Bula Bilargos

Princípio ativo: Bilastina

Para que serve Bilargos? Indicações

Bilastina é indicada para tratar sintomas de alergia nasal e ocular (rinite e conjuntivite alérgica, que pode aparecer de vez em quando ou ser constante) e urticária (alergia na pele).

Mais informações sobre Bilastina

Quem não pode tomar Bilargos? Contraindicações

Bilastina não deve ser usada por pessoas alérgicas à bilastina ou a qualquer outro componente do remédio.

Este medicamento não deve ser usado por crianças de 0 a 12 anos.

Como tomar Bilargos? Posologia

Bilastina deve ser tomada somente pela boca.

Os comprimidos de Bilastina devem ser tomados com o estômago vazio, uma hora antes ou duas horas depois de comer qualquer alimento ou beber qualquer líquido, incluindo sucos de frutas.

Os comprimidos de Bilastina devem ser engolidos com água em quantidade suficiente para facilitar a ingestão.

O risco no comprimido (divisão) pode ser usado para partir o comprimido ao meio, caso haja dificuldade para engolir.

A dose recomendada é de um comprimido de Bilastina 20 mg por dia, tomado uma vez ao dia, uma hora antes ou duas horas depois de comer ou beber qualquer coisa, incluindo sucos de frutas.

O tempo de tratamento para rinite alérgica, conjuntivite alérgica e urticária crônica dependerá das características de cada caso (tipo, duração e evolução dos sintomas), devendo-se seguir as orientações médicas.

Grupos especiais

Idosos

  • Não é necessário ajustar a dose em pessoas idosas.

Pessoas com problemas nos rins

  • Não é necessário ajustar a dose em pessoas com problemas nos rins.

Pessoas com problemas no fígado

  • Não há estudos suficientes em pessoas com problemas no fígado. Como a Bilastina não é processada pelo fígado e é eliminada principalmente pelos rins, não se espera que problemas no fígado aumentem os níveis do medicamento no sangue além do seguro. Portanto, não é necessário ajustar a dose em pessoas com problemas no fígado.

Crianças

  • Não há uso relevante de Bilastina em crianças de 0 a 2 anos para rinite alérgica, conjuntivite alérgica ou urticária. A eficácia e a segurança do produto em crianças abaixo de 12 anos ainda não foram estabelecidas.

Precauções e advertências com Bilargos

Gravidez e amamentação

Categoria B: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Bilastina não deve ser usada por grávidas e mulheres que estão amamentando, a menos que seja absolutamente necessário, pois existem poucas informações sobre seu uso nesses casos. Estudos em animais não mostraram efeitos prejudiciais na reprodução, parto e desenvolvimento dos filhotes. Não se sabe se Bilastina passa para o leite humano. Em animais, foi detectada a presença de Bilastina no leite. Seu uso durante a amamentação deve considerar a relação benefício/risco para a mãe e para o bebê. Um estudo em animais (ratos) não mostrou qualquer efeito negativo na fertilidade.

Idosos

Não é necessário ajustar a dose para pessoas idosas.

Crianças

A eficácia e a segurança do produto em crianças abaixo de 12 anos ainda não foram estabelecidas. Seu uso não está indicado para menores de 12 anos.

Pessoas com problemas nos rins

Não é necessário ajustar a dose para pessoas com problemas nos rins; a dose diária não deve ultrapassar o recomendado. Em pessoas com problemas moderados a graves nos rins, o uso conjunto de Bilastina com medicamentos que inibem a glicoproteína P, como cetoconazol, eritromicina, ciclosporina, ritonavir ou diltiazem, pode aumentar os níveis de Bilastina no sangue e, portanto, aumentar o risco de efeitos colaterais. Portanto, deve-se evitar o uso conjunto de Bilastina com esses medicamentos em pessoas com problemas moderados a graves nos rins.

Pessoas com problemas no fígado

Não é necessário ajustar a dose para pessoas com problemas no fígado; a dose diária não deve ultrapassar o recomendado. Como Bilastina não é processada pelo fígado e sua principal forma de eliminação é pelos rins, não se espera que problemas no fígado aumentem os níveis do medicamento no sangue além do seguro.

Interferência em exames de laboratório

De modo geral, os antialérgicos interferem em testes de alergia na pele. Recomenda-se parar de tomar o medicamento por um período adequado antes de fazer esses testes.

