IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Ritmonorm
cloridrato de propafenona
Comprimido 300 mg
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Comprimido revestido
Embalagem com 10, 30 ou 60 comprimidos
VIA ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido de Ritmonorm® contém:
cloridrato de propafenona | 300 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: amido, celulose microcristalina, croscarmelose sódica, estearato de magnésio, hipromelose, macrogol e dióxido de titânio.
INFORMAÇÕES AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
INDICAÇÕES
Ritmonorm® é destinado ao tratamento das taquiarritmias supraventriculares sintomáticas, em pacientes sem doença cardíaca estrutural significativa, como fibrilação atrial paroxística, taquicardia juncional AV e taquicardia supraventricular em pacientes portadoresda Síndrome de Wolff-Parkinson- White.
Tratamento da taquiarritmia ventricular sintomática, considerada ameaçadora a vida pelo médico.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Boriani et al. trataram pacientes com propafenona, comparativamente a placebo, para a reversão de FA com duração de até 7 dias. Com propafenona na dose de 600 mg por via oral (dose única), verificou-se chance de reversão em 3 horas de 45% vs.18% com placebo (p<0,001) e de 76% com propafenona vs. 37%com placebo (p<0,001) em 8 horas.
Kochiadaks GE, et al avaliaram 362 pacientes com FA com menos de 48 horas que receberam propafenona, procainamida, amiodarona e placebo de forma randomizada. O sucesso do tratamento ocorreu em 68,5% dos pacientes do grupo procainamida (média de 3 horas), 80,2% do grupo propafenona (média de 1 hora), 89,1% do amiodarona (média de 9 horas) e 61,1% do grupo placebo, média de 17 horas, (p<0,05 para todas as medicações versusplacebo).
REFERÊNCIAS
- Boriani G, et al. “Oral Propafenone to Convert Recent-Onset Atrial Fibrillation in patients with and without underlying Heart Disease. A Rondomized, Controlled Trial”: Ann Intern Med 1997; 126:621-625.
- Kochiadaks GE, et al. “A Comparative Study of the Efficacy and Safety of Procainamide Versus Propafenone Versus Amiodaronefor the Conversionof Recent-Onset Atrial Fibrillation”: Am J Cardiol. 2007; 99:1721-1725
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Descrição
O cloridrato de propafenona, substância ativa do Ritmonorm®, é um agente antiarrítmico, classe 1c com algumas semelhanças estruturais com agentes betabloqueadores. É um pó cristalino branco ou incolor com um sabor muitoamargo. É poucosolúvelem água (20°C), clorofórmio e etanol. Seu nome químico é cloridratode 2’- [2-hidroxi-3-(propila mino)-propoxi]-3-fenilpropiofenona e sua fórmula química é C21H27NO3.HCl. Seu peso molecular é de 377,92.
Farmacodinâmica
Ritmonorm® é um agenteantiarrítmicocom efeito estabilizador demembrana na célula miocárdica, bloqueador dos canais de sódio (Vaughan Williams classe 1c). Tem também fraca ação betabloqueadora (Vaughan Williams, classe II). Ocloridrato de propafenona reduz a taxa de aumentodo potencialde açãoatrasando assim a condução do impulso (efeito dromotrópico negativo). Prolonga o tempo refratário nos átrios, nódulo AV e ventrículos. Prolonga o períodorefratário nas vias acessórias em pacientesportadores da Síndrome de Wolff-Parkinson-White.
Farmacocinética
Absorção
Ritmonorm® atinge concentrações plasmáticas máximas em 2 a 3 horas após a administração. A propafenona é conhecida por sofrer extensa e saturável biotransformação pré-sistêmica (efeito do metabolismo hepático de primeira passagem pela CYP2D6) o que resulta em biodisponibilidade dose e forma dedosagem-dependente.
Apesar de a alimentação aumentar a concentração plasmática máxima e a biodisponibilidade em um estudo de dose única, durante a administração de doses múltiplas de propafenona para indivíduos saudáveis a alimentação não alterousignificantemente a biodisponibilidade.
Distribuição
Propafenona se distribui rapidamente. O volume de distribuição do estado estacionário é 1,9 a 3,0 L/Kg. O grau de ligação da propafenona com proteínas plasmáticas é dependente da concentração e diminui de 97,3% a 0,25 µg/mL para 81,3% a 100 µg/mL.
