OXAPEN
Oxacilina Sódica
Indicações de Oxapen
Nos processos infecciosos causados por germes sensíveis à oxacilina, tais como os estafilococos produtores de penicilinase, os pneumococos e os estreptococos beta-hemolíticos do grupo A. A oxacilina é usada no tratamento das infecções de pele e dos tecidos moles: pneumonias, septicemias, sinusites, infecções por queimaduras, meningite estafilocócica e na profilaxia da endocardite bacteriana.
Forma Farmacêutica e Apresentações de Oxapen
Pó para solução injetável. Caixa com 50 frascos-ampola + 50 ampolas de diluente de 3 ml.
Cada frasco-ampola contém: Oxacilina 500 mg.
Uso pediátrico ou adulto.
Contra-Indicações de Oxapen
Em pacientes com hipersensibilidade aos componentes da fórmula ou às penicilinas e cefalosporinas.
Cuidados e Advertências de Oxapen
Gerais - a oxacilina deve ser administrada com precaução em pacientes com: história de alergia em geral (asma, eczema, febre do feno e urticária), insuficiência renal, em enfermidades gastrointestinais, especialmente colite ulcerosa, enterocolite localizada ou colite associada a antibióticos (as penicilinas podem produzir colite pseudomembranosa), mononucleose infecciosa, fibrose cística e insuficiência cardíaca congestiva ou hipertensão. O uso prolongado pode levar ao desenvolvimento de candidíase oral (monilíase).
Superinfecções: o uso de antibióticos (especialmente em terapias prolongadas ou repetitivas) pode resultar num maior crescimento bacteriano ou fúngico de microrganismos não suscetíveis. Alguns desses crescimentos podem provocar uma infecção secundária. No caso de ocorrer superinfecção, medidas apropriadas devem ser tomadas.
Monitorização do paciente: exames de urina, uréia e determinação da creatinina devem ser feitos periodicamente durante a terapia com penicilinas resistentes à penicilinase, revendo-se as dosagens caso os valores obtidos nestes exames elevarem-se. Se houver conhecimento ou suspeita de insuficiência renal, a dosagem total deve ser reduzida e os níveis de sangue devem ser monitorizados para prevenir possíveis variações neurotóxicas. A monitorização é particularmente importante em recém-nascidos, crianças, e também quando altas doses são utilizadas.
Colite associada a antibióticos: em pacientes com sintomas persistentes de colite pseudomembranosa associada a antibióticos, pode ser necessária a reto-sigmoidoscopia ou a colonoscopia, antes de iniciar o tratamento com a oxacilina. Pacientes com colite pseudomembranosa podem necessitar de exame de fezes para detectar a presença do Clostridium difficile e de sua citotoxina, antes do tratamento. Nos casos brandos de pacientes que desenvolveram colite membranosa associada a antibióticos, produzida pela toxina do Clostridium difficile, durante ou após a administração de penicilinas, os sintomas desaparecem com a interrupção do medicamento. Os casos moderados a severos podem requerer a reposição de líquidos, eletrólitos e proteínas. No caso de não responderem às medidas indicadas, pode ser utilizado metronidazol (250 a 500 mg, via oral a cada 8 horas), vancomicina (125 mg, via oral a cada 6 horas, por 5 a 10 dias) ou colestiramina ( 4g, via oral, 4 vezes ao dia). As recidivas podem ser tratadas com um segundo ciclo destes medicamentos.
Reações anafiláticas: o tratamento emergencial consiste no uso de epinefrina por via parenteral, oxigênio, corticosteróides por via EV e em manter as vias aéreas desobstruídas (intubação, se necessário).
Gravidez - a oxacilina atravessa a barreira placentária, porém não se conhecem problemas provocados no ser humano. Seu uso durante a gravidez deve ser avaliado pelo médico quanto ao risco/benefício.
Lactação - a oxacilina é excretada no leite materno em baixas concentrações. Mesmo não tendo sido relatados problemas significativos em humanos, o uso de oxacilina em lactantes pode dar lugar à sensibilização, diarréia, candidíase e rash cutâneo no lactente.
Pediatria - não existem relatos de problemas específicos causados pelo uso de oxacilina em crianças e recém-nascidos, porém a capacidade desses pacientes em metabolizar e eliminar fármacos está diminuída, devido ao incompleto desenvolvimento da função renal nesta idade.
Geriatria (idosos) - pacientes idosos são mais sensíveis aos efeitos da oxacilina, devido à diminuição da capacidade da função renal, portanto a dosagem deve ser ajustada de acordo com a resposta clínica do paciente.
Insuficiência renal - hematúria, proteinúria e azotemia passageiras podem ocorrer em recém-nascidos e crianças recebendo altas doses (150 a 175 mg/kg/dia) de oxacilina.
