Para que serve o Cipro?

Indicações do Cipro® (cloridrato de ciprofloxacino):

Adultos

Tratamento de infecções graves e leves causadas por bactérias sensíveis ao ciprofloxacino:
  • Sistema respiratório. Bactérias como Klebsiella, Enterobacter, Proteus, E. coli, Pseudomonas, Haemophilus, Moraxella, Legionella e Staphylococcus são sensíveis ao Cipro® (cloridrato de ciprofloxacino). Pneumonias comuns geralmente são causadas por Streptococcus pneumoniae. Nestes casos, Cipro® (cloridrato de ciprofloxacino) não é a primeira opção;
  • Infecções do ouvido médio (otite) e dos seios da face (sinusite), principalmente se causadas por Pseudomonas ou Staphylococcus;
  • Olhos;
  • Rins e/ou sistema urinário;
  • Órgãos reprodutores, incluindo inflamação dos ovários e tubas uterinas (anexite), gonorreia e infecções da próstata (prostatite);
  • Abdômen, como estômago e intestinos (sistema digestivo), vias biliares e peritônio (membrana que reveste o abdômen);
  • Pele e tecidos moles;
  • Ossos e articulações.

Infecção generalizada (sepse).

Prevenção de infecções em pacientes com imunidade baixa, como em tratamento com medicamentos que reduzem as defesas do corpo ou pacientes com baixa contagem de glóbulos brancos.

Eliminação controlada de bactérias intestinais durante tratamento com medicamentos que reduzem a imunidade.

Descontaminação intestinal em pacientes usando imunossupressores.

Cipro® (cloridrato de ciprofloxacino) não funciona contra Treponema pallidum (causador da sífilis).

Crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos

Para infecção aguda em fibrose cística causada por Pseudomonas aeruginosa quando não houver opções de tratamento injetável mais eficazes. Não usar Cipro® (cloridrato de ciprofloxacino) para outras situações.

Antraz por inalação (após exposição) em adultos e crianças

Para reduzir o risco ou progressão da doença após inalação de bactérias do antraz (Bacillus anthracis).

Como o Cipro age no corpo?

O ciprofloxacino, princípio ativo do Cipro® (cloridrato de ciprofloxacino), pertence ao grupo das fluoroquinolonas. Age bloqueando enzimas bacterianas essenciais para sua reprodução, eliminando as bactérias causadoras da doença.

Quando não usar o Cipro?

Não use Cipro® (cloridrato de ciprofloxacino) nas seguintes situações:

  • Alergia ao ciprofloxacino, outros medicamentos da classe quinolona ou qualquer componente da fórmula. Sintomas podem incluir coceira, vermelhidão, dificuldade para respirar ou inchaço das mãos, garganta, boca ou pálpebras;
  • Uso simultâneo com tizanidina (relaxante muscular), pois pode causar efeitos como queda de pressão e sonolência.

Como tomar o Cipro?

Siga exatamente a dose e duração do tratamento indicadas pelo médico. Os comprimidos devem ser engolidos inteiros com líquido. Não é necessário tomar com alimentos. Tomar em jejum acelera a absorção.

Não tome Cipro® (cloridrato de ciprofloxacino) com laticínios ou bebidas enriquecidas com minerais (leite, iogurte, suco de laranja com cálcio). Refeições normais com cálcio não afetam significativamente a absorção.

Se estiver tomando medicamentos ou suplementos com minerais como cálcio, magnésio, alumínio ou antiácidos para indigestão, tome Cipro® (cloridrato de ciprofloxacino) 1 a 2 horas antes ou pelo menos 4 horas depois.

Se não conseguir engolir comprimidos, recomenda-se iniciar tratamento com ciprofloxacino injetável.

