Para que serve o Dicloridrato de Pramipexol FURP? Indicações e usos
Comprimidos
Dicloridrato de Pramipexol comprimidos trata os sinais e sintomas do Mal de Parkinson, podendo ser usado sozinho ou com levodopa. Também é usado para tratar a Síndrome das Pernas Inquietas (SPI).
Comprimidos de liberação prolongada
Dicloridrato de Pramipexol comprimidos de liberação prolongada trata os sinais e sintomas do Mal de Parkinson, podendo ser usado sozinho ou junto com levodopa.
Contraindicações do Dicloridrato de Pramipexol FURP: quando não usar
Pacientes alérgicos ao Dicloridrato de Pramipexol ou a qualquer componente da fórmula.
Como tomar Dicloridrato de Pramipexol FURP? Posologia e modo de uso
Início do tratamento
A dose deve começar em 0,375 mg/dia, dividida em três vezes, aumentando a cada 5-7 dias. A dose pode ser aumentada até o máximo efeito, desde que não haja efeitos colaterais graves.
Aumento gradual da dose de Dicloridrato de Pramipexol
Semana | Como tomar | Dose total por dia | |
1 | Comprimidos | 0,125 mg, 3 vezes ao dia | 0,375 mg |
Comprimidos de liberação prolongada | 1 comprimido 0,375 mg | ||
2 | Comprimidos | 0,25 mg, 3 vezes ao dia | 0,75 mg |
Comprimidos de liberação prolongada | 1 comprimido 0,75 mg | ||
3 | Comprimidos | 0,5 mg, 3 vezes ao dia | 1,50 mg |
Comprimidos de liberação prolongada | 1 comprimido 1,50 mg |
Se necessário, aumente 0,75 mg por semana até a dose máxima de 4,5 mg/dia.
Dose de manutenção
A dose diária deve ficar entre 0,375 mg e 4,5 mg. Em estudos, o efeito terapêutico começou em doses de 1,5 mg/dia, mas doses maiores podem trazer mais benefícios em alguns pacientes.
Como parar de tomar o medicamento
Diminua a dose em 0,75 mg por dia até chegar a 0,75 mg. Depois, reduza 0,375 mg por dia.
Uso com levodopa
Recomenda-se reduzir a dose de levodopa ao usar com Dicloridrato de Pramipexol para evitar excesso de dopamina.
Pacientes com problemas nos rins
A eliminação do Dicloridrato de Pramipexol depende da função renal.
Dose inicial para pacientes com problemas nos rins:
Comprimidos
- Função renal normal: sem ajuste de dose.
- Função renal moderada: comece com 0,125 mg 2 vezes ao dia (0,25 mg/dia). Dose máxima: 2,25 mg/dia.
- Função renal grave: comece com 0,125 mg uma vez ao dia. Dose máxima: 1,5 mg/dia.
Comprimidos de liberação prolongada
- Função renal normal: sem ajuste.
- Função renal moderada: comece com 0,375 mg em dias alternados. Dose máxima: 2,25 mg/dia.
- Função renal grave: não há dados. Considere usar os comprimidos comuns.
Pacientes com problemas no fígado
Não é necessário reduzir a dose.
Comprimidos (informações específicas)
Tome por via oral com água, com ou sem alimentos.
Doença de Parkinson
Divida a dose diária em três tomadas.
Síndrome das Pernas Inquietas
Dose inicial: 0,125 mg uma vez ao dia, 2-3 horas antes de dormir. Pode aumentar a cada 4-7 dias até no máximo 0,75 mg/dia.
Aumento gradual da dose para Síndrome das Pernas Inquietas
Etapa | Dose à noite |
1 | 0,125 mg |
2 (se necessário) | 0,25 mg |
3 (se necessário) | 0,50 mg |
4 (se necessário) | 0,75 mg |
Como parar de tomar
Pode ser interrompido sem redução gradual. Em estudos, 10% dos pacientes tiveram retorno dos sintomas após parada abrupta.
Pacientes com problemas nos rins
Não é necessário ajuste de dose para pacientes com função renal acima de 20 mL/min. Não há estudos em pacientes com SPI e problemas renais.
Pacientes com problemas no fígado
Sem necessidade de ajuste.
Não deve ser usado por menores de 18 anos.
Comprimidos de liberação prolongada (informações específicas)
Tome uma vez ao dia, sempre no mesmo horário. Engula inteiro com água, sem mastigar ou partir.
Se esquecer uma dose, tome em até 12 horas. Após 12 horas, tome apenas a próxima dose no horário.
Não deve ser usado por menores de 18 anos.
Não partir ou mastigar.
Precauções e advertências do Dicloridrato de Pramipexol FURP
Problemas nos rins
Pacientes com problemas renais devem usar doses reduzidas conforme orientado em "Como usar".
Alucinações e mudanças de comportamento
Alucinações e confusão podem ocorrer. Pacientes devem ser alertados que alucinações visuais podem acontecer e afetar atividades como dirigir.
Comportamentos anormais como compulsão por compras, jogo ou alimentação podem ocorrer. Nestes casos, reduza a dose ou interrompa o tratamento.
Pacientes com problemas psiquiátricos
Use com cautela em pacientes psicóticos. Não combine com antipsicóticos.
Sono repentino e sonolência
Pode causar sonolência ou sono súbito durante atividades diárias. Não dirija ou opere máquinas até conhecer sua reação ao medicamento.
