Cloridrato de Doxorrubicina
Liófilo Injetável - i.v.
Forma Farmacêutica e Apresentações de K.U. Doxorubicin Hcl
K.U. Doxorubicin HCl apresenta-se sob a forma de pó liofilizado, de coloração vermelho-alaranjada, para administração intravenosa após reconstituição, acondicionado em frascos-ampolas contendo 10mg e 50mg de Cloridrato de Doxorrubicina. Caixas contendo 1 frasco-ampola, para cada dosagem.
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
Composição de K.U. Doxorubicin Hcl
Liófilo injetável de 10mg:
Cada frasco-ampola contém:
Cloridrato de Doxorrubicina ....................10 mg
Lactose ....................50 mg
Liófilo injetável de 50mg:
Cada frasco-ampola contém:
Cloridrato de Doxorrubicina ....................50 mg
Lactose ....................250 mg
Informações ao Paciente de K.U. Doxorubicin Hcl
K.U. Doxorubicin HCl é um antibiótico com propriedades antiinfecciosas mas que, por sua potente ação citotóxica, é usado em tratamentos de diversos tumores, tais como leucemias, sarcomas, neuroblastomas, carcinomas e linfomas.O medicamento deve ser conservado em sua embalagem original, sob temperatura entre 15 ºC e 30 ºC, ao abrigo da luz, calor e umidade excessiva.
O prazo de validade de K.U. Doxorubicin HCl é de 24 meses, a contar da sua data de fabricação, nas condições acima citadas (vide rótulo e cartucho).
Reconstituir o medicamento conforme indicado. Caso ocorra, após a reconstituição, formação de precipitados, turbidez ou descoloração da solução, o produto deverá ser descartado.
Qualquer conteúdo remanescente da solução reconstituída deve ser descartado.
"NÃO USE O MEDICAMENTO SE O PRAZO DE VALIDADE ESTIVER VENCIDO"
Informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após seu término. Informe seu médico se está amamentando.
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Informe seu médico o aparecimento de reações desagradáveis.
"TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS"
K.U. Doxorubicin HCl tem sido usado em combinação com outros agentes antineoplásicos, podendo potencializar a toxicidade de outras terapias antineoplásicas e vice-versa. A monitoração constante de reações adversas e ajustes de doses devem ser considerados.
Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início, ou durante o tratamento.
"NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DE SEU MÉDICO, PODE SER PERIGOSO PARA A SUA SAÚDE"
K.U. Doxorubicin HCl é para uso exclusivamente intravenoso.
Informações Técnicas de K.U. Doxorubicin Hcl
Modo de Ação de K.U. Doxorubicin Hcl
Cloridrato de Doxorrubicina é um antibiótico antineoplásico com ações farmacológicas similares àquelas da daunorrubicina e dactinomicina. Embora a droga tenha propriedades antiinfecciosas, sua citotoxicidade exclui seu uso como um agente antiinfeccioso. Os mecanismos precisos da ação antineoplásica de Cloridrato de Doxorrubicina não estão completamente esclarecidos. Evidências experimentais indicam que Cloridrato de Doxorrubicina forma um complexo com o DNA pela intercalação entre os pares de bases, causando a inibição da síntese de DNA e síntese de RNA dependente de DNA, pelo molde defeituoso da molécula resultante da desordem e obstrução estérica.Cloridrato de Doxorrubicina também inibe a síntese de proteínas e é ativo em todo o ciclo de divisão celular, inclusive na intérfase.
De todos os tipos de células testadas in vitro, as células cardíacas são as mais sensíveis aos efeitos de Cloridrato de Doxorrubicina, seguidas pelas células de sarcoma e melanoma e fibroblastos normais dos músculos e pele.
Normalmente, os tecidos de proliferação rápida, tais como os da medula óssea, mucosas oral e do trato gastrintestinal e folículos capilares, são também afetados em vários graus.
Cloridrato de Doxorrubicina tem também atividade imunossupressora.
Farmacocinética:
Cloridrato de Doxorrubicina não é estável em ácido gástrico e estudos em animais indicam que não é absorvido pelo trato gastrintestinal. A droga é extremamente irritante para tecidos, devendo, portanto, ser administrada por via intravenosa.