Posologia geralmente recomendada:

Adultos

Dose diária recomendada de ciprofloxacino oral em adultos:

Indicações

Dose diária para adultos (mg) via oral

Infecções respiratórias (dependendo da gravidade e bactéria)

2 x 250 mg a 500 mg

Infecções urinárias

Aguda, não complicada

1 a 2 x 250 mg

Cistite em mulheres (antes da menopausa)

Dose única 250 mg

Complicada

2 x 250 mg a 500 mg

Gonorreia

Extragenital

Dose única 250 mg

Aguda, não complicada

Dose única 250 mg

Diarreia

1 a 2 x 500 mg

Outras infecções

2 x 500 mg

Infecções graves com risco de vida:
Principalmente por
Pseudomonas,
Staphylococcus
ou
Streptococcus

Pneumonia estreptocócica

2 x 750 mg

Infecções repetidas em fibrose cística

Infecções ósseas e articulares

Sepse

Peritonite

Crianças e adolescentes

Para infecção aguda por P. aeruginosa em pacientes com mucoviscidose (5 a 17 anos): 20 mg de ciprofloxacino/kg de peso 2x/dia (máximo 1.500 mg/dia).

Antraz

Adultos

500 mg de ciprofloxacino duas vezes ao dia.

Crianças

15 mg de ciprofloxacino/kg de peso duas vezes ao dia. Dose máxima: 500 mg por dose (máximo diário: 1000 mg).

Inicie o tratamento imediatamente após suspeita ou confirmação de inalação de antraz.

Se não conseguir engolir comprimidos, inicie com ciprofloxacino injetável.

Informações para grupos especiais

Idosos

Usar a menor dose eficaz conforme gravidade da doença e função renal.

Problemas nos rins ou fígado

Adultos
  1. Doses para insuficiência renal moderada ou grave:
    1. Depuração de creatinina entre 30 e 60 mL/min: dose máxima oral de 1000 mg/dia.
    2. Depuração de creatinina inferior a 30 mL/min: dose máxima oral de 500 mg/dia;
  2. Insuficiência renal em hemodiálise: mesma dose após diálise que pacientes com insuficiência moderada/grave;
  3. Diálise peritoneal ambulatorial contínua: 500 mg oral (ou 2 x 250 mg);
  4. Não ajuste dose para problemas hepáticos;
  5. Problemas hepáticos e renais: usar mesma dose para insuficiência renal. Pode ser necessário monitorar níveis sanguíneos.

Crianças e adolescentes

Doses não foram estudadas em crianças/adolescentes com problemas renais ou hepáticos.

Duração do tratamento

A duração depende da gravidade e evolução clínica. Geralmente, continue por pelo menos 3 dias após desaparecimento da febre e sintomas.

Duração média do tratamento:

Adultos
  • 1 dia para gonorreia e cistite agudas não complicadas;
  • Até 7 dias para infecções renais, urinárias e abdominais;
  • Em pacientes com imunidade baixa, continue durante o período de baixa contagem de glóbulos brancos;
  • Máximo 2 meses para osteomielite (infecção óssea);
  • 7-14 dias para outras infecções.

Em infecções estreptocócicas, continue por pelo menos 10 dias devido ao risco de complicações tardias.

Infecções por Chlamydia spp. também devem ser tratadas por pelo menos 10 dias.

Crianças e adolescentes (5 a 17 anos)
  • 10 - 14 dias para infecções agudas por Pseudomonas aeruginosa em fibrose cística.
Antraz
  • 60 dias de tratamento após inalação de antraz.

Parar o tratamento antes do tempo

Se quiser interromper o Cipro® (cloridrato de ciprofloxacino) por sentir melhora ou efeitos colaterais, consulte seu médico antes. Parar sem orientação pode fazer as bactérias voltarem a crescer, piorar sua condição e criar resistência ao medicamento.

Siga as orientações médicas sobre horários, doses e duração. Não interrompa sem consultar seu médico.

O que fazer se esquecer uma dose do Cipro?

Tome a dose esquecida assim que lembrar. Não tome duas doses juntas para compensar.

Em caso de dúvidas, consulte seu farmacêutico, médico ou dentista.

Cuidados ao usar o Cipro

Informe seu médico imediatamente se apresentar qualquer condição abaixo durante o tratamento. O médico decidirá se deve interromper o Cipro® (cloridrato de ciprofloxacino).

Infecções graves por bactérias anaeróbias ou Gram-positivas

Para infecções graves por Staphylococcus ou anaeróbias, Cipro® (cloridrato de ciprofloxacino) deve ser combinado com outro antibiótico adequado.