Biotransformação e eliminação
Existem dois padrões genéticos de metabolismo da propafenona. Em mais de 90% dos pacientes, a substância é rápida e extensamentemetabolizada, com umameia-vida deeliminaçãode 2 a 10 horas (metabolizadores rápidos). Esses pacientes metabolizam a propafenona em dois metabólitos ativos: 5-hidroxipropafenona queé formadapela CYP2D6 e N-depropilpropafenona (norpropafenona) que é formada pela CYP3A4 e CYP1A2. Em menos de 10% dos pacientes, o metabolismo da propafenona é mais lento porque o metabólito 5-hidroxi não é formado ou é minimamente formado(metabolizadores pobres). Ameia -vida de eliminaçãoestimada da propafenona varia entre 2 a 10 horas para metabolizadores rápidos e de 10 a 32 horas para metabolizadores lentos. O clearanceda propafenona é 0,67 a 0,81 L/h/Kg.
Uma vez que o estadoestacionário é alcançado apenas após 3 ou 4 dias após administração da dose, o esquemade doses recomendadoé o mesmo para todos os pacientes (metabolizadores rápidos ou lentos).
Linearidade/não linearidade
Em metabolizadores lentos, a farmacocinética da propafenona é linear. Em metabolizadores extensos, a saturação da via de hidroxilação (CYP2D6) resulta em farmacocinética nãolinear.
Inter/intra variabilidade individual
Com o cloridrato de propafenona, há um grauconsiderável de variabilidade individualna farmacocinética, que é devido em parte ao efeito do metabolismo de primeira passagem hepático e à farmacocinética não linear em metabolizadores extensos. A grande variabilidade nos níveis sanguíneos devido ao efeito de primeira passagem pelo fígadoe à farmacocinética nãolinear requer titulação cuidadosa da substância nos pacientes, com particular atençãoàs evidências clínicas e eletrocardiográficas de toxicidade.
Existem diferenças significativas nas concentrações plasmáticas da propafenona em metabolizadores lentos e rápidos, sendo que os primeiros atingem concentrações 1,5 a 2,0 vezes maiores do que os metabolizadoresrápidos em doses de 675–900 mg/dia. Com doses baixas, as diferenças são maiores sendo que os metabolizadores lentos atingem concentrações mais de cincovezes maiores doque os metabolizadores rápidos.
Populações especiais
Idosos: Exposição à propafenona por pacientes idosos com função renal normal foi altamente variável, e sem significante diferença em relação aos indivíduos saudáveis. A exposição à 5-hidroxipropafenona foi similar, mas a exposição à glucoronídeos da propafenona foi dobrada.
Pacientes com insuficiência renal: Em pacientes com insuficiência renal, a exposição à propafenona e a 5-hidroxipropafenona foi similar a dos pacientes saudáveis, enquanto foi observado acúmulo de metabólitos glucoronídeos. O cloridrato de propafenona deve ser administrado com cautela em pacientes com insuficiência renal.
Pacientes com insuficiência hepática: A diminuição da função hepática aumenta a biodisponibilidade. A depuração da propafenona é reduzida e a meia-vida de eliminação é aumentada em pacientes com disfunção hepática significativa. A dosagem deve ser ajustada em pacientes com insuficiência hepática.
CONTRAINDICAÇÕES
Ritmonorm® é contraindicado em:
- Hipersensibilidade conhecida ao cloridrato de propafenona ou a qualquer outro componente da fórmula (ver COMPOSIÇÃO)
- Conhecida Síndrome de Brugada (ver item 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES)
- Ocorrência de infarto agudo do miocárdio nos últimos 3 meses
- Doença de alteração estrutural cardíaca significativa como:
- Insuficiência cardíaca descompensada com fraçãode ejeçãodo ventrículoesquerdo inferior a 35%
- Choque cardiogênico, exceto quandocausado por arritmia
- Bradicardia sintomática grave
- Doença do nódulo sinusal, transtornos preexistentes de altograu da condução sino -atrial, bloqueios atrioventriculares de segundo grau ou maior, bloqueio de ramo ou bloqueio distal na ausência de marcapassoexterno
- Hipotensãoarterialgrave
- Distúrbio eletrolítico não compensado(ex. desordens nos níveis séricos de potássio)
- Doença pulmonar obstrutiva grave
- Miastenia grave
- Pacientes que recebem tratamento concomitante com ritonavir
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
O cloridrato de propafenona, assim como outros antiarrítmicos, pode causar efeitos pró-arritmicos, como por exemplo causar ou agravar arritmias preexistentes (ver item 9. REAÇÕES ADVERSAS). É essencial o controle clínico, eletrocardiográfico e da pressão arterial do paciente, antes e durante a terapia em todos os pacientes que usam este medicamento para determinar se a resposta da propafenona suporta a manutenção do tratamento.