Dirigir e operar máquinas

Estudos mostraram que o tratamento com 20 mg de Bilastina não afetou a capacidade de dirigir ou operar máquinas. Entretanto, os pacientes devem ser informados que raramente algumas pessoas podem sentir sonolência, o que pode afetar essas atividades.

Efeitos colaterais de Bilargos

O número de efeitos colaterais apresentados por pacientes com rinite alérgica, conjuntivite alérgica ou urticária crônica tratados com 20 mg de Bilastina nos estudos foi parecido com o de pacientes tratados com placebo (substância sem efeito) (12,7% versus 12,8%).

Os estudos realizados incluíram 2525 pacientes tratados com diferentes doses de Bilastina, dos quais 1697 receberam 20 mg de Bilastina. Nestes estudos, 1362 pacientes receberam placebo. Os efeitos colaterais mais comuns em pacientes tratados com 20 mg de Bilastina para rinite alérgica, conjuntivite alérgica ou urticária foram dor de cabeça, sonolência, tontura e cansaço. Estes efeitos ocorreram com frequência similar nos pacientes tratados com placebo.

Resumo das reações adversas

Os efeitos colaterais possivelmente relacionados à Bilastina e relatados em mais de 0,1% dos pacientes tratados com 20 mg de Bilastina (N=1697) durante os estudos foram:

  • Reações muito comuns: >1/10;
  • Reações comuns: >1/100 e <1/10;
  • Reações incomuns: >1/1.100 e 1/10.000 e <1/1.000;
  • Reações muito raras: <1/10.000;
  • Desconhecidas: não pode ser estimada com os dados disponíveis

Reações raras, muito raras e com frequência desconhecida não foram incluídas na tabela.

Classe de Sistema de Órgãos
Frequência da Reação Adversa
Bilastina
20 mg
N=1697
Todas as doses de Bilastina
N=2525
Infecções e infestações
IncomumHerpes oral2 (0,12%)2 (0,08%)

Distúrbios do metabolismo e nutrição

IncomumAumento do apetite10 (0,59%)11 (0,44%)
Transtornos psiquiátricos
IncomumAnsiedade6 (0,35%)8 (0,32%)
Insônia2 (0,12%)4 (0,16%)
Distúrbios do sistema nervoso
ComumSonolência52 (3,06%)82 (3,25%)
Cefaleia68 (4,01%)90 (3,56%)
IncomumTontura14 (0,83%)23 (0,91%)
Distúrbios do ouvido e labirinto
IncomumTinido2 (0,12%)2 (0,08%)
Vertigem3 (0,18%)3 (0,12%)
Distúrbios cardíacos
IncomumBloqueio de ramo direito4 (0,24%)5 (0,20%)
Arritmia sinusal5 (0,30%)5 (0,20%)
QT prolongado9 (0,53%)10 (0,40%)
Outras anormalidades do ECG7 (0,41%)11 (0,44%)
Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinos
IncomumDispneia2 (0,12%)2 (0,08%)
Desconforto nasal2 (0,12%)2 (0,08%)
Ressecamento nasal3 (0,18%)6 (0,24%)
Distúrbios gastrointestinais
IncomumEpigastralgia11 (0,65%)14 (0,55%)
Dor/desconforto abdominal5 (0,30%)5 (0,20%)
Náusea7 (0,41%)10 (0,40%)
Desconforto estomacal3 (0,18%)4 (0,16%)
Diarreia4 (0,24%)6 (0,24%)
Boca seca2 (0,12%)6 (0,24%)
Dispepsia2 (0,12%)4 (0,16%)
Gastrite4 (0,24%)4 (0,16%)
Distúrbios da pele e tecido subcutâneo
IncomumPrurido2 (0,12%)4 (0,16%)
Distúrbios gerais e condições no local da administração
IncomumFadiga14 (0,83%)19 (0,75%)
Sede3 (0,18%)4 (0,16%)
Condição pré-existente melhorada2 (0,12%)2 (0,08%)
Pirexia2 (0,12%)3 (0,12%)
Astenia3 (0,18%)4 (0,16%)
Laboratoriais
IncomumElevação de gama glutamil transferase (γ-GT)7 (0,41%)8 (0,32%)
Elevação de alanina aminotransferase5 (0,30%)5 (0,20%)
Elevação de aspartato aminotransferase3 (0,18%)3 (0,12%)
Elevação da creatinina2 (0,12%)2 (0,08%)
Elevação de triglicerídeos2 (0,12%)2 (0,08%)
Aumento de peso8 (0,47%)12 (0,48%)

Reações com frequência não determinada

  • Palpitações, batimentos cardíacos acelerados e reações alérgicas (como reação alérgica grave, inchaço, dificuldade para respirar, erupção na pele, inchaço local e vermelhidão) e vômitos foram observadas após o início da comercialização.

