Bula Original Sibelium

Sibelium


Informações ao Paciente

dicloridrato de flunarizina
JANSSEN-CILAG FARMACÊUTICA LTDA

Forma Farmacêutica e apresentação
Comprimidos em embalagem com 30 comprimidos.

Uso adulto

Informações Gerais

Marca Comercial:Sibelium
Princípio Ativo:dicloridrato de flunarizina
Classe Terapêutica:Antivertiginosos

Composição

Cada comprimido contém 10 mg de flunarizina.
Excipientes: lactose, amido, hipromelose, polissorbato 20, celulose microcristalina, croscarmelose sódica, dióxido de silício coloidal, estearato de magnésio.

Ação esperada do medicamento

A melhora dos sintomas pode ser observada progressivamente, com o decorrer do tratamento.

Cuidados de armazenamento

Conservar em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC). Proteger da luz e umidade.

Prazo de Validade

Ao adquirir o medicamento, verifique na embalagem externa se ele obedece ao prazo de validade. Não tome medicamento vencido. Pode ser perigoso para sua saúde.

Gravidez e lactação

Não se aconselha o uso de SIBELIUM durante a gravidez e amamentação. Informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término. Informar ao médico se está amamentando.

Cuidados de administração

Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

Interrupção do tratamento

Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Reações Adversas

Informe seu médico o aparecimento de reações desagradáveis.
- Congestão nasal ou corrimento nasal;
- Aumento do apetite, aumento do peso do corpo;
- Sintomas de depressão, dificuldade para dormir ou permanecer dormindo, ansiedade, apatia;
- Sonolência, preguiça ou calma incomum, desorientação, formigamento (alfinetadas ou agulhadas), sentir os membros do corpo, nervosismo, zumbido no ouvido, tremor e anormalidades na coordenação motora ou movimentos involuntários dos músculos, incluindo lentidão, rigidez e solavancos dos membros ou do pescoço que podem resultar em movimento incomum e postura involuntária.
- Consciência incomum dos batimentos cardíacos;
- Náusea, boca seca,  prisão de ventre, dor abdominal, barriga ou estômago;
- Suor excessivo, vermelhidão da pele
- Dor muscular,  estremecimento muscular;
- Dor nas mamas, aumento das mamas, saída de secreção pelos mamilos;
- Menstruação irregular, fluxo menstrual intenso incomum, perda do desejo sexual;
- Sensação de fraqueza generalizada ou perda de energia,  suor nas pernas, pés ou em outras partes do corpo.

TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.

Ingestão concomitante com outras substâncias

Sibelium não deve ser tomado junto com bebidas alcoólicas.

Contra-indicaçõese Precauções

Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início, ou durante o tratamento.
No início do tratamento, deve-se tomar cuidado ao dirigir veículos e operar máquinas, caso ocorra sonolência
Não tome Sibelium se você apresentar hipersensibilidade (alergia) ao dicloridrato de flunarizina aos excipientes da formulação.

NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DE SEU MÉDICO. PODE SER PERIGOSO PARA A SAÚDE.

Informações Técnicas aos Profissionais de Saúde

dicloridrato de flunarizina
JANSSEN-CILAG FARMACÊUTICA LTDA

Forma Farmacêutica e apresentação
Comprimidos em embalagem com 30 comprimidos.

Uso adulto

Informações Gerais

Marca Comercial:Sibelium
Princípio Ativo:dicloridrato de flunarizina
Classe Terapêutica:Antivertiginosos

Composição

Cada comprimido contém 10 mg de flunarizina.
Excipientes: lactose, amido, hipromelose, polissorbato 20, celulose microcristalina, croscarmelose sódica, dióxido de silício coloidal, estearato de magnésio.

CaracterêsticasFarmacolígicas

Propriedades farmacodinâmicas
A flunarizina é um antagonista seletivo do cálcio. A flunarizina previne a sobrecarga de cálcio celular através da redução do influxo excessivo  de cálcio pela membrana celular. A flunarizina não afeta a contratilidade ou condução cardíaca.