Este medicamento pode apresentar sabor amargo da substância ativa quando mastigado.
Síndrome de Brugada:a síndrome de Brugada pode ser desmascarada ou aparecer no eletrocardiograma (ECG). As alterações podem ser provocadas após exposição ao cloridrato de propafenona por portadores assintomáticos da síndrome. Após o início do tratamento com propafenona, um eletrocardiograma (ECG) deve ser realizado para descartar alterações sugestivas de síndrome de Brugada.
O tratamento com Ritmonorm® pode afetar o limiar rítmico e a sensibilidade de marcapassos artificiais. O marcapasso deve ter suas funções checadas e, se necessário, deve ser reajustado. Existe um potencial para conversão da fibrilação atrial paroxística para flutter atrial com bloqueio de condução 2:1 ou condução 1:1 (ver item 9. REAÇÕES ADVERSAS).
Como outros agentes antiarrítmicos da classe 1c, pacientes com significativa doença cardíaca estrutural podem ser predispostos a eventos adversos graves. Portanto, Ritmonorm® é contraindicado nesses pacientes (ver item 4. CONTRAINDICAÇÕES).
Ritmonorm® deve ser utilizado com cuidado em pacientes com obstrução de via aérea respiratória (exemplo: asma).
Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas
Visão embaçada, tonturas, fadiga e hipotensão postural podem afetar a velocidade de reação do paciente e prejudicar a capacidade do indivíduo de operar máquinas ou veículos motores.
Gravidez e Lactação
Não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Ritmonorm® deve ser usado durante a gravidez somente se o benefício potencial justificar o risco potencial ao feto. É conhecido que o cloridrato de propafenona passa pela barreira placentária em humanos. Foi relatado que a concentração de propafenona no cordão umbilical representa cerca de 30% do total no sangue materno.
Categoria de risco: C - Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Lactação: a excreção de propafenona no leite materno não foi estudada. Dados limitados sugerem que a propafenona pode ser excretada no leite materno. Ritmonorm® deve ser usado com cuidado em mães lactantes.
Populações especiais
Idosos:De modo geral, não foram observadas diferenças na segurança oueficácia do medicamentoquandousado por idosos. No entanto, não pode ser excluída uma sensibilidade maior de alguns indivíduos idosos e, portanto, estes pacientes devem ser monitorados cuidadosamente.
Dados de segurança pré-clínicos
Dados pré-clínicos não revelaram nenhum risco especial pa ra humanos baseados em estudos convencionais de farmacologia de segurança, toxicidade dedoses repetidas, genotoxicidade, potencialcarcinogênicoou toxicidade reprodutiva.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Anestésicos locais e outros fármacos que possuem efeito inibitório sobre a frequência cardíaca e/ou contratilidade miocárdica: pode ocorrer potencialização deefeitos colaterais quandoo cloridratode propafenona é administrado juntamente com anestésicos locais (p.ex., para implantação de marcapasso, procedimentos cirúrgicos ou dentários) e outros fármacos que possuem efeito inibitório sobre a frequência cardíaca e/ou a contratilidade miocárdica (p.ex., betabloqueadores, antidepressivos tricíclicos).
A coadministração de Ritmonorm® com fármacos metabolizados pelo CYP2D6 (como a venlafaxina) pode aumentar o nívelplasmáticodesses fármacos. Aumentos no nívelsérico ou sanguíneode propranolol, metoprolol, desipramina, ciclosporina, teofilina e digoxina têm sido reportados durantea terapia com Ritmonorm®. Adose desses medicamentos deve ser reduzida apropriadamente se sinais de superdosagem forem observados.
