Para que serve o Corticoidex?
O Corticoidex injetável é usado para tratar situações que precisam dos efeitos anti-inflamatórios e que reduzem as defesas do corpo (imunossupressores) dos corticoides, principalmente para tratamento intensivo em períodos curtos.
Indicações
Uso na veia ou no músculo (quando não dá para tomar por boca)
- Falta de hormônios da glândula adrenal: O Corticoidex tem ação principalmente como glicocorticoide, com pouca ação mineralocorticoide. Por isso, não substitui completamente o tratamento e deve ser combinado com sal e/ou outros hormônios. Quando usado assim, é indicado na falta total da função adrenal, como na doença de Addison ou após remoção das adrenais.
- Falta relativa de hormônios adrenais: Pode ocorrer após parar tratamentos longos com corticoides. Nesses casos, a reposição com um hormônio de ação glicocorticoide pode ser suficiente. Em emergências, o Corticoidex age em minutos e pode salvar vidas.
- Proteção antes e depois de cirurgias: Pacientes com risco de falta adrenal em cirurgias como remoção de adrenais ou hipófise, ou em choque pós-operatório que não responde ao tratamento comum.
- Inflamação da tireoide (tireoidite subaguda).
- Choque: Recomendado como tratamento auxiliar em choque grave por sangramento, trauma ou cirurgia. Não substitui outros tratamentos necessários.
- Problemas reumáticos: Como tratamento auxiliar por curto tempo em crises de artrite reumatoide (inclusive em crianças), bursite, gota, tendinite, entre outros.
- Doenças do colágeno: Durante crises ou manutenção em lúpus e febre reumática.
- Problemas de pele: Pênfigo, eritema multiforme, dermatite grave, psoríase grave.
- Alergias graves: Asma, dermatite de contato, rinite alérgica, reações a remédios, urticária, edema na garganta e choque anafilático (sempre use adrenalina primeiro).
- Problemas nos olhos: Conjuntivite alérgica, inflamações graves como uveíte, neurite óptica.
- Problemas digestivos: Auxilia em crises graves de colite ulcerativa e doença de Crohn.
- Problemas respiratórios: Sarcoidose, pneumonia eosinofílica, tuberculose pulmonar grave (sempre com remédios para tuberculose).
- Distúrbios do sangue: Anemia hemolítica autoimune, púrpura trombocitopênica, trombocitopenia.
- Câncer: Tratamento paliativo em distúrbios do cálcio associados ao câncer, leucemias e linfomas.
- Inchaço (edema): Para reduzir inchaço e perda de proteína na urina na síndrome nefrótica.
- Inchaço no cérebro: Usado em edema cerebral por tumores, neurocirurgia, trauma ou derrame (exceto hemorragia). Também usado antes de cirurgias em tumores cerebrais. Não substitui avaliação neurológica ou tratamentos específicos.
- Outros: Meningite tuberculosa (com remédios para tuberculose), triquinose com problemas neurológicos ou cardíacos.
- Teste para excesso de função adrenal.
- Problemas respiratórios em recém-nascidos: Prevenção antes do parto em mães com risco de parto prematuro para reduzir síndrome do desconforto respiratório.
Uso em articulações ou tecidos moles
- Como auxiliar por curto tempo em crises de osteoartrite, artrite reumatoide, bursite, gota, tendinite.
Uso direto na lesão
- Cicatrizes queloides, lesões inflamatórias, líquen plano, psoríase, granuloma anular, neurodermatite, lúpus, necrobiose lipoídica, queda de cabelo (alopecia areata). Também pode ser útil em cistos nos tendões.
Uso na veia
- Pacientes com Covid-19 grave (oxigênio no sangue < 90%, pneumonia, dificuldade respiratória grave) ou crítica (precisando de suporte de vida, síndrome do desconforto respiratório agudo, sepse, choque séptico).
Mais informações
Contraindicações do Corticoidex
Não use em infecções fúngicas no corpo todo. Alergia a sulfitos ou qualquer componente. Não use com vacinas de vírus vivo.
Como usar o Corticoidex
Apresentação e concentrações
Corticoidex 4 mg/mL - cada mL tem 4 mg do princípio ativo (equivalente a cerca de 100 mg de hidrocortisona); Corticoidex 2 mg/mL - cada mL tem 2 mg do princípio ativo. Este remédio, como outros esteroides, não deve ser aquecido. Não esterilize a ampola em autoclave. Proteja do congelamento. Pode ser usado direto da ampola ou diluído em soro fisiológico ou glicosado. Soluções para uso na veia não devem ter conservantes em recém-nascidos. Após diluir, use em até 24 horas. Siga técnicas de limpeza para injeções.