Infecções por Streptococcus pneumoniae

Não recomendado para pneumonia por Streptococcus pneumoniae devido à eficácia limitada.

Infecções genitais

Infecções genitais podem ser causadas por Neisseria gonorrhoeae resistente. É essencial conhecer a resistência local e confirmar por testes laboratoriais.

Problemas cardíacos

Cipro® (cloridrato de ciprofloxacino) pode causar alteração no eletrocardiograma (intervalo QT prolongado). Mulheres e idosos podem ser mais sensíveis. Use com cautela se tomar outros medicamentos que prolonguem o QT (antiarrítmicos, antidepressivos tricíclicos, macrolídeos, antipsicóticos) ou se tiver fatores de risco como síndrome do QT longo, desequilíbrio eletrolítico (potássio ou magnésio baixo), insuficiência cardíaca, infarto ou batimentos cardíacos lentos.

Alergias

Podem ocorrer reações alérgicas graves (choque anafilático, angioedema) mesmo com uma dose. Sintomas: aperto no peito, tontura, fraqueza ou desmaio ao levantar. Se ocorrer, pare imediatamente e procure médico. Raramente, pode ocorrer inchaço facial, da garganta e dificuldade respiratória, podendo evoluir para choque. Nesses casos, pare o Cipro® (cloridrato de ciprofloxacino) e informe seu médico.

Sistema digestivo

Se tiver diarreia durante o tratamento, consulte seu médico antes de tomar antidiarreicos.

Fígado e vias biliares

Foram relatados problemas hepáticos graves (necrose e insuficiência) com risco de vida. Se tiver sinais de doença hepática (perda de apetite, pele amarelada, urina escura, coceira ou abdômen inchado), pare imediatamente e informe seu médico.

Pode ocorrer aumento temporário de enzimas hepáticas ou icterícia, principalmente em pacientes com histórico de doenças hepáticas.

Miastenia grave

Use com cautela em pacientes com miastenia grave (doença muscular) pois pode piorar os sintomas.

Tendinite e ruptura de tendão

Podem ocorrer tendinite e ruptura de tendão (principalmente Aquiles), às vezes nas primeiras 48 horas ou meses após o tratamento. O risco aumenta em idosos, durante exercício intenso, com uso de corticosteroides, insuficiência renal ou transplante.

Suspeitando de inflamação no tendão, repouse o membro afetado, evite esforço, consulte médico e suspenda o antibiótico. Use com cautela se tiver histórico de problemas em tendões com fluoroquinolonas.

Convulsões

Cipro® (cloridrato de ciprofloxacino) pode desencadear convulsões. Se tiver epilepsia, histórico de convulsões, redução de fluxo sanguíneo cerebral, traumatismo craniano ou AVC, use somente se benefícios superarem riscos. Caso ocorram convulsões, pare imediatamente e informe médico.

Foram relatados casos de estado epiléptico. Se ocorrer convulsão, pare Cipro® (cloridrato de ciprofloxacino) e informe médico.

Reações psiquiátricas

Podem ocorrer após a primeira dose, incluindo depressão ou reações psicóticas que podem levar a pensamentos ou comportamentos suicidas. Nesses casos, pare imediatamente e informe médico.

Neuropatia periférica

Foram relatados casos de danos nos nervos periféricos, causando sensações de dor, queimação, formigamento, dormência ou fraqueza. Se desenvolver sintomas neurológicos, pare imediatamente e informe médico.

Pele

Ciprofloxacino pode aumentar sensibilidade à luz. Evite exposição direta ao sol ou luz ultravioleta. Se aparecerem reações cutâneas como queimaduras solares, pare imediatamente e informe médico.

Alterações de açúcar no sangue

Podem ocorrer hipoglicemia e hiperglicemia, principalmente em idosos diabéticos usando hipoglicemiantes orais ou insulina. Diabéticos devem monitorar a glicose cuidadosamente.

Informe que está usando Cipro® (cloridrato de ciprofloxacino) ao fazer exames de sangue ou urina.

Procure oftalmologista imediatamente se tiver alterações visuais ou sintomas oculares.