Cloridrato de Doxorrubicina é amplamente distribuído no plasma e nos tecidos. Após 30 segundos da administração, Cloridrato de Doxorrubicina já está presente no fígado, pulmões, coração e rins.
Cloridrato de Doxorrubicina é absorvido pelas células, por substâncias que interagem com componentes celulares, particularmente os ácidos nucléicos.
Cloridrato de Doxorrubicina não atravessa a barreira hemato-encefálica ou não atinge concentração mensurável no líquido cerebrospinal e no tecido cerebral.
Traços de Cloridrato de Doxorrubicina têm sido encontrados em fetos de camundongos cujas mães receberam a droga durante a gravidez, e há informações limitadas para indicar se Cloridrato de Doxorrubicina atravessa a placenta humana. Porém, estes mesmos dados indicam que Cloridrato de Doxorrubicina é distribuído no leite materno, atingindo concentrações que freqüentemente excedem àquelas do plasma; doxorrubicinol (seu principal metabólito) também se distribui no leite materno.
Concentrações plasmáticas de Cloridrato de Doxorrubicina e seus metabólitos sofrem eliminação em um processo de três fases.
Na primeira fase, Cloridrato de Doxorrubicina é rapidamente metabolizado, presumivelmente pelo efeito de primeira passagem no fígado. Parece que a maior parte do seu metabolismo ocorre antes mesmo da dose completa ser administrada.
Cloridrato de Doxorrubicina e seus metabólitos são rapidamente distribuídos no compartimento extravascular, com meia-vida plasmática de aproximadamente 0,6 horas para a droga, e de 3,3 horas para seus metabólitos. Isto é seguido pelas concentrações relativamente prolongadas no plasma da droga e seus metabólitos, provavelmente resultante da ligação com os tecidos.
Durante a segunda fase, a meia-vida plasmática de Cloridrato de Doxorrubicina é de 16,7 horas, e de seus metabólitos, em torno de 31,7 horas. Pacientes com insuficiência hepática têm concentrações prolongadas e elevadas tanto da droga como de seus metabólitos.
Cloridrato de Doxorrubicina é metabolizado no fígado e em outros tecidos pela enzima aldoceto redutase, resultando em doxorrubicinol (adriamicinol), seu principal metabólito, o qual tem atividade antineoplásica. Outros metabólitos que são terapeuticamente inativos, incluem doxorrubicinona (adriamicinona), agliconas e conjugados. Mais de 20 do total da droga no plasma estão presentes como metabólitos após 5 minutos de administração da dose, 70 em 30 minutos, 75 em 4 horas e 90 em 24 horas.
Cloridrato de Doxorrubicina é excretado predominantemente na bile. Atesta-se que 10 a 20 da dose única é excretada nas fezes em 24 horas e 40 a 50 da dose é excretada na bile ou fezes dentro de 7 dias. Cerca de 50 da droga na bile é encontrada como inalterada, 23 é doxorrubicinol e o restante são outros metabólitos, incluindo agliconas e derivados. Uma quantidade entre 4 a 5 da dose administrada é excretada na urina após 5 dias, principalmente como Cloridrato de Doxorrubicina inalterado. Parece que muito pouco da droga é excretado após estes 5 dias.
Indicações de K.U. Doxorubicin Hcl
K.U. Doxorubicin HCl tem sido usado com sucesso na terapia de primeira linha nas seguintes condições neoplásicas: leucemia linfoblástica aguda, leucemia mieloblástica aguda, tumor de Wilm, neuroblastoma, sarcomas de tecidos moles e de ossos, carcinoma de mama, carcinoma de ovário, carcinoma avançado do endométrio, carcinoma de células transitórias da bexiga, carcinoma de tireóide, linfomas do tipo Hodgkin e não Hodgkin, carcinoma gástrico e carcinoma broncogênico, no qual o tipo histológico de células pequenas é mais responsivo em comparação a outros tipos celulares.