Descrição de alguns efeitos colaterais

Os efeitos colaterais mais comuns foram dois comuns (sonolência e dor de cabeça) e dois incomuns (tontura e cansaço). Suas frequências com Bilastina vs. placebo foram 3,06 % vs. 2,86% para sonolência; 4,01% vs. 3,38% para dor de cabeça; 0,83% vs. 0,59% para tontura e 0,83% vs. 1,32% para cansaço.

Quase todas as reações adversas incluídas na tabela acima foram observadas em pacientes tratados com Bilastina 20 mg ou com placebo com uma incidência similar.

As informações coletadas após o início da venda do medicamento confirmaram o perfil de segurança observado durante os estudos.

Crianças e adolescentes

Durante os estudos, a frequência, tipo e intensidade dos efeitos colaterais em adolescentes (12 anos a 17 anos) foram as mesmas observadas em adultos. As informações coletadas nesta faixa etária após o início da venda confirmaram os resultados dos estudos.

Em casos de eventos adversos, notifique pelo sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.

O que acontece se tomar uma dose maior de Bilargos?

As informações sobre overdose aguda são limitadas aos estudos realizados durante o desenvolvimento e vigilância após a venda da Bilastina. Em estudos, após a administração de Bilastina em doses 10 a 11 vezes maior que a terapêutica [220 mg (dose única) ou 200 mg/dia por 7 dias] a voluntários saudáveis, a frequência de efeitos colaterais foi duas vezes maior que com placebo. As reações mais comuns foram tontura, dor de cabeça e náusea. Não foram relatados efeitos graves nem alteração significativa no intervalo QTc. As informações coletadas após o início da venda são consistentes com as reportadas em estudos.

A avaliação do efeito de doses múltiplas de Bilastina (100 mg x 4 dias) sobre a atividade elétrica do coração em 30 voluntários saudáveis não mostrou prolongamento significativo do intervalo QTc.

Em caso de ingestão de doses muito acima do recomendado, com sintomas de intoxicação, devem-se adotar as medidas habituais de suporte, controle dos sintomas e manutenção das funções vitais.

Não existe antídoto específico conhecido para a Bilastina.

Em caso de intoxicação, ligue para 0800 722 6001 se você precisar de mais orientações.

Interação com outros remédios: o que acontece se tomar Bilargos com outros medicamentos?

Interação com cetoconazol ou eritromicina

O uso conjunto de Bilastina e cetoconazol ou eritromicina aumentou a quantidade de Bilastina no sangue em duas vezes e sua concentração máxima de duas a três vezes. Essas alterações podem ser explicadas pela interação com transportadores intestinais, pois a Bilastina é transportada pela glicoproteína P e não é processada pelo fígado. Essas alterações não parecem afetar a segurança da Bilastina e do cetoconazol ou da eritromicina. Outros medicamentos que são transportados ou inibem a glicoproteína P, como a ciclosporina, podem aumentar os níveis de Bilastina no sangue.

Interação com diltiazem

O uso conjunto de Bilastina 20 mg e diltiazem 60 mg aumentou a concentração máxima da Bilastina em 50%. Este efeito pode ser explicado pela interação com transportadores intestinais e não parece afetar a segurança da Bilastina.

Interação com lorazepam

O uso conjunto de Bilastina 20 mg e lorazepam 3 mg por oito dias não aumentou os efeitos sedativos do lorazepam sobre o Sistema Nervoso Central.

Interação com álcool

O desempenho psicomotor após o uso conjunto de álcool e 20 mg de Bilastina foi semelhante ao observado após o uso de álcool e placebo.

Estudos de interação foram realizados apenas em adultos. Espera-se que a interação com outros medicamentos seja similar em adolescentes de 12 a 17 anos.

Interação com alimentos: posso tomar Bilargos com comida?

A comida reduz significativamente a absorção da Bilastina em 30%.

Interação com suco de grapefruit (toranja)

O uso conjunto de Bilastina 20 mg e suco de grapefruit reduziu a absorção da Bilastina em 30%. Este efeito também pode ocorrer com outros sucos de frutas. O mecanismo é a inibição de um transportador chamado OATP1A2, para o qual Bilastina é transportada. Medicamentos que são transportados ou inibem o OATP1A2, como ritonavir ou rifampicina, podem diminuir os níveis de Bilastina no sangue.