Estudos relatam aumento do risco de aneurisma e dissecção da aorta com fluoroquinolonas, principalmente em idosos. Avalie risco-benefício cuidadosamente em pacientes com histórico familiar de aneurisma, aneurisma pré-existente, dissecção aórtica ou fatores de risco (síndrome de Marfan, síndrome de Ehlers-Danlos, arterite, doença de Behçet, hipertensão, aterosclerose). Consulte médico imediatamente em caso de dor abdominal súbita, no peito ou nas costas.

Gravidez e amamentação

Gravidez

Não recomendado durante a gravidez. Estudos em animais não mostraram malformações, mas não se descarta risco de lesão articular no feto.

Informe seu médico se estiver grávida ou planejando engravidar.

Não use sem orientação médica ou odontológica durante a gravidez.

Amamentação

Não recomendado durante amamentação, pois ciprofloxacino passa para o leite e pode causar dano articular ao bebê.

Crianças e adolescentes

Como outras fluoroquinolonas, ciprofloxacino pode causar lesão articular em animais jovens. Dados de segurança em menores de 18 anos com fibrose cística não mostraram lesões articulares/cartilagem.

Uso em 5 a 17 anos apenas para:

  • Infecção aguda por Pseudomonas aeruginosa em fibrose cística. Não usar para outras infecções ou em menores de 5 anos.

Idosos podem usar na menor dose eficaz indicada pelo médico.

Dirigir e operar máquinas

Fluoroquinolonas podem reduzir atenção. Tenha cautela ao dirigir ou operar máquinas, principalmente com álcool. Em dúvidas, consulte seu médico.

Efeitos colaterais do Cipro

Como todo medicamento, Cipro® (cloridrato de ciprofloxacino) pode causar reações adversas. Se tiver sintomas de alergia grave (coceira, erupção cutânea, dificuldade respiratória ou inchaço), pare o tratamento e procure médico ou hospital imediatamente.

Frequência das reações:

  • Muito comum (mais de 10% dos usuários);
  • Comum (até 1 em 10 pessoas);
  • Incomum (até 1 em 100 pessoas);
  • Rara (até 1 em 1.000 pessoas);
  • Muito rara (até 1 em 10.000 pessoas);
  • Desconhecida (frequência não estimável).

Se qualquer reação se tornar grave ou notar algo não mencionado, informe seu médico ou farmacêutico.

Infecções

  • Incomum: infecções por fungos.
  • Rara: colite associada a antibióticos (raramente fatal).

Sangue e sistema linfático

  • Incomum: aumento de eosinófilos (tipo de glóbulo branco).
  • Rara: redução de glóbulos brancos (leucopenia ou neutropenia), anemia, redução de plaquetas (trombocitopenia), aumento de glóbulos brancos (leucocitose) ou plaquetas (plaquetose).
  • Muito rara: destruição de glóbulos vermelhos (anemia hemolítica), redução de todas células sanguíneas (pancitopenia com risco de vida), ausência de neutrófilos (agranulocitose), falência da medula óssea (risco de vida).

Sistema imunológico

  • Rara: reação alérgica e angioedema.
  • Muito rara: reação alérgica grave e choque anafilático (inchaço facial, da laringe; dificuldade respiratória que pode levar a choque), reações similares à doença do soro (febre, alergia, inchaço de gânglios, vermelhidão da pele).

Metabolismo e nutrição

  • Incomum: perda de apetite.
  • Rara: açúcar alto (hiperglicemia) ou baixo (hipoglicemia) no sangue.

Saúde mental

  • Incomum: agitação.
  • Rara: confusão mental, desorientação, ansiedade, sonhos anormais, depressão*.
  • Muito rara: reações psicóticas*.

*Podem levar a pensamentos/comportamentos suicidas.

Sistema nervoso

  • Incomum: dor de cabeça, tontura, distúrbios do sono, alteração do paladar.
  • Rara: formigamento, dormência (parestesia), tremores, convulsões (incluindo estado epiléptico), diminuição da sensibilidade (hipoestesia), vertigem.
  • Muito rara: enxaqueca, falta de coordenação, alteração do olfato, aumento da sensibilidade (hiperestesia), pressão intracraniana alta (pseudotumor cerebral).
  • Desconhecida: neuropatia periférica e polineuropatia.

Visão

  • Rara: alterações visuais.
  • Muito rara: distorção de cores.