Só é seguro e eficaz quando aplicado nas veias, músculos, articulações, lesões ou tecidos moles.
Uso na veia ou no músculo
A dose inicial varia de 0,5 a 20 mg por dia, conforme a doença. Normalmente, a dose por injeção é um terço ou metade da dose oral, a cada 12 horas. Em situações graves, podem ser usadas doses maiores. Lembre-se que a absorção é mais lenta no músculo.
As doses variam e devem ser ajustadas para cada paciente e doença.
Em emergências, a dose é de 1 a 5 mL (4 a 20 mg) na veia ou músculo; no choque, só na veia. Repita conforme a resposta. Após melhora, use 0,5 a 1 mL (2 a 4 mg) conforme necessidade. A dose diária total geralmente não passa de 20 mL (80 mg). Para efeito máximo, repita a cada 3-4 horas ou use gotejamento lento. Troque para comprimidos assim que possível após a fase aguda.
Choque (por sangramento, trauma ou cirurgia)
Dose usual: 2 a 6 mg/kg de peso, em injeção na veia. Repita após 2-6 horas se o choque continuar. Ou use a mesma dose em gotejamento. Este tratamento é auxiliar e não substitui outras medidas. Use altas doses só até o paciente estabilizar (geralmente 48-72 horas).
Inchaço no cérebro
Em casos de tumor cerebral, neurocirurgia, trauma craniano, pseudotumor cerebral ou antes de cirurgia
Comece com 10 mg (2,5 mL) na veia, depois 4 mg no músculo a cada 6 horas até os sintomas melhorarem. A resposta geralmente aparece em 12-24 horas. Após 2-4 dias, reduza gradualmente até parar em 5-7 dias. Para casos graves com risco de vida, use altas doses. Após o primeiro dia, reduza gradualmente por 7-10 dias e depois pare nos próximos 7-10 dias. Quando possível, troque para comprimidos.
Sugestão de esquema para inchaço no cérebro (veja abaixo).
Esquema de altas doses para edema cerebral:
--- | Adultos | Crianças (35 kg ou mais) | Crianças (menos de 35 kg) |
Dose inicial | 50 mg na veia | 25mg na veia | 20mg na veia |
1° dia | 8 mg na veia a cada 2 horas | 4 mg na veia a cada 2 horas | 4 mg na veia a cada 3 horas |
2° dia | 8 mg na veia a cada 2 horas | 4 mg na veia a cada 2 horas | 4 mg na veia a cada 3 horas |
3° dia | 8 mg na veia a cada 2 horas | 4 mg na veia a cada 2 horas | 4 mg na veia a cada 3 horas |
4° dia | 4 mg na veia a cada 2 horas | 4 mg na veia a cada 4 horas | 4 mg na veia a cada 6 horas |
5° ao 8° dia | 4 mg na veia a cada 4 horas | 4 mg na veia a cada 6 horas | 2 mg na veia a cada 6 horas |
Após este período | Reduzir 4 mg diariamente | Reduzir 2 mg diariamente | Reduzir 1 mg diariamente |
Em tumores cerebrais que voltam ou não podem ser operados
- O tratamento de manutenção deve ser individualizado com Corticoidex injetável, comprimidos ou xarope. Dose de 2 mg, 2 a 3 vezes ao dia, pode ser eficaz.
Após derrame cerebral agudo (exceto hemorragia)
- Comece com 10 mg (2,5 mL) na veia, depois 4 mg no músculo a cada 6 horas por 10 dias. Nos 7 dias seguintes, reduza gradualmente até zero.
Use a menor dose necessária para o inchaço cerebral.
Uso na veia
Para Covid-19 grave (oxigênio < 90%, pneumonia, dificuldade respiratória grave) ou crítica (precisando de suporte de vida, síndrome do desconforto respiratório agudo, sepse, choque séptico): use 6 mg/dia por 7 a 10 dias.
