Para que serve o Biogam?

Deficiências no sistema imunológico

O Biogam oferece proteção imediata para pacientes com agamaglobulinemia congênita, hipogamaglobulinemia e imunodeficiência combinada. Também pode beneficiar pacientes com HIV (sintomáticos ou não), após transplante de medula óssea e com leucemia linfocítica crônica.

Doenças autoimunes e inflamatórias

O Biogam ajuda no controle de doenças como púrpura trombocitopênica idiopática (PTI), Síndrome de Kawasaki e Síndrome de Guillain-Barré.

Outros tratamentos

O Biogam pode ser combinado com antibióticos ou antivirais para prevenir ou reduzir infecções bacterianas e virais graves.

Quando não devo usar o Biogam?

Não use Biogam se você já teve reações alérgicas graves a imunoglobulinas ou qualquer componente da fórmula.

Deve-se ter epinefrina disponível para emergências. É contraindicado para pessoas com deficiência seletiva de IgA, pois podem desenvolver reações graves.

Como aplicar o Biogam?

Aplique o medicamento usando técnicas e materiais estéreis.

Aplicação na veia do braço.

Dosagem e forma de usar

Siga estas instruções para aplicação:

  1. Deixe o medicamento fora da geladeira por 15 minutos antes do uso. Mantenha higiene adequada.
  2. Remova o lacre plástico do frasco.
  3. Limpe a tampa com algodão e álcool.
  4. Use equipo com filtro de 15 μ para aplicação na veia, conforme orientação médica.

Descartar sobras não utilizadas.

Dosagem do Biogam


Esquema de doses recomendado:

Agamaglobulinemia congênita, hipogamaglobulinemia, imunodeficiência combinada:

Dose entre 200 e 800 mg por Kg de peso. Doses de 600 mg/Kg em intervalos regulares podem reduzir infecções.

Púrpura trombocitopênica idiopática:

Dose diária de 200 a 400 mg/Kg de peso. Doses adicionais conforme avaliação médica.

Síndrome de Kawasaki:

Dose única de 2 g/Kg de peso nos primeiros 10 dias de sintomas.

Infecções graves com antibióticos:

Adultos: 2500 a 5000 mg. Crianças: 100 a 150 mg/Kg de peso em dose única.

Síndrome de Guillain-Barré:

400 mg/Kg de peso/dia por 5 dias seguidos.

Velocidade inicial: 0,01 mL/Kg/min, aumentando para 0,02 mL/Kg/min após 15-30 min.

A maioria tolera até 0,03–0,06 mL/Kg/min. Reduza a velocidade se houver reações adversas.

Precauções ao usar o Biogam

Aplicar com cuidado em:

  • Pacientes com anemia hemolítica ou hematinemia (risco de infecção por parvovírus B-19 podendo causar febre e anemia).
  • Pacientes com imunidade baixa (risco de infecção por parvovírus B-19 podendo causar anemia permanente).

Contém maltose: diabéticos devem monitorar glicemia.

Precauções importantes

O Biogam é feito de plasma humano pasteurizado para reduzir riscos virais. Apesar de testes rigorosos em doadores e processos de inativação viral, não se pode descartar totalmente o risco de infecções.

A inativação viral pode ser limitada contra vírus como hepatite A e parvovírus B-19.

Monitorar o paciente continuamente após aplicação.

Imunoglobulinas intravenosas podem causar problemas renais. Pacientes com insuficiência renal prévia, diabetes, acima de 65 anos ou usando medicamentos nefrotóxicos devem receber doses mínimas eficazes na menor velocidade possível.

Grupos especiais

Idosos

Idosos requerem atenção especial devido maior sensibilidade a reações.

Crianças

Seguir doses recomendadas na seção de dosagem.

Grávidas e lactantes

Usar apenas se essencial. Categoria de risco na gravidez: D.

Não use sem orientação médica se estiver grávida ou amamentando.

Avise seu médico imediatamente em caso de gravidez ou amamentação durante o tratamento.

Efeitos colaterais do Biogam

Alguns efeitos podem estar relacionados à velocidade de aplicação. Respeite a velocidade recomendada e monitore o paciente durante todo o procedimento.

Reações alérgicas são raras. Intolerância pode ocorrer em casos muito raros de deficiência de IgA.

Muitas reações podem ser aliviadas reduzindo a velocidade ou interrompendo temporariamente a aplicação.

Possíveis reações

Efeitos relatados:

Dor no peito/quadril/costas, náusea, vômito, calafrios, febre, mal-estar, fraqueza, tontura, dor de cabeça, urticária, vermelhidão, aperto no peito e falta de ar.

Em caso de reações, notifique ao NOTIVISA (http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm) ou à Vigilância Sanitária local.

Superdose: consequências de usar mais Biogam que o indicado

Superdose pode causar sobrecarga circulatória e aumento da viscosidade sanguínea, especialmente em idosos e pacientes com problemas renais.

Em intoxicação, ligue para 0800 722 6001.

Interações: usar Biogam com outros medicamentos

Vacinas de vírus vivos

O Biogam pode reduzir a eficácia de vacinas como sarampo, rubéola, caxumba e varicela. Aguarde pelo menos 6 semanas (ideal 3 meses) após o Biogam para vacinar.

Se vacinado nas 2 semanas anteriores, pode ser necessário verificar proteção anticorpal.

Interferência em exames

Após aplicação, pode ocorrer aumento temporário de anticorpos que altera resultados sorológicos.

Pode causar resultado falso positivo no teste de Coombs.

Segurança contra infecções

Produtos derivados de plasma humano não eliminam totalmente o risco de transmissão de infecções. Doações são testadas para HBsAg, anti-HIV e anti-HCV, com processos de inativação viral validados.

Riscos residuais existem principalmente para vírus não-envelopados, embora hepatite A e parvovírus B-19 raramente causem infecções por imunoglobulinas intravenosas.

Como o Biogam age no organismo?

Eficácia do tratamento


Revisões indicam uso de imunoglobulina humana (IGH) em imunodeficiências primárias com defeitos de anticorpos. A eficácia na prevenção de infecções baseia-se em estudos comparativos de dosagem.

Referências

(Lista de referências mantida conforme original)

Como o Biogam funciona


Mecanismo de ação

O Biogam fornece anticorpos para proteção imediata. Seu mecanismo envolve ações complexas dependentes da dose e da doença tratada.

Principais formas de ação:

  • Ações nas regiões F(ab')2 e Fc, ligação ao complemento e componentes imunomoduladores.

Exemplo: no tratamento da PTI, a imunoglobulina pode bloquear receptores Fc no sistema reticuloendotelial, reduzindo a destruição de plaquetas.

Processamento no organismo

Absorção

Biodisponibilidade de 100% por aplicação na veia.

Distribuição

Equilíbrio em 60% no sangue e 40% no espaço extravascular na primeira semana. Pico de concentração imediato após aplicação.

Toxicidade

A imunoglobulina é componente natural do plasma. Estudos com animais não mostraram toxicidade embriofetal, oncogênica ou mutagênica.

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