Audição

  • Rara: zumbido e perda auditiva.
  • Muito rara: alterações auditivas.

Coração

  • Rara: batimentos cardíacos acelerados (taquicardia).
  • Desconhecida: alteração no eletrocardiograma (QT prolongado), arritmia ventricular, "torsades de pointes".

*Principalmente em pacientes com múltiplos fatores de risco.

Vasos sanguíneos

  • Rara: dilatação dos vasos, pressão baixa, desmaio (síncope).
  • Muito rara: inflamação dos vasos (vasculite).

Respiração

  • Rara: falta de ar (dispneia), incluindo sintomas asmáticos.

Sistema digestivo

  • Comum: enjoo e diarreia.
  • Incomum: vômitos, dores abdominais, má digestão e gases.
  • Muito rara: inflamação do pâncreas (pancreatite).

Fígado e vias biliares

  • Incomum: aumento de enzimas hepáticas e bilirrubina.
  • Rara: comprometimento hepático, icterícia (pele amarelada), hepatite não infecciosa.
  • Muito rara: morte de células hepáticas que pode evoluir para insuficiência hepática (risco de vida).

Pele

  • Incomum: vermelhidão (rash), coceira e urticária.
  • Rara: sensibilidade à luz, bolhas.
  • Muito rara: pontos vermelhos na pele (petéquias), eritema nodoso, eritema multiforme, síndrome de Stevens-Johnson (reação grave com risco de vida), necrólise epidérmica tóxica (reação grave com risco de vida).
  • Desconhecida: pustulose exantemática generalizada aguda.

Ossos, músculos e tecidos

  • Incomum: dor nas articulações.
  • Rara: dor muscular, inflamação nas articulações (artrite), aumento do tônus muscular, cãibras.
  • Muito rara: fraqueza muscular, inflamação dos tendões (tendinite), ruptura de tendões (principalmente Aquiles), piora da miastenia grave.

Rins e urina

  • Incomum: alteração da função renal.
  • Rara: inflamação dos rins (nefrite túbulo-intersticial), insuficiência renal, sangue ou cristais na urina.

Geral

  • Incomum: dor inespecífica, mal-estar, febre.
  • Rara: inchaço, suor excessivo.
  • Muito rara: alterações na marcha.

Exames

  • Incomum: aumento da fosfatase alcalina (enzima hepática).
  • Rara: alteração na coagulação (protrombina anormal), aumento da amilase (enzima pancreática).
  • Desconhecida: aumento do RNI (coagulação) em pacientes usando anticoagulantes.

Algumas reações adversas graves podem ser duradouras (> 30 dias) e incapacitantes, como tendinite, ruptura de tendão, problemas musculoesqueléticos e reações neurológicas/psiquiátricas.

Reações mais frequentes em tratamentos intravenosos:

  • Comum (até 1 em 10): Vômito; aumento transitório de enzimas hepáticas; erupção na pele.
  • Incomum (até 1 em 100): Redução de plaquetas (trombocitopenia); aumento persistente de plaquetas (plaquetose); confusão mental e desorientação; alucinações; formigamento/dormência (parestesia); convulsões prolongadas; vertigem; alterações visuais; perda auditiva; batimentos cardíacos acelerados; dilatação dos vasos; pressão baixa; alteração hepática; icterícia; insuficiência renal; inchaço.
  • Rara (até 1 em 1.000): Redução de todas células sanguíneas (pancitopenia com risco de vida); falência da medula óssea; choque anafilático (reação alérgica grave com risco de vida); reações psicóticas (potencialmente com pensamentos suicidas); enxaqueca; alteração do olfato; audição alterada; inflamação dos vasos (vasculite); pancreatite; morte de células hepáticas (risco de vida); pontos vermelhos na pele (petéquias); ruptura de tendão (principalmente Aquiles).

Crianças

Artrite é relatada com frequência em crianças.

Informe ao seu médico, dentista ou farmacêutico sobre reações indesejadas. Informe também à empresa pelo SAC.

Apresentações do Cipro

Comprimido revestido 500 mg

Embalagens com 6 e 14 comprimidos revestidos.

Uso oral.

Para adultos.