K.U. Doxorubicin HCl tem também demonstrado resultados promissores na terapia de segunda linha em câncer testicular refratário e carcinomas de cabeça e de pescoço.
Outros tumores sólidos têm demonstrado algum grau de resposta, porém o número é limitado para justificar a recomendação específica.
Estudos, até esta data, têm demonstrado que melanoma maligno, carcinoma de rim, carcinoma de intestino grosso, tumores cerebrais e metástases do Sistema Nervoso Central não respondem significativamente à terapia com K.U. Doxorubicin HCl.
Contra-Indicações de K.U. Doxorubicin Hcl
A terapia com K.U. Doxorubicin HCl não deve ser iniciada em pacientes com mielossupressão acentuada induzida por tratamento prévio com outros agentes antineoplásicos ou por radioterapia.Não existem dados conclusivos que doença cardíaca preexistente possa ser um cofator de aumento de risco da toxicidade cardíaca induzida por K.U. Doxorubicin HCl. Dados preliminares sugerem que, em tais casos, a toxicidade cardíaca pode ocorrer com doses menores que o limite cumulativo recomendado. Dessa maneira, não é recomendado iniciar a terapia com K.U. Doxorubicin HCl nestes casos. O tratamento com K.U. Doxorubicin HCl está contra-indicado em pacientes que receberam tratamento prévio com doses cumulativas completas de Doxorrubicina e/ou daunorrubicina, m-AMSA ou outros agentes cardiotóxicos conhecidos.
Este medicamento também é contra-indicado em pacientes com hipersensibilidade aos hidroxibenzoatos, bem como na gravidez e lactação. O tratamento tópico intravesical com K.U. Doxorubicin HCl é também contra-indicado em pacientes com tumores de bexiga complicados por estenose da uretra, que impedem o uso de cateter uretral, por infecções do trato urinário resistentes à terapia habitual e no caso de tumores invasivos da parede da bexiga.
Precauções Gerais de K.U. Doxorubicin Hcl
O tratamento inicial com K.U. Doxorubicin HCl exige rigorosa observação do paciente e extensiva monitoração laboratorial. É recomendado, portanto, que os pacientes sejam hospitalizados, pelo menos, durante a primeira fase do tratamento.
Como outras drogas citotóxicas, K.U. Doxorubicin HCl pode induzir desde hiperuricemia secundária à rápida lise das células neoplásicas. O médico deve monitorar o nível de ácido úrico no sangue do paciente e estar preparado para usar medidas farmacológicas e de suporte, que poderão ser necessárias para o controle deste problema.
K.U. Doxorubicin HCl confere uma coloração vermelha à urina por 1 ou 2 dias após a administração do medicamento, devendo os pacientes serem alertados para a ocorrência desse fenômeno durante a terapia.
Advertências:
Necrose severa do tecido no local de aplicação poderá ocorrer se houver extravasamento durante a administração da droga. K.U. Doxorubicin HCl não deve ser administrado por via intramuscular ou subcutânea.
Toxicidade do miocárdio grave e irreversível, com insuficiência cardíaca congestiva, freqüentemente não responsiva a qualquer terapia de suporte, pode ocorrer com uma dose total de 550mg/m2. Esta toxicidade pode ocorrer em doses cumulativas mais baixas em pacientes com radiação mediastinal prévia ou terapia concomitante de ciclofosfamida.
As doses devem ser reduzidas em pacientes com insuficiência hepática.
Mielossupressão severa pode ocorrer.
Este medicamento só deve ser administrado sob a supervisão de um médico experiente no uso de agentes quimioterápicos.
Atenção especial deve ser dada para a toxicidade cardíaca provocada pelo K.U. Doxorubicin HCl. Embora incomum, falha aguda do ventrículo esquerdo tem ocorrido, particularmente em pacientes que receberam altas doses da droga, maiores que o limite normalmente recomendado (550mg/m2). O limite é mais baixo (400mg/m2) para pacientes que receberam radioterapia para área do mediastino ou terapia concomitante com outros agentes cardiotóxicos como a ciclofosfamida.
