Para que serve o Binko?

Este remédio é usado para problemas no sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal)

Tontura e zumbido no ouvido causados por problemas de circulação, má circulação nas pernas (dificuldade para andar) e falta de sangue no cérebro (MILLS & BONES, 2000; 2005).

Quem não pode tomar Binko?

Não pode ser usado por menores de 12 anos.

Pessoas com problemas de coagulação ou que usam remédios para afinar o sangue precisam de acompanhamento rigoroso. Pare de tomar pelo menos três dias antes de cirurgias (GARCIA, 1998; MILLS & BONES, 2005).

Quem já teve alergia a qualquer componente do remédio não deve usar.

Como tomar o Binko?

Ginkgo biloba 80 mg

Tomar 1 comprimido a cada 8 horas ou a cada 12 horas, conforme orientação médica.

Ginkgo biloba 120 mg

Tomar 1 comprimido a cada 12 horas, conforme orientação médica (HOFFMAN, 2003; EBADI, 2006).

Engolir os comprimidos inteiros com água, sem mastigar. Tomar pela manhã, tarde e noite (quando usar a cada 8 horas) ou só de manhã e à noite (quando usar a cada 12 horas). Pode ser tomado junto com as refeições.

Não partir, abrir ou mastigar o comprimido.

Cuidados ao usar Binko

Para grávidas, este remédio tem categoria de risco C.

Grávidas e mulheres amamentando só devem usar com orientação médica.

Quais os efeitos colaterais do Binko?

Podem ocorrer: problemas de estômago, dor de cabeça e alergias na pele (vermelhidão, inchaço e coceira) (GARCIA, 1998). Também foram relatados enjoo, coração acelerado, sangramentos e pressão baixa (BLUMENTHAL, 1987). Houve casos de sangramentos no cérebro e após cirurgias em pacientes usando G. biloba sozinho (Micromedex®, 2007; HAUSER et al. 2002; BENJAMIN et al., 2001; FESSENDEN et al., 2001; VALE, 1998; ROWIN & LEWIS, 1776).

Em caso de efeitos adversos, informe ao VIGIMED (http://portal.anvisa.gov.br/vigimed) ou à Vigilância Sanitária.

O que acontece se tomar dose a mais de Binko?

Em caso de superdose, pare de tomar e busque ajuda médica imediatamente.

Em intoxicação, ligue para 0800 722 6001.

Binko com outros remédios: o que pode acontecer?

Usar com anticoagulantes, anti-inflamatórios (como aspirina) ou remédios para dissolver coágulos pode aumentar risco de sangramento (Micromedex® 2.0, 2014).

Pode diminuir o efeito de anticonvulsivantes e alterar a ação da insulina (Micromedex® 2.0, 2014).

Pode causar confusão mental se usado com buspirona ou Hypericum perforatum (Micromedex® 2.0, 2014). Pode aumentar efeitos de antidepressivos MAO e efeitos colaterais da nifedipina (Micromedex® 2.0, 2014).

Pode causar síndrome serotoninérgica com antidepressivos e pressão alta com diuréticos (Micromedex® 2.0, 2014).

Usar com omeprazol pode diminuir seu nível no sangue (YIN et al., 2004).

Com trazodona pode causar sonolência excessiva (GALLUZZI et al., 2000).

Com risperidona pode aumentar risco de priapismo (ereção prolongada) (LIN et al., 2007).

Com papaverina pode aumentar efeitos terapêuticos e colaterais (SIKORA et al., 1989).

Como o Binko funciona no corpo?

Como foi testado o Binko?


Em 35 estudos com 3.541 pessoas, 33 mostraram efeitos positivos para Alzheimer, demência, zumbido, má circulação nas pernas, asma e depressão (BLUMENTHAL, 2003). Dois estudos tiveram resultados negativos em demência (VAN DONGEN, 2000) e zumbido (DREW & DAVIES, 2001). Dezoito estudos com 1.672 pessoas comprovaram uso para demência por problemas vasculares ou Alzheimer. Cinco eram estudos amplos (663 pessoas), 11 controlados (898 pessoas) e dois cruzados (111 pessoas) para má circulação nas pernas (BLUMENTHAL, 2003).

Revisão de 33 estudos (até 2002) mostrou que G. biloba é mais eficaz que placebo em doses abaixo de 200 mg/dia por 12 semanas (p <0,0001) ou acima de 200 mg/dia por 24 semanas (p=0,02). Melhorou memória, atividades diárias e humor (BIRKS, 2002).

Como o Binko age?


O extrato tem ginkgoflavonóides e terpenolactonas. Após ingestão, ginkgolídeos A/B e bilobalídeos têm alta absorção (98-100%; 79-93%; 70%). São eliminados pela urina (70% A, 50% B, 30% bilobalídeos) (MILLS & BONES, 2000).

Aumenta sangue no cérebro ao dilatar vasos e afinar o sangue. Ginkgolídeo B bloqueia Fator Ativador de Plaquetas (PAF), melhorando circulação (GARCIA, 1998; Micromedex®, 2007).