Composição do Cipro

Cada comprimido revestido contém:

582 mg de cloridrato de ciprofloxacino monoidratado, equivalente a 500 mg de ciprofloxacino.

Excipientes: celulose microcristalina, amido, crospovidona, dióxido de silício, estearato de magnésio, hipromelose, macrogol e dióxido de titânio.

Overdose: o que acontece se tomar mais Cipro do que o indicado?

Há relatos de toxicidade renal reversível após overdose. Nestes casos, o médico deve monitorar a função renal. Mantenha-se hidratado. Produtos com magnésio ou cálcio reduzem a absorção de ciprofloxacino. Se ingerir mais do que o prescrito, consulte médico imediatamente, pois pode causar dano renal.

Em caso de overdose, procure socorro médico imediatamente e leve a embalagem ou bula. Ligue para 0800 722 6001 para orientações.

Interações com outros remédios

Alguns medicamentos podem ter seu efeito alterado se tomados com Cipro® (cloridrato de ciprofloxacino) ou influenciar seu efeito. Informe seu médico se estiver usando algum destes:

Medicamentos que prolongam o intervalo QT

Use com cautela se tomar medicamentos que prolongam o intervalo QT (antiarrítmicos classe III/IA, antidepressivos tricíclicos, macrolídeos, antipsicóticos).

Produtos com ferro, magnésio, alumínio ou cálcio

Antiácidos, suplementos minerais, sucralfato (para azia/úlcera), didanosina (AIDS), quelantes de fosfato (sevelâmer, carbonato de lantânio) ou nutrição parenteral reduzem a absorção de ciprofloxacino. Tome Cipro® (cloridrato de ciprofloxacino) 1 a 2 horas antes ou pelo menos 4 horas depois. Antiácidos bloqueadores H2 (cimetidina, ranitidina) não exigem este cuidado.

Laticínios e bebidas enriquecidas

Evite leite, iogurte ou suco de laranja com cálcio, pois reduzem a absorção. Cálcio da dieta normal não afeta significativamente.

Probenecida

Aumenta a concentração de ciprofloxacino no sangue.

Metoclopramida

Acelera a absorção de ciprofloxacino.

Omeprazol

Pode reduzir levemente o efeito do ciprofloxacino.

Tizanidina

Não use com tizanidina (relaxante muscular), pois aumenta seus níveis sanguíneos, causando queda de pressão e sonolência.

Teofilina

Aumenta a concentração de teofilina (asma), podendo intensificar seus efeitos adversos (raramente com risco de vida). Se necessário, monitore níveis de teofilina e ajuste dose.

Outros derivados da xantina

Cafeína e pentoxifilina (distúrbios circulatórios) podem ter seus níveis aumentados. Consulte médico.

Fenitoína

Pode alterar (aumentar ou diminuir) níveis de fenitoína (antiepilético). Monitore concentração sanguínea durante e após uso simultâneo.

Metotrexato

Pode retardar a eliminação do metotrexato (câncer, psoríase, artrite), aumentando seu nível sanguíneo.

Anti-inflamatórios não esteroides

Doses altas combinadas com certos AINEs (ibuprofeno) podem desencadear convulsões em animais. Não se aplica a ácido acetilsalicílico.

Ciclosporina

Pode aumentar temporariamente a creatinina sanguínea (avalia função renal). Monitore creatinina duas vezes por semana.

Anticoagulantes

Pode aumentar efeito de anticoagulantes como varfarina, acenocumarol, femprocumona, fluindiona. Consulte médico.

Duloxetina

Pode aumentar níveis de duloxetina (antidepressivo).

Ropinirol

Pode exigir ajuste de dose de ropinirol (doença de Parkinson). Monitore efeitos adversos.

Lidocaína

Pode ocorrer interação com efeitos adversos.

Clozapina

Aumenta níveis de clozapina (antipsicótico). Monitore e ajuste dose.

Sildenafila

Aumenta níveis de sildenafila (disfunção erétil). Avalie riscos e benefícios.

Agomelatina

Pode aumentar níveis de agomelatina (antidepressivo).

Zolpidem

Pode aumentar níveis de zolpidem (para sono). Não recomendado uso simultâneo.