A dose total de K.U. Doxorubicin HCl administrada para o paciente deve também considerar a dose prévia ou concomitantemente administrada de outros compostos relacionados, tais como a daunorrubicina. Falha congestiva cardíaca e/ou cardiomiopatias podem ocorrer muitas semanas após a descontinuação da terapia com K.U. Doxorubicin HCl.
A insuficiência cardíaca freqüentemente não regride mesmo com o emprego de tratamentos de suporte cardíaco atualmente conhecidos. Diagnóstico clínico precoce de insuficiência cardíaca induzida pela droga parece ser essencial para o sucesso do tratamento com digitálicos, diuréticos, dieta hipossódica e repouso absoluto.
Grave toxicidade cardíaca pode ocorrer, precipitadamente, sem alterações antecedentes do ECG. Sugere-se que ECG basal e outros ECG sejam feitos antes de cada dose ou curso, após ter sido administrada uma dose cumulativa de 300mg/m2. Alterações transitórias do ECG consistindo de achatamento da onda T, depressão S-T e arritmias, persistindo até duas semanas após uma dose ou curso de K.U. Doxorubicin HCl, não são significativamente consideradas como indicações para a suspensão da terapia com K.U. Doxorubicin HCl.
Têm-se relatado que a cardiomiopatia pelo uso de K.U. Doxorubicin HCl esteja associada a uma redução persistente na voltagem do complexo QRS, um prolongamento do tempo de intervalo sistólico e uma redução da fração de ejeção conforme determinado pela ecocardiografia ou angiografia radioisotópica.
Ainda não foi confirmado que estes testes consistentemente identificam aqueles pacientes que estão se aproximando de sua dose cumulativa máxima de K.U. Doxorubicin HCl. Se os resultados dos testes indicarem alterações na função cardíaca associada a este medicamento, o benefício da continuidade da terapia deve ser cuidadosamente avaliado em relação ao risco de se produzir dano cardíaco irreversível. Tem-se relatado a ocorrência de arritmias agudas com risco de vida, durante ou poucas horas após a administração de K.U. Doxorubicin HCl.
Há uma alta incidência de depressão de medula óssea, principalmente de leucócitos, que requer monitoração hematológica cuidadosa. Com o esquema de dose recomendado, a leucopenia é normalmente transitória, atingindo o seu ápice em 10 a 14 dias após o tratamento, com a recuperação usualmente ocorrendo pelo 21º dia. Contagens de leucócitos com valores, às vezes, abaixo de 1.000/mm3 são esperadas durante o tratamento com K.U. Doxorubicin HCl. Os níveis de hemácias e plaquetas também devem ser monitorados, visto que estes também podem estar deprimidos. Toxicidade hematológica pode requerer redução, suspensão da dose ou interrupção definitiva da terapia com K.U. Doxorubicin HCl. Mielossupressão grave e persistente pode resultar em superinfecção ou hemorragia.
K.U. Doxorubicin HCl pode potencializar a toxicidade de outras terapias antineoplásicas. Há relatos de exacerbação de cistite hemorrágica, induzida pela ciclofosfamida, e aumento da hepatotoxicidade da mercaptopurina. Colite necrotizante manifestada por tiflite (inflamação do ceco), sangue presente nas fezes e infecções graves (às vezes fatais), têm sido associadas com uma combinação de K.U. Doxorubicin HCl administrado por via intravenosa rápida, diariamente, por 3 dias e citarabina administrada por infusão contínua, diariamente, por 7 ou mais dias. Toxicidade do miocárdio, mucosas, pele e fígado induzida por radiação tem sido relatada como aumentada com a administração deste medicamento.
A toxicidade com as doses recomendadas do produto é aumentada por disfunção hepática. Dessa maneira, antes de se estabelecer a dose individual, recomenda-se avaliar a função hepática, usando testes clínicos laboratoriais convencionais, tais como TGO e TGP séricas, fosfatase alcalina e bilirrubina.
Durante a administração intravenosa deste medicamento, pode ocorrer extravasamento com ou sem sensação de formigamento ou queimação, mesmo se o sangue retornar adequadamente na aspiração da agulha de infusão. Se ocorrerem quaisquer sinais ou sintomas de extravasamento, a injeção ou infusão deverá ser imediatamente interrompida e reiniciada em outra veia. Há relatos de grave necrose do tecido local.