Fármacos inibidores das enzimas CYP2D6, CYP1A2 e CYP3A4:cetoconazol, cimetidina, quinidina, eritromicina e suco de grapefruit(toranja ou pomelo), podem aumentar os níveis de cloridrato de propafenona. Quando cloridrato de propafenona é administrado com inibidores destas enzimas, os pacientes devem ser monitorados cuidadosamentee a dose deveser ajustada de acordo.
Amiodarona: a terapia combinada de amiodarona e cloridrato de propafenona pode afetar a condução e a repolarização, levando a anormalidades com potencial pró-arrítmico. Podem ser necessários ajustes de dose de ambos os compostos com base na resposta terapêutica.
Lidocaína: não foramobservadosefeitos significativos na farmacocinética da propafenonaou da lidocaína após o seu uso concomitante por pacientes. Entretanto, foireportadoque o usoconcomitante decloridrato de propafenona e lidocaína aumenta os riscos de efeitos adversos nosistema nervoso central relacionados à lidocaína.
Fenobarbital: o fenobarbital é um indutor conhecido da CYP3A4. A resposta ao tratamento com cloridrato de propafenona deveser monitorada durante o uso crônicoconcomitante de fenobarbital.
Rifampicina: o uso concomitante de cloridrato de propafenonae rifampicina pode reduzir a eficácia antiarrítmica do cloridratode propafenona como resultado de umareduçãode seus níveis plasmáticos.
Anticoagulantes orais:um rigoroso monitoramento da condição de coagulação em pacientes que recebem anticoagulantes orais concomitantes (p.ex., femprocumona, varfarina) é recomendado, pois o cloridrato de propafenona pode aumentar a eficácia destes fármacos, resultando em um tempo de protrombina aumentado. As doses desses medicamentos devem ser reduzidas, apropriadamente, se sinais de superdosagem forem observados.
Fluoxetina e paroxetina:elevados níveis plasmáticos de propafenona podem ocorrer quando cloridrato de propafenona for usado concomitantemente com inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS), como fluoxetina e paroxetina. A administração concomitante de cloridrato de propafenona e fluoxetina em metabolizadores rápidos aumentou o Cmax e a AUC da S-propafenona em 39 e 50%, respectivamente, e a Cmax e a AUC da R-propafenonaem 71 e 50%. Doses menores de propafenona podem ser suficientes para obter a resposta terapêutica desejada.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Conservar em temperatura ambiente (15–30°C). Proteger da luz e umidade.
Se armazenadonas condições indicadas, o medicamentose manterá próprio para consumopelo prazo de validade de 36 meses, a partir da data de fabricaçãoimpressa na embalagem externa.
Número de lote e datas de fabricaçãoe validade: vide embalagem.
Não use medicamento comprazo de validade vencido. Guarde-oem sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Comprimido revestido branco, com as faces biconvexas, uma lisa e outra sulcada, com sabor amargo.
Antes de usar, observe o aspectodo medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
A dosagem deve ser ajustada pelo médico conforme necessidades individuais dos pacientes.
Este medicamentopode ser partidono sulco em duas metades iguais, mas não deve ser mastigado devido ao sabor amargo e ao efeito anestésico superficial da substância ativa.
Naqueles pacientes nos quais ocorre um alargamento significativo do complexo QRS ou bloqueio atrioventricular de segundo ou terceiro grau, deve ser considerada uma redução da dose.
Adultos
A determinação da dose de manutenção é individual. A dose inicial para titulação e de manutenção diária recomendada é de 450 a 600 mg dividida entre 2 ou 3 doses por dia para pacientes com um peso corporal de aproximadamente 70 kg. No entanto, é importante salientar que pacientes podem apresentar diferentes necessidades metabólicas, para pacientes com peso abaixo de 70 kg deve-se considerar uma dosagem menor de medicamento, principalmente no início de tratamento. Cabe ao médico determinar a dosagem mais adequada ao seu paciente. A dose individual de manutenção deve ser determinada sob supervisão cardiológica, incluindo monitorização eletrocardiográfica e medidas repetidas da pressão arterial (fase de titulação).