Queda de pressão ao levantar
Monitore a pressão arterial no início do tratamento, principalmente em pacientes com problemas cardíacos.
Distonia (contrações musculares)
Pode causar posturas anormais como inclinação do pescoço ou tronco. Ajuste a dose se ocorrer.
Parar o tratamento na Doença de Parkinson
Não interrompa abruptamente. Sintomas graves podem ocorrer.
Risco de melanoma (câncer de pele)
Pacientes com Mal de Parkinson têm maior risco de melanoma. Faça exames de pele regularmente.
Alterações na retina (estudos em animais)
Estudos em ratos mostraram danos na retina. Ainda não se sabe se isso ocorre em humanos.
Episódios de mania e delírio
Monitore sinais de mania ou delírio. Reduza a dose se necessário.
Dirigir e operar máquinas
Alucinações e sonolência podem afetar a capacidade de dirigir. Evite atividades perigosas se sentir sonolência.
Fertilidade, gravidez e amamentação
Gravidez
Só use se os benefícios superarem os riscos para o feto.
Amamentação
Não use durante a amamentação, pois pode inibir a produção de leite.
Fertilidade
Não há estudos em humanos.
Categoria de risco na gravidez: C
Não use na gravidez sem orientação médica.
Comprimidos (informações específicas)
Piora da Síndrome das Pernas Inquietas
O tratamento pode fazer os sintomas começarem mais cedo ou se espalharem para outros membros.
Comprimidos de liberação prolongada (informações específicas)
Restos do medicamento nas fezes
Alguns pacientes podem ver partes do comprimido nas fezes. Se isso ocorrer, avalie a resposta ao tratamento.
Efeitos colaterais do Dicloridrato de Pramipexol FURP: reações adversas
Doença de Parkinson
Muito comuns (ocorrem em mais de 1 em cada 10 pessoas)
Tontura, movimentos involuntários, sonolência, enjoo.
Comuns (ocorrem em até 1 em cada 10 pessoas)
Comportamentos compulsivos, sonhos estranhos, confusão mental, alucinações, insônia, dor de cabeça, visão embaçada, queda de pressão, prisão de ventre, vômito, cansaço, inchaço nas pernas, perda de peso.
Incomuns (ocorrem em até 1 em cada 100 pessoas)
Pneumonia, compulsão por compras, perda de memória, delírio, aumento do desejo sexual, paranoia, jogo patológico, agitação, sono súbito, desmaio, falta de ar, soluços, coceira, manchas na pele, ganho de peso.
Raras (ocorrem em até 1 em cada 1000 pessoas)
Mania.
Frequência desconhecida (não pode ser estimada a partir dos dados)
Desequilíbrio hormonal, compulsão alimentar, insuficiência cardíaca, postura anormal do pescoço.
Em caso de efeitos adversos, notifique ao VIGIMED: http://portal.anvisa.gov.br/vigimed
Comprimidos (informações específicas)
Síndrome das Pernas Inquietas
Muito comuns
Enjoo.
Comuns
Sonhos estranhos, insônia, tontura, dor de cabeça, sonolência, prisão de ventre, vômito, cansaço.
Incomuns
Confusão mental, alucinações, alteração do desejo sexual, agitação, movimentos involuntários, sono súbito, desmaio, visão embaçada, queda de pressão, falta de ar, soluços, coceira, manchas na pele, inchaço nas pernas, perda de peso, ganho de peso.
Frequência desconhecida
Pneumonia, desequilíbrio hormonal, comportamentos compulsivos, mania, delírio, compulsão alimentar, aumento do desejo sexual, paranoia, jogo patológico, perda de memória, agitação, insuficiência cardíaca, postura anormal do pescoço.
Interações medicamentosas: Dicloridrato de Pramipexol FURP com outros remédios
Dicloridrato de Pramipexol tem baixa ligação a proteínas e pouco metabolismo, reduzindo chances de interações. Mas medicamentos como cimetidina podem alterar sua eliminação renal.
Use com cautela junto a amantadina ou outros remédios eliminados pelos rins. Selegilina e levodopa não interferem na farmacocinética.
Antipsicóticos
Não use com antipsicóticos, pois podem anular o efeito.
Ao usar com levodopa, ajuste as doses. Evite álcool e outros sedativos.
Como o Dicloridrato de Pramipexol FURP funciona? Mecanismo de ação
Resultados de eficácia
Comprimidos
Estudos mostram eficácia no tratamento do Mal de Parkinson leve a moderado, com melhora significativa nos sintomas. Também eficaz na Síndrome das Pernas Inquietas, com efeito mantido por até 1 ano.
Comprimidos de liberação prolongada
Eficácia comparável aos comprimidos comuns no Mal de Parkinson, com menor incidência de efeitos colaterais. A troca entre formulações é segura na mesma dose.
Características farmacológicas
Farmacodinâmica (como age no organismo)
Atua como agonista dopaminérgico, estimulando receptores cerebrais para aliviar sintomas do Parkinson. Protege neurônios e reduz a prolactina.
Farmacocinética (como o corpo processa o medicamento)
Absorvido rapidamente, com pico em 1-3 horas. Biodisponibilidade acima de 90%. Pouco metabolizado, eliminado principalmente pelos rins. Meia-vida de 8-12 horas.