Se houver suspeita ou conhecimento da ocorrência de extravasamento subcutâneo, infiltração local de corticosteróide injetável e irrigação com Soro Fisiológico podem diminuir a reação local. Em virtude da natureza progressiva das reações de extravasamento, o local de aplicação da injeção deve ser freqüentemente examinado, bem como verificada a necessidade de cirurgia plástica. Se houver início de ulceração, a excisão ampla e precoce da área envolvida deve ser considerada.
K.U. Doxorubicin HCl não deve ser administrado por via intramuscular ou subcutânea.
K.U. Doxorubicin HCl e compostos afins têm demonstrado propriedades carcinogênicas e mutagênicas, quando testados em modelos experimentais.
Uso na gravidez e lactação:
K.U. Doxorubicin HCl é embriotóxico e teratogênico em ratos, e embriotóxico e abortivo em coelhos. Dessa maneira, os benefícios para gestantes devem ser cuidadosamente avaliados contra a toxicidade potencial ao feto e embrião.
Não foi estabelecido o uso seguro de K.U. Doxorubicin HCl em gestantes.
As possíveis reações adversas sobre a fertilidade de homens, mulheres e em estudos com animais, não foram adequadamente avaliadas.
Informações limitadas indicam que K.U. Doxorubicin HCl é excretado no leite materno. Devido a sua citotoxicidade, o uso dessa droga deve ser evitado em lactantes.
Uso em crianças:
O uso desta droga em crianças deve ser feito com prudência pela manifestação dos efeitos adversos.
Uso em idosos:
Embora não existam informações e estudos específicos e conclusivos a respeito do uso deste medicamento neste grupo de pacientes, recomenda-se que a administração de K.U. Doxorubicin HCl seja feita com extrema cautela.
Interações Medicamentosas de K.U. Doxorubicin Hcl
K.U. Doxorubicin HCl tem sido usado em combinação com outros agentes antineoplásicos. Embora a combinação quimioterápica tenha se mostrado mais efetiva do que terapias com único agente, em alguns tipos de neoplasias, os benefícios e riscos de tal terapia não foram completamente elucidados.K.U. Doxorubicin HCl pode potencializar a toxicidade de outras drogas antineoplásicas e vice-versa. K.U. Doxorubicin HCl tem sido muito associado com os efeitos de cistites hemorrágicas induzidas por ciclofosfamida e ao aumento da hepatoxicidade induzida por mercaptopurina. A administração concomitante ou prévia de ciclofosfamida, daunorrubicina ou radiação da região cardíaca pode potencializar os efeitos cardiotóxicos de K.U. Doxorubicin HCl, e sua dose máxima cumulativa deve ser reduzida.
K.U. Doxorubicin HCl não deve ser misturado com heparina ou fluorouracila, pois essas drogas são incompatíveis, podendo ocorrer formação de precipitados.
Até que dados específicos de compatibilidade estejam disponíveis, não se recomenda a mistura de K.U. Doxorubicin HCl com outras drogas. K.U. Doxorubicin HCl tem sido corretamente usado com outros agentes quimioterápicos aprovados. Há evidências disponíveis de que, em alguns tipos de neoplasias, uma combinação quimioterápica é superior a agentes isolados. Os benefícios e riscos de tal terapia continuam por ser elucidados.
Reações Adversas de K.U. Doxorubicin Hcl
As toxicidades dose-limitantes da terapia são a mielossupressão e cardiotoxicidade. Outras reações relatadas são:
*Cutâneas: alopecia completa e reversível ocorre na maioria dos casos. Hiperpigmentação dos leitos unguiais e das pregas dérmicas, principalmente em crianças, e onicólise têm sido relatadas em alguns casos. Reações que lembram reação cutânea à radioterapia prévia têm ocorrido com a administração de K.U. Doxorubicin HCl.