Informe seu médico sobre todos os medicamentos em uso, inclusive sem prescrição.

Interações com exames

Pode causar falso negativo em cultura para Mycobacterium tuberculosis. Informe laboratório que está usando ciprofloxacino.

Informe ao seu médico ou dentista sobre outros medicamentos em uso.

Não use medicamentos sem conhecimento médico. Pode ser perigoso.

Interações com alimentos

Comprimido 500mg

Evite tomar com laticínios ou bebidas enriquecidas com minerais (leite, iogurte, suco de laranja com cálcio) pois reduzem a absorção. Cálcio da dieta normal não afeta significativamente.

Como o Cipro age no corpo?

Resultados de Eficácia


Pomada Oftálmica / Solução Oftálmica

Dois estudos multicêntricos mostraram que ciprofloxacino foi significativamente mais eficaz que placebo (p < 0,001) e igualmente eficaz que tobramicina. Ciprofloxacino eliminou ou reduziu todas bactérias testadas, confirmando utilidade em infecções oculares externas.1

Outro estudo aberto avaliou eficácia em ceratites bacterianas.2 Comparado a outros antibióticos, ciprofloxacino teve sucesso em 91,9% dos casos tratados apenas topicamente, mostrando-se seguro e eficaz como único tratamento para úlceras de córnea.

Referências Bibliográficas

1 Leibowitz HM. Antibacterial effectiveness of ciprofloxacin 0,3% ophthalmic solution in the treatment of bacterial conjunctivitis. A J Ophthalmol. 1991, 112:29S-33S.
2 Leibowitz HM. Clinical evaluation of ciprofloxacin 0,3% ophthalmic solution for treatment of bacterial keratitis. A J Ophthalmol. 1991, 112:34S-47S.

Comprimido 500mg

Estudos clínicos mostraram eliminação dos microrganismos em 81,9% dos casos.1 Quase 94,2% dos pacientes tiveram melhora significativa ou cura completa.1

Taxas de eliminação: E. coli (95%), Proteus sp (97-100%), Salmonella sp (100%), Haemophilus influenzae (95%), Streptococcus pneumoniae (>80%), Staphylococcus sp (>80%) e Pseudomonas aeruginosa (74%).1,16

Taxas de cura/melhora:

Sistema respiratório

>85%2,3

Infecções urinárias não complicadas

>90%4

Infecções urinárias complicadas

97 - 100%5

Pele e tecidos moles

90%1,6

Ossos e articulações

75%7,8

Infecções gastrintestinais

100%9,10

Infecção generalizada (sepse)

94%11

Infecções ginecológicas

92%12

Otite maligna externa

90%13,15

Prostatite crônica

84 - 91%14

Referências Bibliográficas

1. Schacht P, Arcieri G, Branolte J, et al. Worldwide clinical data on efficacy and safety of ciprofloxacin. Infection 1988; 16 (Suppl.1): 29-44.
2. Moller M. Ciprofloxacin therapy in outpatients with lower respiratory tract infections. International Journal of Clinical Practice 1990; 6 (Suppl. 1): 72-76.
3. Piccirillo JF, Parnes SM. Ciprofloxacin for the treatment of chronic ear disease. Laryngoscope 99 1990; 510-513.
4. Abbas AMA, Chandra V, Dongaonkar PP, et al. Ciprofloxacion versus amoxycillin/clavulanic acid in the treatment of urinary tract infections on general practice. Journal of Antimicrobial Chemotherapy 1989; 24: 235-239.
5. Fass RJ. Efficacy and safety of oral ciprofloxacin for treatment of serius urinary tract infections. Antimicrobial Agents and Chemotherapy 1987; 31: 148-150.
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8. Trexler Hessen M, Levison ME. Ciprofloxacin for the treatment of osteomyelitis: a review. Journal of Foot Surgery 1989; 28: 100-105.
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10. Stanley PJ, Flegg PJ, Mandai BK, et ai. Open study of ciprofloxacin in enteric fever. Journal of Antimicrobial Chemotherapy 1989; 23: 789-791.
11. Bouza E, Díaz-López MD, Bernaldo de Quirós JCL, et al. The Spanish Group for the Study of Ciprofloxacin. Ciprofloxacin in patients with bacteremic infection. American Journal of Medicine 1989; 87 (Suppl. 5A): 228-331.
12. Fischbach F, Deckardt R, Graeff H, et al. Comparison of ciprofloxacin metronidazole versus cefoxitin/doxycycline in the treatment of pelvic inflammatory disease. Proceedings of the 3rd International Symposium on New Quinolones, Vancouver, 12-14 Jul, 1990, European Journal of Clinical Microbiology and Infectious Diseases, pp. 11-13, 1990.
13. Levenson MJ, Parisier SC, Dolitsky J, et al. Ciprofloxacin: drug of choice in the treatment of malignant externel otitis (MEO). Laryngoscope 1991; 101: 821-824.
14. Langemeyer TNM, et al. Treatment of chronic bacterial prostatitis with ciprofloxacin. Phamaceutisch Weekblad Scientific 1987; 9 (Suppl.): 78-81.
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16. Gelfand S. M., M.D., Simmons P. B., M.D., Craft B. R., R.N., Grogan J.T., M.T.- A.S.C.P. et al. Brief Report: Clinical Study of Intravenous and Oral Ciprofloxacin in Complicated Bacterial Infections. The American Journal of Medicine 1989; 87 (suppl. 5A): 235-237.