Propriedades farmacocinéticas
A flunarizina é bem absorvida atingindo o pico da concentração plasmática dentro de 24 horas e o estado de equilíbrio em 5-6 semanas.
Absorção
A flunarizina é bem absorvida (>80%) a partir do trato gastrintestinal, atingindo o pico da concentração plasmática dentro de 2 a 4 horas após dose oral. Sob condições de redução da acidez gástrica (pH gástrico alto), a biodisponibilidade pode ser levemente alterada.
Distribuição
A flunarizina liga-se >99% às proteínas plasmáticas. A flunarizina possui um alto volume de distribuição de aproximadamente 78 L/Kg em indivíduos saudáveis e aproximadamente 207 L/Kg em pacientes epiléticos indicando extensiva distribuição no tecido extra-vascular. O fármaco atravessa rapidamente a barreira hemato-encefálica, a concentração no cérebro é aproximadamente 10 vezes maior do que a plasmática.
Metabolismo
A flunarizina é metabolizada no fígado em pelo menos 15 metabólitos. A primeira série de reações químicas é no CYP2D6.
Eliminação
A flunarizina é primariamente eliminada como droga não metabolizada ou como seus metabólitos através das fezes via bile. Dentro de 24 a 48 horas após a administração, aproximadamente 3% a 5% da dose da flunarizina administrada é eliminada através das fezes como droga não metabolizada e seus metabólitos e menos de <1%  é excretado inalterado na urina. Sua meia-vida é variável de 5 a 15 horas na maioria dos indivíduos após dose única. Alguns indivíduos demonstram concentrações plasmática de flunarizina mensuráveis (>0,5 ng/mL) por um período prolongado (mais de 30 dias) possibilitando a redistribuição do fármaco a partir de outros tecidos.
Doses múltiplas
A concentração plasmática de flunarizina atinge o estado de equilíbrio após aproximadamente 8 semanas de regime múltiplo de doses únicas e cerca de 3 vezes maior do que a observada após dose única. O estado de equilíbrio da concentração de flunarizina é proporcional a variação da dose de 5 mg a 30 mg.

Indicações

Profilaxia da enxaqueca clássica (com aura) ou comum (sem aura).
Tratamento sintomático dos distúrbios do equilíbrio causados por distúrbios funcionais do sistema vestibular.

Contra Indicações

Sibelium é contra-indicado em casos de hipersensibilidade ao dicloridrato de flunarizina ou aos excipientes da formulação.
Depressões e antecedentes de sintomas extrapiramidais ou parkinsonismo.

Posologia

a) Profilaxia da enxaqueca :
Tratamento inicial : Iniciar o tratamento com 1 comprimido de 10 mg/dia, ao deitar, para pacientes com menos de 65 anos e com 1/2 comprimido (5 mg) para pacientes com mais de 65 anos de idade. Se durante o tratamento sintomas depressivos, extrapiramidais ou outras reações adversas ocorrerem, o tratamento deve ser interrompido. Se após 2 meses de tratamento não se observar melhora significativa o tratamento também deve ser interrompido.

Tratamento de manutenção: Se o paciente responder satisfatoriamente e um tratamento de manutenção for necessário, a dose deve ser reduzida da seguinte forma: o paciente tomará a mesma dose diária durante 5 dias por semana e fará um intervalo durante 2 dias seguidos, sem tomar o medicamento. Mesmo que o tratamento profilático de manutenção tenha sido eficaz e bem tolerado, ele deve ser interrompido após 6 meses e reiniciado somente se houver recaída.

Tratamento de vertigem : A dose será a mesma do tratamento da enxaqueca, mas a dose do tratamento inicial deve ser reduzida assim que os sintomas forem controlados, o que em geral ocorre em menos de 2 meses. Se, no entanto, nenhuma melhora significativa for observada após 1 mês de tratamento de vertigem crônica ou 2 meses de tratamento de vertigem paroxística, a terapêutica deve ser interrompida.