Retarda demência ao reduzir inflamação e danos por oxidação (OTAMIRI & TAGESSON, 1989), aumenta fluxo sanguíneo (KOLTRINGER et al., 1989), bloqueia PAF (WADA et al., 1988) e modifica atividade cerebral (DE FEUDIS, 1991).

Flavonóides aumentam serotonina (AHLEMEYER & KRIEGELSTEIN, 1998), melhoram transmissão nervosa e absorção de colina no cérebro (BLUMENTHAL, 1987). Protege neurônios ao inibir óxido nítrico (CALAPAI, 2000).

Referências Bibliográficas

AHLEMEYER, B; KRIEGELSTEIN, J. Neuroprotective effects of Ginkgo biloba extract. American Chemical Society; 1998: 210-20.
BENJAMIN, J; MUIR, T; BRIGGS K et al. A case of cerebral haemorrhage-can Ginkgo biloba be implicated? Postgrad Med J 2001; 77(904):112-3.
BIRKS, J; GRIMLEY, EJ; VAN DONGEN, M. Ginkgo biloba for cognitive impairment and dementia [Cochrane Review]. Oxford. In: The Cochrane Library, Issue 4, 2002.
BLUMENTHAL M, BUSSE WR, GOLDBERG A, et al. (eds.). The complete German Commission E Monographs – Therapeutic guide to herbal medicines. Austin, TX: American Botanical Council; Boston: Integrative Medicine Communication; 1987.
BLUMENTHAL, M. The ABC clinical guide to herbs. 2003.
CALAPAI, G; CRUPI, A, FIRENZUOLI, F. Neuroprotective effects of Ginkgo biloba extract in brain ischemia are mediated by inhibition of nitric oxide synthesis. Life Sciences. 2000; 67:2673-83.
DE FEUDIS, FG. Ginkgo biloba extract (EGb 761): Pharmacological activities and clinical applications. Editions Scientifiques Elsevier, Paris, France, 1991: 68-73.
DREW, S; DAVIES, E. Effectiveness of Ginkgo biloba in treating tinnitus: double-blind, placebo controlled trial. BMJ. 2001 Jan 13; 322 (7278):73.
EBADI, M. Pharmacodynamic basis of Herbal Medicine. 2a ed. CRC Press. 2006. 699p. 46.
FESSENDEN, JM; WITTENBORN, W; CLARKE, L. Ginkgo biloba: A case report of herbal medicine and bleeding postoperatively from a laparoscopic cholescystectomy. Am Surg. 2001; 67(1): 33-5.
GALLUZZI S, ZANETTI O, TRABUCCHI M, et al: Coma in a patient with Alzheimer’s disease taking low-dose trazodone and ginkgo biloba. J Neurol Neurosurg Psychiatry 2000; 68(5):679-680.
GARCIA, AA. et al. Fitoterapia. Vademecum de Prescripción. Plantas Medicinales. 3ª ed. Barcelona; 1998.
HAUSER, D; GAYOWSKI, T; SINGH, N. Bleeding complications precipitated by unrecognized Ginkgo biloba use after liver transplantation. Transpl Int. 2002; 15(7): 377-9.
HOFFMAN, D. Medical Herbalism – The science and practice of herbal medicine. 2003.
KOLTRINGER, P; EBER, O; LIND, P. Mikrozirkulation und viskoelastizitaet des vollblutes unter Ginkgo biloba extract. Eine plazebokonntrollierte, randomisierte Douppelblind Studie. Perfusion.1989; 1:28-30.
LIN YY, CHU SJ, & TSAI SH: Association between priapism and concurrent use of risperidone and Ginkgo biloba. Mayo Clin Proc 2007; 82(10):1289-1290.
Micromedex® versão 2.0. Disponível em: http:// http://www.micromedexsolutions.com. Acesso em 18/08/20014.
MILLS, S; BONES, K. Principles and practice of phytotherapy – modern herbal medicine, 2000.
MILLS, S; BONES, K. The essencial guide to herbal safety, 2005.
OTAMIRI, T; TAGESSON, C. Ginkgo biloba extract prevents mucosa damage associated with small intestinal ischaemia. Scand J Gastroenterol. 1989; 24(06):666-70.
ROWIN, J; LEWIS, SL. Spontaneous bilateral subdural hematomas associated with chronic Ginkgo biloba ingestion (letter). Neurology. 1996; 46(6):1775-6.
SIKORA R, SOHN M, DEUTZ F-J, et al: Ginkgo biloba extract in the therapy of erectile dysfunction. J Urol 1989; 141:188.
VALE, S. Subarachnoid haemorrhage associated with Ginkgo biloba. Lancet. 1998; 352(9121):36.
VAN DONGEN, M. The efficacy of ginkgo for elderly people with dementia and age associated memory impairment: new results of randomized clinical trial. J Am Geriatr Soc 2000; 48 (10):1183-94.
WADA, K; ISHIGAKI, K; UEDA, K. Studies on the constitution of edible and medicinal plants.Chem Pharm Bull 1988; 36 (5): 1779-82.
YIN OQP, TOMLINSON B, WAYE MMY, et al: Pharmacogenetics and herb-drug interactions: experience with Ginkgo biloba and omeprazole. Pharmacogenetics 2004; 14(12):841-850.

O que você está sentindo?

Use o BulaBot para fins informativos.