Como Bilargos funciona?

Resultados de eficácia


Em estudos realizados em adultos e adolescentes com rinite alérgica (sazonal e perene), Bilastina 20 mg administrada uma vez ao dia por 14-28 dias foi eficaz no alívio de sintomas como espirros, coriza, coceira nasal, nariz entupido, coceira nos olhos, lacrimejamento e vermelhidão ocular 1,2,3. Bilastina controlou eficazmente os sintomas por 24 horas 4. Em um estudo em pacientes adultos (12-70 anos) com rinite alérgica intermitente, o tratamento de duas semanas com Bilastina 20 mg reduziu significativamente o escore total de sintomas em relação a placebo (98,4 com Bilastina vs 118,4 com placebo; P<0,001). Foi ainda mais eficaz que placebo na melhora dos escores de sintomas nasais, sintomas não-nasais e desconforto associado à rinite (P<0,05), bem como na qualidade de vida relacionada à rinoconjuntivite (P<0,005)1. Em outro estudo, a média do escore total de sintomas foi reduzida de forma significativa nos pacientes tratados com Bilastina em comparação com placebo (76,5, 100,6; P<0,001)2. O potencial de melhora dos sintomas da rinite alérgica com Bilastina foi avaliado em câmara de provocação alergênica em dois dias consecutivos. Bilastina teve início de ação rápido, dentro de uma hora, com duração de pelo menos 26 horas (P<0,001 em relação a placebo).4

Em dois estudos em pacientes com urticária crônica, Bilastina 20 mg administrada uma vez ao dia por 28 dias foi eficaz no alívio da intensidade da coceira, número e tamanho de lesões vermelhas, bem como no desconforto dos pacientes. Pacientes melhoraram o sono e qualidade de vida5. A redução média do escore total de sintomas foi significativamente melhor que placebo (P<0,001). Os pacientes melhoraram seu desconforto geral, sono e qualidade de vida (P<0,001).5

Não se observou alteração clinicamente relevante no intervalo QTc ou qualquer outro efeito cardiovascular nos estudos com Bilastina, mesmo com doses altas (200 mg ao dia) por 7 dias ou quando usada com inibidores da glicoproteína P, como cetoconazol e eritromicina6. Além disso, um estudo específico sobre o intervalo QT em 30 voluntários não relatou alterações relevantes.7

Em estudos com a dose recomendada de 20 mg uma vez ao dia, o perfil de segurança no Sistema Nervoso Central de Bilastina foi similar ao placebo e a incidência de sonolência não foi diferente da observada com placebo. Bilastina em doses de até 40 mg uma vez ao dia não afetou o desempenho psicomotor nem a capacidade de dirigir8,9. Pacientes idosos (≥ 65 anos) incluídos nos estudos não apresentaram diferença na eficácia ou segurança em relação aos mais jovens10. Um estudo após aprovação em 146 pacientes idosos não mostrou diferenças no perfil de segurança.11

Adolescentes (12 anos a 17 anos) foram incluídos nos estudos; 128 adolescentes receberam Bilastina. Nenhuma diferença na eficácia e segurança foi observada entre adultos e adolescentes.12

De modo geral, o perfil de segurança da Bilastina 20 mg foi comparável ao do placebo e melhor que o da cetirizina. 13

