Bula Cloridrato de Nortriptilina Teuto

O Cloridrato de Nortriptilina é usado para aliviar os sintomas de depressão.

Ele funciona melhor em casos de depressões endógenas do que em outros tipos de depressão.

Não use este remédio junto com inibidores da MAO (medicamentos para depressão). Essa combinação pode causar febre alta, convulsões graves e até morte.

Pare o inibidor da MAO pelo menos 14 dias antes de começar o Cloridrato de Nortriptilina.

Não tome se for alérgico a este medicamento.

Pessoas que tiveram infarto recente também não podem usar. Existe risco de reação cruzada com outros antidepressivos parecidos.

Não recomendado para crianças. Tome por via oral (cápsula ou solução). Idosos e adolescentes precisam de doses menores. Comece com dose baixa e aumente aos poucos, conforme orientação médica. O tratamento pode ser longo para evitar recaídas. Se tiver efeitos colaterais, reduza a dose. Pare imediatamente se tiver reações graves.

Dose para adultos

25 mg três ou quatro vezes ao dia. Comece com dose baixa. A dose diária total pode ser tomada de uma só vez. Acima de 100 mg/dia, é preciso monitorar o nível no sangue. Dose máxima: 150 mg/dia.

Idosos e adolescentes

30 mg a 50 mg por dia, divididos em 2 ou 3 vezes, ou a dose toda de uma vez. Idosos podem precisar de doses menores e monitoramento de efeitos colaterais.

Não abra, parta ou mastigue as cápsulas.

Médicos devem explicar os riscos e benefícios deste remédio para pacientes e familiares.

Atenção: este remédio pode piorar a depressão ou causar pensamentos suicidas, principalmente no início do tratamento ou ao mudar a dose. Familiares devem observar mudanças de comportamento como agitação, insônia, agressividade ou ideias estranhas. Avise o médico imediatamente se notar algo.

Em pacientes com esquizofrenia ou transtorno bipolar, pode piorar os sintomas. Pode causar convulsões em pessoas com predisposição. Evite cirurgias eletivas durante o tratamento.

Como depressão aumenta risco de suicídio, não deixe o paciente com grandes quantidades do remédio.

Gravidez e amamentação

Só use na gravidez se realmente necessário. Não existem estudos conclusivos sobre segurança. Pertence à categoria de risco C. Não use sem orientação médica.

Uso em crianças

Segurança em crianças não está comprovada. Use apenas se benefícios superarem riscos.

Não dirija ou opere máquinas durante o tratamento.

Alertas importantes

Risco de suicídio

Antidepressivos podem aumentar pensamentos suicidas em crianças, adolescentes e adultos jovens, principalmente nas primeiras semanas. Monitoramento constante é essencial. Sintomas como agitação, ataques de pânico ou mudanças bruscas de humor devem ser relatados.

Pacientes com histórico de transtorno bipolar precisam de avaliação cuidadosa antes de usar. Este remédio não é aprovado para depressão bipolar.

Pessoas com problemas cardíacos, glaucoma, convulsões ou diabetes precisam de supervisão rigorosa. Evite álcool durante o tratamento. Não opere máquinas perigosas.

Aviso: esta lista inclui reações que podem ocorrer com antidepressivos similares.

Coração e circulação

Pressão alta ou baixa, batimentos irregulares, infarto, derrame.

Problemas mentais

Confusão mental (principalmente em idosos), ansiedade, agitação, insônia, pesadelos, piora de psicose.

Sistema nervoso

Sonolência, formigamento, tremores, convulsões, zumbido no ouvido.

Efeitos anticolinérgicos

Boca seca, visão turva, prisão de ventre, dificuldade para urinar.

Alergias

Coceira, urticária, manchas na pele, inchaço, sensibilidade ao sol.

Sangue

Redução de células sanguíneas (causando cansaço excessivo ou infecções).

Estômago e intestino

Náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal.

Hormônios

Aumento das mamas (em homens e mulheres), alterações na libido, problemas de açúcar no sangue.

Outros

Icterícia, alterações no fígado, ganho ou perda de peso, sudorese, tontura, dor de cabeça, queda de cabelo.

Parar o tratamento

Suspensão brusca pode causar náuseas, dor de cabeça e mal-estar.

Fraturas

Antidepressivos podem aumentar risco de fraturas em idosos.

Em caso de efeito adverso, notifique à Anvisa.

Overdose pode ser fatal, especialmente se misturada com álcool ou outros remédios. Sintomas aparecem rápido: procure emergência imediatamente.

Sintomas

Batimentos cardíacos irregulares, pressão alta, convulsões, coma, confusão, pupilas dilatadas, vômitos.

Tratamento

Monitoramento cardíaco por pelo menos 6 horas. Lavagem estomacal e carvão ativado. Bicarbonato de sódio para problemas cardíacos. Medicamentos para convulsões. Acompanhamento psiquiátrico se overdose foi intencional.

Em caso de intoxicação, ligue para 0800 722 6001.

Não use com reserpina, remédios anticolinérgicos ou estimulantes. Cimetidina aumenta o nível deste remédio no sangue. Álcool potencializa efeitos. Pode alterar açúcar no sangue em diabéticos.

Medicamentos metabolizados pelo fígado

Algumas pessoas metabolizam lentamente este remédio (cerca de 7-10% dos brancos). Inibidores da MAO, quinidina, cimetidina e alguns antidepressivos (como fluoxetina) aumentam seu nível no sangue. Cuidado ao trocar entre antidepressivos. Pode ser preciso ajustar doses.

Eficácia comprovada

Doses eficazes variam de 10 a 50 mg, três a quatro vezes ao dia.

Estudos mostram que previne recaídas em idosos com depressão recorrente, especialmente quando combinado com psicoterapia. Pacientes idosos respondem bem, mas podem precisar de doses menores.

Referências Bibliográficas

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Como age no organismo

Age aumentando os níveis de noradrenalina e serotonina no cérebro. O efeito antidepressivo começa em 2-7 dias, mas pode levar até 6 semanas em idosos.

Como o corpo processa

Absorção

60% é absorvido pelo corpo.

Distribuição

85-95% ligado a proteínas do sangue.

Metabolismo

Transformado no fígado em compostos ativos.

Eliminação

Eliminado principalmente pela urina. Tempo no corpo: 15-39 horas (pode chegar a 90h em idosos).