Interações Medicamentosas de Oxapen
O uso do cloranfenicol, eritromicinas, sulfamidas ou tetraciclinas, que são fármacos bacteriostáticos, pode interferir com o efeito bactericida das penicilinas no tratamento da meningite ou em outras situações onde seja necessário um efeito bactericida rápido. Nestes casos, é melhor evitar a terapia simultânea.
O uso concomitante de bloqueadores beta-adrenérgicos pode aumentar o risco e a gravidade das reações anafiláticas.
O uso conjunto de probenecida diminui a secreção tubular renal das penicilinas, ocasionando aumento e prolongamento das concentrações séricas das penicilinas, prolongamento da vida-média de eliminação e aumento do risco de toxicidade.
A mistura extemporânea de antibacterianos penicilínicos e aminoglicosídeos pode ocasionar substancial inativação mútua.Se for necessário administrá-los simultaneamente, que se faça em locais distintos e nunca misturando-os no mesmo recipiente, com 1 hora de diferença entre as administrações.
Interferência em Exames Laboratoriais de Oxapen
Determinação de glicose na urina e testes de antiglobulinas diretos (Coombs) podem dar resultados falsos-positivos ou falsamente elevados nas provas com sulfato de cobre (Benedict ou Fehling). As provas de glicose do tipo enzimático não são afetadas. Pode também alterar as concentrações séricas de alanina aminotransferase e aspartato aminotransferase, fosfatase alcalina e lactato desidrogenase sérica.
Reações Adversas de Oxapen
A s mais freqüentes são: manifestações alérgicas (rash cutâneo, urticária e prurido). As menos freqüentes são: manifestações digestivas (náuseas, vômitos e diarréia), dificuldade de respiração e cansaço não habitual.
Raros são os casos de cãibra, dor e distensão abdominal, diarréias severas que também podem ser sanguinolentas com sintomas de febre, aumento da sede, perda de peso, hepatotoxicidade (náuseas e vômitos), distúrbio mental (ansiedade, confusão, agitação), nefrite intersticial, reações hematológicas (anemia, trombocitopenia, leucopenia) e/ou colite pseudomembranosa.
Posologia de Oxapen
Infecções brandas e moderadas do trato respiratório superior, da pele e dos tecidos moles:
Adultos e crianças (com 40 kg de peso corporal ou mais): 250 mg cada 4 a 6 horas.
Crianças (com menos de 40 kg de peso corporal): 25,0 mg/kg de peso corporal a cada 4 horas, ou 16,7 mg/kg de peso corporal a cada 6 horas.
Infecções severas do trato respiratório inferior e infecções disseminadas:
Adultos e crianças (com 40 kg de peso corporal ou mais): 1g ou mais a cada 4 a 6 horas.
Crianças (com menos de 40 kg de peso corporal): 25 mg/kg de peso corporal a cada 4 a 6 horas.
Doses máximas:
Adultos: até 20 g/dia em septicemias e menigites severas.
Crianças: até 300 mg/kg de peso corporal/dia.
Preparo da solução injetável:
Para uso intramuscular (IM): reconstitua a solução utilizando a ampola diluente respectiva ou água estéril para injetáveis ou ainda solução fisiológica injetável, para obter uma concentração aproximada de 250 mg/1,5 ml.
Para uso endovenoso (EV) direto: adicionar 5 ml de água estéril para injetáveis ou solução fisiológica injetável para frasco-ampola de 500 mg. A solução obtida deve ser administrada lentamente (cerca de 10 minutos), para evitar irritação local.
Para uso endovenoso (EV) por infusão: reconstituir inicialmente conforme descrito para solução direta, levando em seguida para uma das soluções EV gota a gota abaixo apontadas: dextrose a 5% em solução fisiológica de cloreto de sódio a 0,9%, frutose a 10% em água ou solução fisiológica de cloreto de sódio a 0,9%, lactato de potássio, açúcar invertido a 10% em solução fisiológica de cloreto de sódio a 0,9%, açúcar invertido a 10% mais 0,3% de cloreto de potássio em água.
Conservação da solução injetável:
As soluções injetáveis, após reconstituição, são estáveis por 3 dias em temperatura ambiente (15 a 30oC) ou 7 dias sob refrigeração (2 a 8oC).
As soluções injetáveis EV e para infusão, após reconstituição, com concentrações entre 0,5 e 40 mg/ml, mantém-se estáveis por até 6 horas em temperatura ambiente e nos diluentes mencionados.
Venda sob prescrição médica
Registro MS - 1.0974.0068
Farm. Resp.: Dr. Dante Alario Junior - CRF-SP nº 5143