Advertências

Atenção: este medicamento contém Acúcar (amido), portanto, deve ser usado com cautela em portadores de Diabetes.
A eficácia deste medicamento depende da capacidade funcional do paciente.
Este tratamento pode provocar sintomas depressivos ou extrapiramidais e revelar um parkinsonismo, especialmente em pacientes predispostos, como os pacientes idosos. Assim, Sibelium deve ser prescrito com cuidado a tais pacientes.
Em raros casos, a fadiga pode aumentar progressivamente no decorrer do tratamento: neste caso, o tratamento deve ser interrompido. A dose recomendada não deve ser ultrapassada. Os pacientes devem ser vistos a intervalos regulares, especialmente durante o tratamento de manutenção. Assim os sintomas depressivos extrapiramidais podem ser detectados precocemente e neste caso o tratamento interrompido. Se, durante o tratamento de manutenção, os efeitos terapêuticos diminuirem, o tratamento deve ser interrompido.

Gravidez
A segurança de Sibelium para uso em mulheres grávidas não está estabelecido.
A avaliação de estudos em animais não indica efeitos nocivos diretos ou indiretos relacionados à reprodução, desenvolvimento do embrião ou do feto, curso da gestação ou desenvolvimento peri- e pós- natal.
Lactação
Estudos realizados em cães mostraram que Sibelium é excretado no leite, sendo a concentração no leite maior que no plasma. Apesar de não se ter dados sobre a excreção da flunarizina no leite materno, o uso do Sibelium deve ser evitado durante a lactação.

Ação sobre a habilidade de dirigir veículos e operar máquinas
Desde que sonolência pode ocorrer, especialmente no início do tratamento com Sibelium , cuidados devem ser tomados durante atividades tais como dirigir veículos ou operar máquinas perigosas.

Interações Medicamentosas

Sibelium pode potencializar os efeitos do álcool e dos depressores do SNC, especialmente no início do tratamento. Não há contra-indicação do seu uso concomitante com beta-bloqueadores.
A farmacocinética da flunarizina  não foi afetada pelo topiramato.
Durante a co-administração de Sibeliumcom 50 mg de topiramato a cada 12 horas, foi observado aumento de 16% da exposição sistêmica a flunarizina em pacientes com enxaqueca comparável com 14% de aumento em pacientes  tratados com flunarizina isolada. O estado de equilíbrio farmacocinético do topiramato não foi afetado pela flunarizina.
Administração crônica da flunarizina não afetou a disposição da fenitoína, carbamazepina, valproato ou fenobarbital.  A concentração plasmática da flunarizina foi geralmente menor em pacientes com epilepsia que tomam medicamento anti-epiléticos (AEDs)  quando comparado com indivíduos saudáveis que tomaram doses similares. A ligação às proteínas plasmáticas da carbamazepina, valproato e fenitoína não foram afetadas pela co-adminsitração com a flunarizina.

Reações Adversas a Medicamentos

Dados de estudos clínicos
Dados de estudos duplo-cegos placebo controlado- Reações adversas relatadas com incidência ≥ 1%
A segurança de Sibelium (5 a 10 mg/dia) foi avaliada em 500 indivíduos (dos quais 247 foram tratados com Sibelium e 253 com placebo) que participaram em dois estudos clínicos duplo-cegos placebo controlado paralelo, um no tratamento da enxaqueca e/ou no tratamento da vertigem.
Reações Adversas ao Medicamento (RAMs) relatadas por ≥1% dos indivíduos tratados com Sibelium nestes estudos clínicos estão demonstradas na tabela 1.

Tabela 1. Reações Adversas ao Medicamento relatadas por ≥1% dos indivíduos tratados com Sibelium em 2 estudos duplo cegos paralelos placebo controlados

Sistemas/Classe de órgãos
Reação Adversa

Sibelium (5-10 mg)
(n=247)
%

Placebo
(n=253)
%

Infecções e Infestações

Rinite

4.0

1.6

Distúrbios do Metabolismo e da Nutrição

Aumento do apetite

4.0

2.0

Distúrbios psiquiátricos

Depressão

4.5

0.8

Distúrbios do sistema nervoso

Sonolência

9.3

1.2

Distúrbios gastrintestinais

Constipação

2.4

0.4

Distúrbios musculoesqueléticoe do tecido conectivo

Mialgia

2.4

0.8

Distúrbios do sistema reprodutor e mamas

Menstruação irregular

2.8

1.2

Dor nas mamas

1.2

0.4

Investigações

Aumento de peso

11.3

2.8

Dados controlados de comparador ativo- Reações Adversas ao Medicamento relatada com incidência ≥ 1%.
Dois estudos clínicos duplo-cegos controlados com comparador ativo foram selecionados para determinar a incidência de RAMs. Nestes dois estudos, 476 indivíduos foram tratados com 10mg/dia de Sibelium , um em tratamento para enxaqueca e outro para o tratamento da vertigem ou enxaqueca.
RAMs relatadas por ≥ 1% dos indivíduos tratados com Sibelium observadas em estudos clínicos controlados com comparador ativo não listados na tabela 1 estão mencionados na tabela 2.