Referências bibliográficas

1 - Bachert C, Kuna P, Sanquer F, Ivan P, Dimitrov V, Gorina MM, van de Heyning P, Loureiro A. Comparison of the efficacy and safety of bilastine 20 mg vs desloratadine 5 mg in seasonal allergic rhinitis patients. Allergy. 2009;64(1):158-65.
2 - Kuna P, Bachert C, Nowacki Z, van Cauwenberge P, Agache I, Fouquert L, Roger A, Sologuren A, Valiente R; Bilastine International Working Group. Efficacy and safety of bilastine 20 mg compared with cetirizine 10 mg and placebo for the symptomatic treatment of seasonal allergic rhinitis: a randomized, double-blind, parallel-group study. Clin Exp Allergy. 2009;39(9):1338-47.
3 - Sastre J, Mullol J, Valero A, Valiente R; on behalf of Bilastine Study Group. Efficacy and safety of bilastine 20 mg compared with cetirizine 10 mg and placebo in the treatment of perennial allergic rhinitis. Curr Med Res Opin. 2012;28(1):121-130.
4 - Horak F, et al. The effects of bilastine compared with cetirizine, fexofenadine, and placebo on allergen-induced nasal and ocular symptoms in patients exposed to aeroallergen in the Vienna Challenge Chamber. Inflamm Res. 2010; 59(5): 391-8.
5 - Zuberbier T, Oanta A, Bogacka E, Medina I, Wesel F, Uhl P, Antepara I, Jauregui I, Valiente R; The Bilastine International Working Group*. Comparison of the efficacy and safety of bilastine 20 mg vs levocetirizine 5 mg for the treatment of chronic idiopathic urticaria: a multi-centre, double-blind, randomized, placebo controlled study. Allergy. 2010;65(4):516-528.
6 - Crean C, Sologuren A, Valiente R, McLaverty D. The drug-drug interaction of ketoconazole on Bilastina pharmacokinetics. 8th Congress of the European Association of Clinical Pharmacology and Therapeutics. Amsterdam (The Netherlands) Aug. 29-Sep. 1, 2007. Abstract P253. Basic Clin Pharmacol Toxicol. 2007;101(Suppl 1):148-9[Abstract].
7 - Tyl B, Kabbaj M, Azzam S, Sologuren A, Valiente R, Reinbolt E, Roupe K, Blanco N, Wheeler W. Lack of Significant Effect of Bilastine Administered at Therapeutic and Supratherapeutic Doses and Concomitantly With Ketoconazole on Ventricular Repolarization: Results of a Thorough QT Study (TQTS) With QTConcentration Analysis. J Clin Pharmacol. 2012;52(6):893-903.

8 - Garcia-Gea C, Martinez-Colomer J, Antonijoan RM, Valiente R, Barbanoj MJ. Comparison of peripheral and central effects of single and repeated oral dose administrations of bilastine, a new H1 antihistamine: a dose-range study in healthy volunteers with hydroxyzine and placebo as control treatments. J Clin Psychopharmacol. 2008;28(6):675-85.
9 - Conen S, Theunissen EL, Van Oers AC, Valiente R, Ramaekers JG. Acute and subchronic effects of bilastine (20 and 40 mg) and hydroxyzine (50 mg) on actual driving performance in healthy volunteers. J Psychopharmacol. 2011;25(11):1517-23.
10 - Sologuren A, Vinas R, Cordon E, Elisabeth S, Fores MM, Senan MR. [Postmarketing study to assess the safety profile of bilastine 20 mg in elderly patients with rhinoconjunctivitis and/or urticaria] Simposio Internacional Sociedad espanola de alergologia e inmunologia clinica (SEAIC), Sevilla (Spain), October 22-24, 2015. J Investig Allergol Clin Immunol. 2015;25(Suppl. 1):65[Abstract].
11 - Clinical Study FAE-BIL-2012-02 in Module 5.3.5 Reports of Efficacy and Safety Studies: Post-authorization study to assess the safety profile of Bilastine 20 mg in patients ≥65 years old; 2014

13 - Church MK. Safety and efficacy of bilastine: a new H(1)-antihistamine for the treatment of allergic rhinoconjunctivitis and urticaria. Expert Opin Drug Saf. 2011; 10(5): 779-93.

Características do medicamento


Como age no corpo

Grupo farmacoterapêutico: Anti-histamínicos para uso sistêmico; Código ATC: RO6AX29.

Bilastina é um antialérgico não sedativo, de longa ação, com alta afinidade e seletividade para receptores H1 periféricos, sem afinidade para receptores muscarínicos. Não causa sonolência nem efeitos cardíacos relevantes e não é processada pelo fígado. Estudos comprovaram sua atividade anti-histamínica e antialérgica, além de propriedades anti-inflamatórias. Bilastina inibiu reações cutâneas de edema e vermelhidão por 24 horas após doses únicas.

A potência da Bilastina foi 5,5 vezes maior que a cetirizina em estudos laboratoriais, e variou de equivalente a 11 vezes mais potente em estudos em humanos; é mais potente que fexofenadina.

Estudos confirmaram que Bilastina não se acumula no Sistema Nervoso Central.

O início de ação ocorre dentro de uma hora após a primeira dose, com inibição significativa de reações cutâneas já aos 30 minutos.

A duração da ação é de pelo menos 26 horas sem acúmulo.

Como o corpo processa o medicamento

Absorção

Após administração oral, Bilastina é absorvida rapidamente, de forma linear e proporcional à dose, atingindo níveis máximos no sangue em cerca de 1,3 horas. Nenhum acúmulo foi observado. A absorção média foi de 61%. Os valores de concentração máxima e área sob a curva são semelhantes após doses únicas e múltiplas. O principal componente detectado em amostras de plasma foi Bilastina. Estudos demonstraram que Bilastina é altamente permeável e transportada pela glicoproteína-P.