Tratamento combinado
Para alergias agudas ou crises de alergias crônicas (rinite alérgica, crise de asma, urticária, dermatite), sugere-se:
Dose total diária | ||
1º dia | Injeção no músculo de 1 ou 2mL (4 ou 8mg) de Corticoidex | 4 ou 8mg |
2º dia | 2 comprimidos de 0,5mg de Corticoidex, duas vezes ao dia | 4 comprimidos |
3º dia | 2 comprimidos de 0,5mg de Corticoidex, duas vezes ao dia | 4 comprimidos |
4º dia | 1 comprimido de 0,5mg de Corticoidex, duas vezes ao dia | 2 comprimidos |
5º dia | 1 comprimido de 0,5mg de Corticoidex, duas vezes ao dia | 2 comprimidos |
6º dia | 1 comprimido de 0,5mg de Corticoidex, por dia | 1 comprimido |
7º dia | 1 comprimido de 0,5mg de Corticoidex, por dia | 1 comprimido |
8º dia | Consulta de controle | --- |
Uso em articulações, lesões e tecidos moles
Geralmente usado quando as áreas afetadas são uma ou duas.
Doses únicas usuais:
Local da injeção | Volume (mL) | Quantidade (mg) |
Articulações grandes (joelho) | 0,5 a 1 | 2 a 4 |
Articulações pequenas (dedos, mandíbula) | 0,2 a 0,25 | 0,8 a 1 |
Bolsas sinoviais | 0,5 a 0,75 | 2 a 3 |
Bainhas de tendões | 0,1 a 0,25 | 0,4 a 1 |
Infiltração nos tecidos | 0,5 a 1,5 | 2 a 6 |
Cistos (gânglios) | 0,25 a 0,5 | 1 a 2 |
Aplicar a cada 3-5 dias ou a cada 2-3 semanas, conforme a resposta.
Problemas respiratórios em recém-nascidos
Prevenção antes do nascimento
Dose recomendada: 5 mg (1,25 mL) no músculo da mãe a cada 12 horas, total 4 doses. Começar preferencialmente entre 24 horas a 7 dias antes do parto.
Cuidados ao usar o Corticoidex
Contém bissulfito de sódio, que pode causar reações alérgicas graves, como anafilaxia ou crises de asma em pessoas sensíveis. É mais comum em asmáticos.
Corticoides podem piorar infecções fúngicas. Não use na presença dessas infecções, a menos que necessário. Relatos associam uso com anfotericina B a problemas cardíacos. Use com cautela após infarto do coração.
Doses médias/altas podem causar pressão alta, retenção de sal/água e perda de potássio. Pode ser necessário dieta com pouco sal e suplemento de potássio. Todos os corticoides aumentam a perda de cálcio.
Parar o remédio muito rápido pode causar falta de hormônios adrenais. Reduza a dose aos poucos. Essa falta pode durar meses após parar. Em situações de estresse, pode ser necessário retomar o corticoide. Como pode afetar a secreção mineralocorticoide, use sal e/ou mineralocorticoide junto. Após uso prolongado, parar pode causar febre, dor muscular e mal-estar. Raros casos de reações alérgicas graves com injeções - tome precauções. Não use vacinas de vírus vivo durante tratamento. Vacinas com vírus/bactérias inativados podem não funcionar bem. Só vacine se o corticoide for para reposição hormonal (como na doença de Addison).
Altas doses ou uso prolongado podem reduzir as defesas do corpo.
Em tuberculose ativa, só use em casos graves com tratamento antituberculoso. Se houver tuberculose latente, observe ativamente. Durante tratamento longo, faça prevenção com remédios. Use com cautela em colite ulcerativa (risco de perfuração), diverticulite, úlcera, insuficiência renal, pressão alta, osteoporose e miastenia grave. Sinais de perfuração intestinal podem ser mínimos em quem usa corticoides. Relatada embolia gordurosa como possível complicação. Efeitos são maiores em hipotireoidismo e cirrose. Pode alterar quantidade e movimento de espermatozoides. Corticoides podem esconder sinais de infecção e novas infecções podem aparecer. Em malária cerebral, pode prolongar o coma e aumentar pneumonia e sangramento digestivo. Pode ativar amebíase ou estrongiloidíase - exclua essas infecções antes de começar.
Uso prolongado pode causar catarata, glaucoma e infecções oculares. Use com cuidado em herpes ocular (risco de perfuração da córnea).
