 a 8mg/Kg de cetamina, por via intramuscular.
Administração intravenosa:
A injeção intravenosa deve ser administrada lentamente (cerca de 2,5mg, em 10 segundos, na indução da anestesia, e 1mg, em 30 segundos, na pré-medicação).
* Sedação consciente:
A dose inicial é de 2,5mg, 5 a 10 minutos antes do procedimento. Quando necessário, doses adicionais de 1mg podem ser administradas. De modo geral, não são necessárias doses superiores a 5mg.
Para pacientes acima dos 60 anos, pacientes debilitados ou com doenças crônicas, a dose inicial deve ser reduzida para 1 a 1,5mg. De modo geral, não são necessárias doses totais superiores a 3,5mg.
* Sedação intravenosa na unidade de terapia intensiva (UTI):
Para a sedação na UTI, a dosagem deve ser determinada de maneira individual, e titulada lentamente, para obter o efeito desejado. Para induzir a sedação recomenda-se a administração de uma dose de " bolus" de 0,03 a 0,3mg/Kg durante um período de 5 minutos. Recomenda-se uma dose de manutenção entre 0,3 a 0,2mg/Kg/hora. Em pacientes com hipovolemia, vasoconstrição e hipotermia, a dose deve ser reduzida ou até mesmo omitida a dose de carga. A sedação é feita por meio de infusão.
* Indução e manutenção da anestesia:
A dose para indução da anestesia é de 0,15 a 0,2mg/Kg combinada a um medicamento analgésico. Podem ser necessárias pequenas doses adicionais para manter a anestesia. Essas doses e o intervalo de tempo entre as doses dependem da sensibilidade do paciente.
A dose de Zolidam combinada com opióides, na anestesia intravenosa, é de 0,03 a 0,3mg/Kg/hora.
A dose deverá ser reduzida em pacientes cirúrgicos que apresentam riscos maiores, em idosos e pacientes debilitados. A manutenção da anestesia geral deve ser feita com injeções repetidas ou por meio de infusão.
- ADMINISTRAÇÃO:
Proteção para as mãos deve ser usada ao abrir as ampolas deste produto.
Devem ser observados os cuidados de assepsia durante toda a manipulação do medicamento até o término de sua administração.
Não misturar Zolidam com outros medicamentos em uma mesma seringa.
Seguir corretamente a posologia e a velocidade de administração indicada.
Uso intravenoso e intramuscular.
Não usar este produto após vencido o prazo de validade.
Qualquer porção não utilizada da solução deve ser descartada.
- SUPERDOSAGEM:
Os sintomas de superdosagem ocorrem, principalmente, como uma intensificação dos efeitos terapêuticos (sedação, fraqueza muscular e sono profundo) ou excitação.
As reações adversas que podem indicar uma ligeira superdosagem de Zolidam são náuseas, vômitos e tontura. Ocorre, freqüentemente, amnésia anterógrada durante o período de sedação máxima.
Uma superdosagem excessiva pode levar ao coma, aneflexia, depressão cardiopulmonar e apnéia.
O tratamento da superdosagem com Zolidam deve seguir os mesmos cuidados utilizados para outros benzodiazepínicos.
Deve-se controlar a respiração, a pulsação e a pressão arterial, além de adotar medidas de suporte gerais, ou seja, manter livres as vias respiratórias e monitorar o funcionamento dos órgãos vitais.
Administração de um antagonista de benzodiazepínicos pode ser utilizada como antídoto (ex: administração intravenosa de flumazenil 0,2mg inicial seguido por 0,2mg/min, até que a resposta apropriada seja alcançada).
USO RESTRITO A HOSPITAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
O ABUSO DESTE MEDICAMENTO PODE CAUSAR DEPENDÊNCIA