Disponibilidade no organismo

A absorção sistêmica foi determinada em animais, mas a fração absorvida em humanos é desconhecida. Como não há metabolismo, considera-se a disponibilidade teórica como ≥40%.

Distribuição

A farmacocinética segue um modelo de dois compartimentos. A ligação de Bilastina às proteínas do sangue é de 84-90%. O volume de distribuição central aparente foi de 59,2 L e o periférico de 30,2 L.

Estudos demonstraram que Bilastina é transportada por glicoproteína-P e OATP. Bilastina não parece ser transportada por BCRP ou transportadores renais OCT2, OAT1 e OAT3.

Com base em estudos, não se espera que Bilastina iniba significativamente os seguintes transportadores:
  • Glicoproteína-P, MRP2, BCRP, BSEP, OATP1B1, OATP1B3, OATP2B1, OAT1, OAT3, OCT1, OCT2 e NTCP, pois apenas inibição leve foi detectada para glicoproteína-P, OATP2B1 e OCT1, com concentrações muito acima das clínicas. Entretanto, a inibição de transportadores na mucosa intestinal não pode ser totalmente descartada.

Como é processado

Bilastina não é significativamente processada (metabolizada) em humanos. Após administração, o principal componente detectado foi Bilastina inalterada na urina (28,31%) e fezes (66,53%). Um estudo mostrou ausência de metabolismo intestinal. Estudos confirmaram que Bilastina não induz nem inibe enzimas CYP450 e tem apenas metabolismo mínimo.

Como é eliminado

Bilastina tem meia-vida média de 14,5 h, eliminação renal de 8 L/h e eliminação total de 18,1 L/h. A eliminação total não foi afetada pelo aumento da dose.

Após dose de 20 mg, quase 95% foi recuperada na urina (28,3%) e fezes (66,5%) como Bilastina inalterada, confirmando que não é significativamente metabolizada.

A eliminação ocorreu principalmente pelas fezes (67,0%), com 64,8% eliminada em 72 horas. A eliminação pela urina representou 33,1%. A dose foi praticamente totalmente recuperada em 168 horas.

Idade e gênero

Não foi demonstrado efeito de idade ou gênero na farmacocinética de Bilastina.

Idosos

Dados limitados em pacientes acima de 65 anos não mostraram diferenças estatísticas em relação a adultos jovens.

População pediátrica

Não há dados farmacocinéticos em adolescentes (12-17 anos), mas a extrapolação de dados de adultos foi considerada adequada.

Interação

Bilastina não induz atividade de enzimas CYP450 (CYP2B6, CYP2A6, CYP2C8, CYP2C19, CYP3A4, CYP1A2, CYP2C9 e CYP2E1).

Alimentos e sucos de frutas interferem na eficácia. Por isso, deve ser administrada uma hora antes ou duas horas depois de comer.

Insuficiência renal e hepática

Estudos mostraram não ser necessário ajuste de dose em pacientes com problemas nos rins ou fígado.

Insuficiência renal

Em pessoas com problemas nos rins, a exposição à Bilastina aumentou proporcionalmente à gravidade. Essas alterações não são consideradas clinicamente relevantes para a segurança, pois os níveis permanecem dentro da faixa segura.

Insuficiência hepática

Não há dados em pessoas com problemas no fígado. Como Bilastina não é metabolizada e sua eliminação principal é renal, não se espera que problemas hepáticos afetem significativamente sua farmacocinética.

Estudos em animais

Dados pré-clínicos não revelaram riscos especiais para humanos em estudos de segurança, toxicidade, genotoxicidade e potencial cancerígeno. Em toxicidade aguda, não foram observados efeitos tóxicos em doses altas. Estudos de mutagenicidade/genotoxicidade e carcinogenicidade concluíram que Bilastina não tem potencial mutagênico ou genotóxico.

Em estudos reprodutivos, efeitos no feto foram observados apenas com doses tóxicas para a mãe. Os níveis seguros em animais são muito superiores aos humanos. Em estudo de lactação, Bilastina foi detectada no leite de ratas. Sua relevância em humanos é desconhecida. Em estudo de fertilidade, Bilastina não induziu efeitos nos órgãos reprodutivos nem na fertilidade. Estudos mostraram que Bilastina não se acumula no Sistema Nervoso Central.

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