Crianças em tratamento prolongado devem ser monitoradas quanto ao crescimento. Injeções nas articulações podem ter efeitos locais e sistêmicos. Dor intensa com inchaço e febre podem indicar infecção na articulação. Se confirmado, trate com antibióticos. Não injete em áreas infectadas. Analise o líquido articular para excluir infecção. Muitas injeções podem danificar as articulações. Não injete em articulações instáveis. Oriente pacientes a não forçar articulações aliviadas enquanto a inflamação estiver ativa.
Gravidez e amamentação
Categoria de risco na gravidez: C.
Não use sem orientação médica na gravidez.
Não há estudos em humanos. Pese riscos e benefícios para mãe e bebê. Bebês de mães que usaram doses altas podem ter falta adrenal - observe cuidadosamente. Corticoides aparecem no leite materno e podem prejudicar o bebê. Mães usando doses altas não devem amamentar.
Remédios que reduzem a imunidade podem ativar tuberculose. Médicos devem ficar atentos para diagnóstico e tratamento precoces.
Este remédio pode causar doping.
Efeitos colaterais do Corticoidex
Efeitos colaterais descritos (frequência desconhecida):
- Problemas de água e sais: retenção de sódio e líquidos, insuficiência cardíaca em suscetíveis, perda de potássio, pressão alta.
- Músculos e ossos: fraqueza muscular, perda de massa muscular, osteoporose, fraturas, morte óssea, ruptura de tendão.
- Digestão: úlcera com perfuração ou sangramento, perfuração intestinal, pancreatite, inchaço abdominal, esofagite.
- Pele: cicatrização lenta, pele fina e frágil, manchas roxas, vermelhidão, suor excessivo, queimação ou formigamento (especialmente após injeção na veia), dermatite, urticária, inchaço.
- Neurológicos: convulsões, aumento da pressão no crânio, tontura, dor de cabeça, problemas psiquiátricos.
- Hormonais: menstruação irregular, aparência de Cushing, atraso no crescimento da criança, falta de resposta adrenal ao estresse, intolerância a açúcares, aparecimento de diabetes, aumento de pelos.
- Olhos: catarata, glaucoma, olhos saltados.
- Metabólicos: perda de proteínas.
- Coração: ruptura do coração após infarto, cardiomiopatia em bebês com baixo peso.
- Outros: reações alérgicas, coágulos, ganho de peso, aumento de apetite, náusea, mal-estar, soluços.
- Reações raras relacionadas a injeções locais: cegueira (após injeção no rosto/cabeça), manchas na pele, atrofia da pele, abscesso estéril, calor após injeção (nas articulações), dano articular.
Efeitos colaterais raros (menos de 1 em 10.000):
- Inchaço no local da aplicação, dor no local, inchaço facial, inchaço ao redor dos olhos, irritação nos olhos, erupção na pele, alteração da visão, palpitações, sonolência, tremor, pânico, depressão, queimação anal ou vaginal, sensação de frio ou calor, palidez e vômito.
Efeitos colaterais graves em estudo com Covid-19:
- Quatro eventos graves: dois de açúcar alto no sangue, um de psicose por esteroides e um de sangramento digestivo.
Atenção: este remédio tem nova indicação no país. Mesmo usado corretamente, podem ocorrer efeitos desconhecidos. Se notar algo, informe pelo Sistema VigiMed (Anvisa).
Overdose: o que fazer se tomar mais Corticoidex do que devia?
Raros relatos de overdose grave ou morte por corticoides. Não há antídoto específico. Trate os sintomas.
A dose letal em animais foi alta.
Em intoxicação, ligue para 0800 722 6001.
Interações: o que acontece se tomar Corticoidex com outros remédios?