Eventualmente, torna-se necessário aumentoda dose diária para 900 mg, conforme esquema:
- Dose mínima:450 mg/dia (1/2 comprimidode 300 mg, a cada 8 horas).
- Dose média: 600 mg/dia (1 comprimidode 300 mg, a cada 12 horas).
- Dose máxima:900 mg/dia (1 comprimido de 300 mg, a cada 8 horas).
Na fase inicial de tratamento o aumento da dose deve ser escalona do e não deve ser realizado até que o paciente complete 3 a 4 dias de tratamento.
O limite máximo diário de administraçãosão 3 comprimidos revestidos de 300 mgcada.
Dosagens especiais
Idosos: De modo geral, não foram observadas diferenças na segurança ou eficácia do medicamento quando usado por idosos. No entanto, não pode ser excluída uma sensibilidade maior de alguns indivíduos idosos e, portanto, estes pacientes devem ser monitorados cuidadosamente. O mesmo se aplica a terapia de manutenção. Qualquer aumento da dose que seja necessário não deve ser realizado até que se complete 5 a 8 dias de tratamento. Recomenda-se que o início do tratamento seja feito com o paciente hospitalizado, sob controle médico, devido ao risco aumentado de efeitos pró-arrítmicos associados à administração da propafenona.
Insuficiência hepática e renal: Em pacientes com função hepática e/ou renal debilitada, pode haver o acúmulo do fármaco após administração da dose terapêutica padrão. No entanto, esses pacientes podem ser tratados com Ritmonorm®, desde que haja controle cardiológico, ou seja, controle eletrocardiográfico e monitoramento clínico.
REAÇÕES ADVERSAS
Resumo do perfil de segurança
As mais frequentes e comuns reações adversas relatadas na terapia com propafenona são: tontura, desordens de condução cardíaca e palpitações.
Estão descritas a seguir as reações adversas clínicas que ocorreram em pelo menos 1 dos 885 pacientes que tomavam cloridrato de propafenona SR (comprimidos de liberação modificada) em cinco estudos de fase II e dois estudos de fase III. É esperado que as reações adversas e frequências sejam similares para as formulações de liberação imediata (que é o caso deste medicamento). Também estão incluídas a seguir as reações adversas que ocorreram pós-comercialização de propafenona.
Reações adversas muito comuns ≥ 1/10 (> 10%)
- Desordens do sistema nervoso: tontura (excluindo vertigem);
- Desordens cardíacas: desordens de condução cardíaca (incluindo bloqueio sinoatrial, bloqueio atrioventricular e intraventricular) e palpitações.
- Efeito anestésico superficial da substância ativa, referente ao consumo do comprimido quando mastigado
Reações adversas comuns/frequentes ≥ 1/100 a < 1/10 (> 1% e < 10%)
- Desordens psiquiátricas: ansiedade e desordens do sono;
- Desordens do sistema nervoso: cefaleia, disgeusia;
- Desordens da visão: turvação visual;
- Desordens cardíacas: bradicardia sinusal, bradicardia, taquicardia e flutter atrial;
- Desordens gastrointestinais: náusea, vômito, diarreia, constipação, boca seca e dor abdominal;
- Desordens do sistema respiratório, torácico e mediastinal: dispneia;
- Desordens hepatobiliares: função hepática anormal (teste de funções hepáticas anormais como: aumento de aspartatoaminotransferase, aumento de alanina aminotransferase, aumentodegama-glutamiltransferase e aumento da fosfatasealcalina sanguínea);
- Desordens gerais: fadiga, dor torácica, astenia e febre.
Reações adversas incomuns ≥ 1/1.000 e < 1/100 (> 0,1% e < 1%)
- Desordens do sistema sanguíneo e linfático: trombocitopenia;
- Desordens metabólicas e nutricionais: diminuição do apetite;
- Desordens psiquiátricas: pesadelos;
- Desordens do sistema nervoso: síncope, ataxia e parestesia;
- Desordens do ouvidoe labirintite: vertigem;
- Desordens cardíacas: taquicardia ventricular, arritmia. A propafenona pode estar associada com efeitos proarrítmicos que se manifestam através do aumento do ritmo cardíaco (taquicardia) ou fibrilação ventricular. Algumas dessas arritmias podem ser ameaças de vida e podem requerer ressuscitação para prevenção de desfecho potencialmente fatal;
- Desordens vasculares: hipotensão;
- Desordens gastrointestinais: distensão abdominal e flatulência;
- Desordens de pele: prurido, urticária, rash e eritema;
- Desordens do sistema reprodutivo: disfunção erétil.