*Gastrintestinais: náuseas e vômitos agudos ocorrem freqüentemente e podem ser severos. Isto pode ser atenuado por terapia antiemética. Inflamações nas mucosas (estomatite e esofagite) podem ocorrer em 5 a 10 dias após a administração. Este efeito pode ser severo levando à ulceração e representa um local de origem para infecções severas. O regime de doses consistindo da administração de K.U. Doxorubicin HCl por 3 dias consecutivos resulta em maior incidência e severidade das inflamações de mucosas. Ulceração e necrose do cólon, especialmente ceco, podem ocorrer levando ao sangramento ou à graves infecções que podem ser fatais. Esta reação tem sido relatada em pacientes com leucemia não linfocítica aguda tratada com K.U. Doxorubicin HCl, combinada com citarabina, durante 3 dias. Anorexia e diarréia têm sido ocasionalmente relatadas.
*Vasculares: flebosclerose tem sido relatada especialmente quando são usadas pequenas veias ou uma única veia usada para administração repetida. Rubor facial pode ocorrer se a injeção for administrada muito rapidamente.
*Locais: inflamação grave, vesicação e necrose tissular ocorrerão se K.U. Doxorubicin HCl extravasar durante a administração. Faixa eritematosa ao longo da veia nas proximidades do local da injeção tem sido observada.
*Hipersensibilidade: há relatos ocasionais de febre, calafrios e urticária. Pode ocorrer anafilaxia. Um caso de sensibilidade cruzada aparente com a lincomicina foi relatado.
*Outras: Conjuntivite e lacrimejamento ocorrem raramente.
Posologia de K.U. Doxorubicin Hcl
Cuidados na administração de K.U. Doxorubicin HCl reduz a possibilidade de infiltração perivenosa. Isso também diminui a chance de reações locais, tais como urticária e o surgimento de uma faixa eritematosa.O regime de doses mais utilizado é de 60 a 75mg/m2, numa dose única administrada por injeção intravenosa, em intervalos de 21 dias.
Doses mais baixas devem ser administradas para pacientes com reservas medulares inadequadas devido à idade avançada, terapia anterior ou infiltração antineoplásica da medula.
Um regime alternativo de dose é administrar, semanalmente, doses de 20mg/m2, o que tem sido relatado produzir uma incidência mais baixa de falha cardíaca congestiva; 30mg/m2 em 3 dias sucessivos, repetidos a cada 4 semanas também têm sido empregados.
A dose de K.U. Doxorubicin HCl deve ser reduzida se os níveis séricos de bilirrubina estiverem elevados, segundo a tabela seguinte:
Níveis Séricos Retenção BSP Dose Recomendada
de Bilirrubina
1,2 a 3,0mg De 9 a 15 50 da dose normal
Maior que 3,0mg/100mL Maior que 15 25 da dose normal
Para melhor empregar K.U. Doxorubicin HCl em combinação com outros agentes mielossupressores, necessita-se de ajuste de dose, de acordo com o regime e esquema a ser adotado.
É recomendado que K.U. Doxorubicin HCl seja administrado lentamente, através de um tubo de infusão intravenosa com Soro Fisiológico ou Soro Glicosado a 5. O tubo deverá estar ligado a uma agulha inserida preferencialmente dentro de uma grande veia. Se possível, evitar veias que estejam sobre articulações ou nas extremidades, as quais apresentem a circulação linfática ou venosa comprometidas. A velocidade de administração vai depender do tamanho da veia e da dose, entretanto, a dose deve ser administrada em não menos do que 3 a 5 minutos. O aparecimento de uma faixa eritematosa ao longo da veia, bem como de rubor facial, podem ser indicativos de uma administração demasiadamente rápida. Uma sensação de formigamento ou queimação pode ser indicativa de infiltração perivenosa, devendo a infusão ser interrompida imediatamente e reiniciada em outra veia. Infiltração perivenosa pode ocorrer sem dor.
Administração de K.U. Doxorubicin Hcl
Os frascos-ampolas de K.U. Doxorubicin HCl devem ser manuseados apenas por pessoas treinadas. Este manuseio deve ser feito em área propriamente designada (sobre bandeja lavável ou papel plástico descartável) e por funcionárias não grávidas, já que se trata de um agente citotóxico.