Interações do Corticoidex
Interação entre remédios
Interações graves
Efeito da interação | Remédio |
Reduz efeito contra câncer | Aldesleucina |
Aumenta risco de convulsão | Bupropiona |
Reduz níveis no sangue do outro remédio | Darunavir, dasatinibe, etaverina, fosamprenavir, imatinibe, ixabepilona, lapatinibe, nilotinibe, praziquantel, quetiapina, romidepsina, sunitinibe, tensirolimo |
Aumenta risco de infecção pela vacina | Vacina de rotavírus vivo |
Aumenta risco de doença grave na pele | Talidomida |
Interações moderadas
Efeito da interação | Remédio |
Aumenta risco de sangramento e/ou reduz efeito | Acenocumarol, dicumarol, femprocumona, fluindiona, varfarina |
Aumenta risco de ruptura de tendão | Vários antibióticos (ciprofloxacino, levofloxacino, norfloxacino, ofloxacino, etc.) |
Reduz efeito e causa fraqueza muscular | Relaxantes musculares (pancurônio, vecurônio, etc.) |
Reduz efeito do Corticoidex | Aminoglutetimida, carbamazepina, equinácea, fenitoína, rifampicina, etc. |
Prolonga efeito do Corticoidex | Anticoncepcionais (etinilestradiol, levonorgestrel, etc.), Saiboku-To |
Aumenta risco de potássio baixo | Anfotericina B |
Reduz níveis no sangue do outro remédio | Amprenavir, caspofungina, indinavir, mifepristona, sorafenibe |
Resposta imunológica inadequada | Várias vacinas (hepatite A, gripe, sarampo, meningite, pneumonia, poliomielite, raiva, rubéola, varicela, febre amarela, etc.) |
Aumenta exposição ao Corticoidex | Aprepitanto, fosaprepitanto |
Aumenta risco de úlcera e reduz efeito da aspirina | Aspirina |
Reduz efeito do outro remédio | Delavirdina, everolimo, mifepristona, saquinavir, tretinoína |
Aumenta risco de células baixas no sangue e/ou açúcar alto | Irinotecano |
Aumenta níveis e efeitos colaterais do Corticoidex | Itraconazol, alcaçuz, ritonavir |
Aumenta efeitos no sangue | Sargramostim |
Interações leves
Efeito da interação | Remédio |
Aumenta efeitos colaterais | Albendazol |
Reduz reação ao teste | Teste de tuberculina |
Interação com exames de laboratório
Interações leves
Efeito da interação | Exame |
Falso aumento de digoxina | Dosagem de digoxina no sangue |
Reduz captação de iodo | Exames da tireoide |
Resultado falso-negativo | Teste de nitrotetrazólio azul e testes de pele |
Outras interações
- Aspirina deve ser usada com cautela com corticoides se houver risco de sangramento;
- Fenitoína, fenobarbital, efedrina e rifampicina podem reduzir efeito do corticoide - ajuste a dose;
- Monitore tempo de protrombina se usar anticoagulantes cumarínicos. Se usar diuréticos que reduzem potássio, observe sinais de potássio baixo;
- Por aumentar açúcar no sangue, ajuste dose de insulina ou antidiabéticos orais.
Como o Corticoidex funciona?
Resultados
Estudo com 123 crianças com suspeita de artrite bacteriana mostrou que 4 dias de Corticoidex em baixas doses reduziu problemas residuais e encurtou sintomas em artrite séptica comprovada.
Estudo com 43 mulheres com síndrome HELLP após parto mostrou que as tratadas com Corticoidex tiveram recuperação mais rápida, menos complicações e menos necessidade de outros tratamentos.
Estudo com pacientes hospitalizados por Covid-19: 2.104 receberam Corticoidex e 4.321 cuidados habituais. Mortalidade em 28 dias foi 22,9% no grupo Corticoidex vs 25,7% no grupo controle. Benefício maior em pacientes com ventilação mecânica (29,3% vs 41,4% de mortes) e oxigênio sem ventilação (23,3% vs 26,2%). Sem benefício em pacientes sem suporte respiratório.
Referências Bibliográficas:
Odio Carla M., et al. Double blind, randomized, placebo-controlled study of dexamethasone therapy for hematogenous septic arthritis in children. Pediatr Infect Dis J, 2003; 22:883-8.
Martin J.N., et al. Better maternal outcomes are achieved with dexamethasone therapy for postpartum HELLP (hemolysis, elevated liver enzymes, and thrombocytopenia) syndrome. Am J Obstet Gynecol, 1997;177:1011-7.
RECOVERY COLLABORATIVE GROUP. Dexamethasone in hospitalized patients with Covid-19—Preliminary report. New England Journal of Medicine, 2020.
Como age no corpo
Como funciona
Corticoidex é um corticoide potente e versátil. Pode ser aplicado na veia, músculo, articulações ou lesões. É cerca de 25-30 vezes mais forte que hidrocortisona. Em doses equivalentes, causa menos retenção de sal e água que hidrocortisona.
Como o corpo processa o remédio
Distribui-se pelo corpo com volume de 2 L/kg. É metabolizado no fígado e eliminado pelos rins e bile. Meia-vida: 1,88-2,23 horas. Início da ação após injeção no músculo: 8-24 horas.