Solução Otológica

Estudo comparativo1 em 40 pacientes com otite média crônica mostrou que solução otológica de ciprofloxacino foi eficaz em todos pacientes, bem tolerada e sem ototoxicidade.

Referências Bibliográficas

1 Otolaryngal Head Neck Surgery 1997; 117:405-8.

Características Farmacológicas


Pomada Ofálmica / Solução Oftálmica

Age bloqueando a DNA girase bacteriana, eliminando bactérias Gram-positivas e Gram-negativas.

Comprimido

Mecanismo de ação

Inibe enzimas bacterianas (DNA girase e topoisomerase IV) essenciais para reprodução bacteriana. Resistência ocorre por mutações nas enzimas.

Farmacocinética

Absorção: Biodisponibilidade oral de 70-80%. Concentração máxima em 1-2 horas.
Distribuição: Ligação proteica baixa (20-30%). Volume de distribuição de 2-3 L/kg.
Metabolismo: Pequenas concentrações de metabólitos (alguns com atividade antibacteriana).
Eliminação: Principalmente renal.
Crianças: Farmacocinética similar a adultos. Meia-vida de 4-5 horas.

Dados Pré-Clínicos

Toxicidade: Baixa toxicidade aguda. Estudos crônicos mostraram boa tolerância.
Carcinogenicidade: Sem potencial carcinogênico em estudos com animais.
Reprodução: Sem embriotoxicidade ou teratogenicidade. Sem efeito na fertilidade ou desenvolvimento perinatal.
Mutagenicidade: Resultados negativos em testes in vivo.
Articulações: Pode causar lesão articular em animais jovens. Sem efeito em adultos.

Solução Otológica

Age inibindo DNA girase bacteriana. Alta atividade contra Gram-negativos (incluindo Pseudomonas) e Gram-positivos. Baixa absorção sistêmica após uso tópico.

Como guardar o Cipro?

Conservar comprimidos em temperatura ambiente (15ºC a 30ºC).

Número do lote e datas: vide embalagem.

Não use após o vencimento. Mantenha na embalagem original.

Características

Cipro® (cloridrato de ciprofloxacino) 500 mg: comprimido alongado, branco a amarelado.

Antes de usar, verifique o aspecto. Se houver mudança, consulte o farmacêutico.

Mantenha fora do alcance de crianças.

Informações legais do Cipro

MS - 1.7056.0103

Farm. Resp.:
Dra. Dirce Eiko Mimura
CRF-SP n° 16532

Fabricado por:
Bayer AG
Leverkusen – Alemanha
Ou
Bayer HealthCare Manufacturing S.R.L
Garbagnate Milanese – Itália

Importado por:
Bayer S.A.
Rua Domingos Jorge, n°1.100
04779-900 - Socorro - São Paulo - SP
C.N.P.J. n° 18.459.628/0001-15

SAC
0800 7021241
[email protected]

Venda sob prescrição médica.

Retenção de receita obrigatória.

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