Reações adversas raras > 1/10.000 e < 1/1.000 (> 0,01% e < 0,1%)
Não são conhecidas até o momento.
Reações adversas muito raras > 1/10.000 (< 0,01%)
Não são conhecidas até o momento.
Pós-comercialização
São descritas a seguir reações adversas pós-comercialização de propafenona, que não possuem frequência conhecida:
- Desordens do sistema sanguíneoe linfático: leucocitopenia, granulocitopenia, agranulocitose;
- Desordens do sistema imune: hipersensibilidade (que pode se manifestar por colestase, discrasias sanguíneas, e erupção cutânea);
- Desordens psiquiátricas: confusão mental;
- Desordens do sistema nervoso: convulsão, sintomas extrapiramidais e inquietação;
- Desordens cardíacas: fibrilação ventricular; falência cardíaca (pode ocorrer um agravo da insuficiência cardíaca preexistente) e redução do ritmo cardíaco;
- Desordens vasculares: hipotensão ortostática (hipotensão postural);
- Desordens gastrointestinais: distúrbio gastrointestinal e vômito;
- Desordens hepatobiliares: incluindo lesão celular, colestase, icterícia e hepatite;
- Desordens de pele: pustulose exantemática aguda generalizada (AGEP);
- Desordens músculo-esqueléticas e articulares: Síndrome lupus-like;
- Desordens do sistemareprodutivo: diminuição da contagem de esperma (reversível após descontinuação da propafenona).
Em casos de eventos adversos, notifique à empresa e ao Sistema VigiMed, disponível no Portalda Anvisa.
SUPERDOSE
Sintomas miocárdicos:Os efeitos da superdosagem de cloridrato de propafenona no miocárdio se manifestam como distúrbios de geração e condução de impulso, como prolongamento PQ, alargamento QRS, supressão da automaticidade do nódulo sinusal, bloqueio atrioventricular, taquicardia ventricular, flutter ventricular, fibrilação ventricular e parada cardíaca. Redução da contratilidade (efeito inotrópico negativo) pode causar hipotensão que, em casos graves, podem causar um choque cardiovascular.
Sintomas e sinais não cardíacos:Acidose metabólica, dor de cabeça, tontura, visão borrada, parestesia, tremor, náusea, constipação, boca seca e convulsões têm sido reportados na overdose. Morte também tem sido reportada. Em casos graves de envenenamento, convulsões tônico-clônicas, parestesia, sonolência, coma e parada respiratória podem ocorrer.
Tratamento:Devido à alta ligação protéica (>95%) e ao alto volume de distribuição, hemodiálise não é efetiva e a tentativa deeliminação por hemoperfusão é de eficácia limitada.
Além das medidas de emergência gerais, os sinais vitais do paciente devem ser monitorados em uma unidade de terapia intensiva, e mantidos como apropriado. Desfibrilação e a infusão de dopamina e isoproterenol tem sido efetivos no controle do ritmo e pressão sanguínea.
Em caso de superdosagem, recomenda-se cuidadosa monitorização eletrocardiográfica e hemodinâmica, tomando as medidas gerais de suporte, assim como aquelas específicas para cada situação (agentes inotrópicos e/ou vasopressores, estimulação elétrica, massagem cardíaca, respiração assistida mecanicamente, correção hidroeletrolítica, etc).
Em casos extremamente raros, a superdosagem de cloridrato de propafenona pode levar a fenômenos convulsivos, que podem ser controlados pelo uso do Diazepam por via intravenosa.
Em caso de intoxicação ligue para 08007226001, se você precisar de mais orientações sobre como proceder.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
MS: 1.0553.0309
Farm. Resp.: Graziela Fiorini Soares CRF-RJ nº 7475
Registrado por:
Abbott Laboratórios do Brasil Ltda.
Rua Michigan, 735 São Paulo – SP
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Fabricado por:
Abbott Laboratórios do Brasil Ltda.
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