Tabela 2.  Reações Adversas ao Medicamento relatadas por ≥1% dos indivíduos tratados comf Sibelium   em 2 estudos duplo-cegos controlados por comparador ativo

Sistemas/Classes de órgão
Reações Adversas

Sibelium   (10 mg/dia)
(n=476)
%

Distúribiosgastrintestinais

Desconforto estomacal

2.3

Distúrbios gerais e condição do local da aplicação

Fadiga

2.9

Dados de estudos controlados com placebo ou comparador ativo- Reações Adversas relatadas com incidência <1%.
RAMs adicionais que ocorreram em <1% dos indivíduos tratados com Sibelium em nenhum dos estudos clínicos mencionados estão listados na tabela 3.

Tabela 3. Reações adversas ao medicamento relatadas por  <1% dos indivíduos tratados tanto em estudos clínicos controlados por placebo ou pelo comparador

Distúrbios psiquiátricos
Sintomas depressivos
Distúrbios do sono
Apatia

Distúrbios do sistema nervoso
Torcicolo
Tinido
Letargia
Parestesia
Fadiga
Nervosismo
Anormalidade na coordenação
Desorientação

Distúrbios cardíacos
Palpitações

Distúrbios gastrintestinais
Obstrução intestinal

Distúrbios gastrintestinais
Boca seca

Distúrbios da pele e tecido subcutâneo
Hiperidrose

Distúrbios musculoesqueléticoe do tecido conectivo
Espasmo muscular
Rigidez muscular

Distúrbios do sistema reprodutor e mamas
Oligomenorréia
Menorragia
Hipertrofia das mamas
Distúrbios menstruais
Diminuição da libido

Distúrbios gerais e condições do local da administração
Edema generalizado
Astenia
Edema periférico


Dados pós-comercialização
Primeiros eventos adversos identificados como RAMs durante o período de pós-comercialização com Sibelium foram incluídos na tabela 4. As freqüência dos eventos adversos seguem as seguintes convenções:

Muito comum

≥1/10

Comum

≥1/100 a <1/10

Incomum

≥1/1.000 a <1/100

Raro

≥1/10.000 a <1/1.000

Muito raro

<1/10.000, incluindo relatos isolados


Na tabela 4, as RAMs estão apresentadas por categoria da freqüência baseada nas taxas de relatos espontâneos.

Tabela 4. Reações Adversas ao Medicamento identificadas durante a experiência de pós- comercialização com Sibelium por categoria da freqüência estimadas a partir de taxas de relatos espontâneos

Distúrbios psiquiátricos

 Insônia

Muito raro

 Ansiedade

Muito raro

Distúrbios do sistema nervoso

 Acatisia

Muito raro

 Bradicinesia

Muito raro

 Rigidez da roda denteada

Muito raro

 Discinesia

Muito raro

 Tremor essencial

Muito raro

 Distúrbio extrapiramidal

Muito raro

 Parkinsonismo

Muito raro

 Sedação

Muito raro

 Tremor

Muito raro

Distúrbios gastrintestinais

 Náusea

Muito raro

Distúrbios músculo esquelético ou do tecido conectivo

 Rigidez muscular

Muito raro

Distúrbio da pele e do tecido subcutâneo

 Eritema

Muito raro

Distúrbios do sistema reprodutor e mamas

 Galactorréia

Muito raro

Superdose

Com base nas propriedades farmacológicas do medicamento, sedação e astenia podem ocorrer. Poucos casos de superdosagem aguda (mais de 600 mg em 1 só tomada) foram relatados e os sintomas observados foram : sedação, agitação e taquicardia.
Como não há antídoto específico, o tratamento da superdosagem consiste em medidas de suporte como lavagem gástrica, provocação de vômito e administração de carvão ativado.


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