Deve-se também utilizar proteção para olhos, luvas descartáveis, máscaras e aventais descartáveis.
Reações cutâneas associadas ao K.U. Doxorubicin HCl têm sido relatadas. Deve-se ter cuidado na manipulação e preparação do pó e solução.
Seringas e material para infusão devem ser cuidadosamente manuseados e montados para evitar vazamentos.
Todas as superfícies expostas devem ser limpas, lavando-se em seguida as mãos e o rosto.
Todas as agulhas usadas devem ser colocadas no coletor de materiais perfurocortantes infectantes e encaminhadas para coleta apropriada.
Qualquer porção não utilizada da solução reconstituída deve ser descartada.
Se houver contato acidental com os olhos, deve-se lavar imediatamente com água e sabão e remover toda a roupa contaminada. Se o produto for, acidentalmente, inalado ou ingerido, recomenda-se procurar um médico imediatamente.
Não utilizar o medicamento após vencido o prazo de validade.
As soluções reconstituídas que apresentarem turvação ou depósitos antes da administração não devem ser administradas no paciente. Drogas de uso parenteral devem ser inspecionadas, visualmente, quanto ao seu conteúdo e descoloração prévia antes da administração, quando a solução e a embalagem permitirem.
Utilizar frascos-ampolas adequadamente armazenados (entre 15 ºC e 30 ºC). Utilizar proteção para as mãos para abrir os frascos-ampolas.
K.U. Doxorubicin HCl 10mg e 50mg devem ser reconstituídos, respectivamente, em 5mL e 25mL de Soro Fisiológico ou Água Estéril para Injeções, resultando em uma solução com concentração final de 2mg/mL do produto. Se for utilizada Água Estéril para Injeções na reconstituição, a solução resultante deve ser modificada para tornar-se isotônica antes da administração, pela adição de 2 a 3 vezes o volume de Soro Fisiológico à solução aquosa. Um volume de ar apropriado deve ser retirado do frasco-ampola durante a reconstituição, para evitar aumento excessivo da pressão.
Diluentes bacteriostáticos não são recomendados. Após a adição do diluente, o frasco-ampola deve ser agitado até a dissolução do conteúdo. A solução reconstituída é estável por 24 horas à temperatura ambiente, e 48 horas sob refrigeração (2 ºC a 8 ºC). A solução deve ser protegida da exposição direta à luz solar. K.U. Doxorubicin HCl é instável em soluções com pH inferior a 3 ou superior a 7.
Esta solução destina-se à dose única e, portanto, qualquer solução remanescente deve ser descartada.
Uso exclusivamente intravenoso.
K.U. Doxorubicin HCl não deve ser misturado com heparina ou fluorouracila, pois essas drogas são incompatíveis, podendo ocorrer formação de precipitados.
Até que dados específicos de compatibilidade estejam disponíveis, não se recomenda a mistura de K.U. Doxorubicin HCl com outras drogas. K.U. Doxorubicin HCl tem sido corretamente usado com outros agentes quimioterápicos aprovados. Há evidências disponíveis de que, em alguns tipos de neoplasias, uma combinação quimioterápica é superior a agentes isolados. Os benefícios e riscos de tal terapia continuam por ser elucidados.
Superdosagem de K.U. Doxorubicin Hcl
A superdosagem aguda deste produto aumenta os efeitos tóxicos de inflamações de mucosas, leucopenia e trombocitopenia. O tratamento da superdosagem aguda consiste no tratamento de pacientes severamente mielossuprimidos: hospitalização, antibióticos, e transfusões granulocíticas e plaquetárias, além de tratamento sintomático de inflamações de mucosas.
A superdosagem crônica, com doses cumulativas excedendo 550mg/m2, aumenta o risco de cardiopatias e falha cardíaca congestiva. O tratamento consiste de rigorosa correção da falha cardíaca congestiva com digitálicos e diuréticos. O uso de vasodilatadores periféricos tem sido recomendado.
USO RESTRITO A HOSPITAIS