Para que serve o Algirona?
É usado para aliviar dores e baixar febre.
Quem não deve tomar Algirona?
- Alergia à dipirona ou qualquer componente do remédio, ou a outros medicamentos como fenazona ou fenilbutazona;
- Doenças metabólicas como porfiria hepática ou deficiência de glicose-6-fosfato-desidrogenase;
- Problemas na medula óssea ou doenças do sangue;
- Asma causada por analgésicos, urticária ou reações anteriores a remédios como aspirina ou ibuprofeno;
- Bebês com menos de 3 meses ou peso abaixo de 5 kg;
- Primeiros três meses e últimos três meses de gravidez.
Posologia: como tomar o Algirona?
Crianças:
- 5 a 8 kg (3 a 11 meses): 2 a 5 gotas.
- 9 a 15 kg (1 a 3 anos): 3 a 10 gotas.
- 16 a 23 kg (4 a 6 anos): 5 a 15 gotas.
- 24 a 30 kg (7 a 9 anos): 8 a 20 gotas.
- 31 a 45 kg (10 a 12 anos): 10 a 30 gotas.
- 46 a 53 kg (13 a 14 anos): 15 a 35 gotas.
Forma líquida:
- Adultos e adolescentes acima de 15 anos: 10 a 20 mL por dose, até 4 vezes ao dia.
- Crianças: 10 mg por kg de peso, até 4 doses diárias.
Injetável: 500 a 700 mg por dose, até 4 vezes ao dia.
Supositórios: 1000 mg por dose, até 3 vezes ao dia.
Precauções com o Algirona
Se surgirem sinais de problemas sanguíneos (como infecções frequentes), pare o tratamento imediatamente e faça exames de sangue. Não espere o resultado dos exames para interromper o remédio.
O Algirona pode causar queda de pressão, principalmente se aplicado na veia. O risco é maior em pessoas com pressão baixa, desidratadas ou com febre muito alta.
Nestes casos, use com cuidado extremo e sob supervisão médica. Pode ser necessário estabilizar a circulação antes do uso.
Crianças acima de 3 meses devem ser acompanhadas por médico durante o tratamento.
Efeitos colaterais do Algirona
- Reações alérgicas graves:
Raramente pode causar reações graves que surgem mesmo após uso anterior sem problemas. Podem ocorrer coceira, inchaço, falta de ar e, em casos raros, queda de pressão e choque. Em pessoas com asma, pode piorar os sintomas.
- Problemas de pele:
Podem surgir manchas na pele ou mucosas, e raramente síndromes graves como Stevens-Johnson.
- Queda de pressão:
Às vezes ocorre queda temporária de pressão sem outros sinais de alergia.
- Alterações no sangue:
Raramente pode reduzir glóbulos brancos ou plaquetas. Sinais incluem feridas na boca, garganta inflamada ou febre persistente.
- Outros efeitos:
Em casos raros, pode piorar a função dos rins, principalmente em quem já tem problemas renais.
Uso em grupos especiais (grávidas, idosos, crianças)
- Gravidez:
Não use nos primeiros 3 meses. No segundo trimestre, só com avaliação médica rigorosa. Não use nos últimos 3 meses. Categoria de risco na gravidez: C.
- Amamentação:
Suspenda a amamentação durante e até 48 horas após o uso.
• Idosos
Pode haver maior risco de problemas no fígado e rins.
• Crianças
Não use em bebês abaixo de 3 meses ou 5 kg. Crianças acima de 3 meses devem ser acompanhadas por médico.
- Pessoas com alergia à dipirona podem ter reações a outros analgésicos.
Atenção: Riscos do Algirona
Não use durante a gravidez nem em bebês abaixo de 3 meses. |
Overdose: o que fazer se tomar uma dose maior?
- Sintomas:
Enjoo, vômito, dor abdominal, problemas nos rins, tontura, sonolência, convulsões e queda de pressão. Urina pode ficar avermelhada.
- Tratamento:
Não há antídoto específico. Em ingestão recente, lave o estômago ou use carvão ativado. Alguns componentes podem ser removidos por hemodiálise.
Interações com outros medicamentos
- Ciclosporinas: o Algirona pode diminuir seus níveis no sangue. Monitore os níveis quando usados juntos.
- Metotrexato: pode aumentar problemas sanguíneos. Evite essa combinação.
- Aspirina: pode reduzir seu efeito protetor no coração. Use com cuidado.
- Bupropiona: pode diminuir sua concentração no sangue. Use com precaução.
Interferência em exames
Pode alterar resultados de exames que medem creatinina, triglicérides, colesterol HDL e ácido úrico.
Tomar Algirona com alimentos?
Não há informações sobre interação com alimentos.
Como o Algirona funciona?
Resultados de Eficácia
Comprimido efervescente
Estudo com 73 pacientes com enxaqueca mostrou que 1g de dipirona reduziu a dor significativamente mais que placebo em 1, 2 e 4 horas após uso.
Comparado com aspirina 1g em 417 pacientes com dor de cabeça tensional, dipirona 500mg e 1g aliviou a dor mais rápido e eficazmente.
Referências Bibliográficas
Tulunay FC et al. Funct Neurol. 2004.
Martínez-Martín P et al. Cephalalgia. 2001.
Comprimido simples
Em pacientes com febre tifoide, dipirona 500mg reduziu temperatura mais que paracetamol 500mg.
Estudos confirmam eficácia contra enxaqueca e dor de cabeça tensional, semelhante ao comprimido efervescente.
Referências Bibliográficas
Ajgaonkar VS et al. J Int Med Res. 1988.
Tulunay FC et al. Funct Neurol. 2004.
Martínez-Martín P et al. Cephalalgia. 2001.
Solução oral 50 mg/mL
Em 120 crianças febris, a forma líquida reduziu febre mais eficazmente que paracetamol, com efeito mais prolongado.
Referências Bibliográficas
Adam D. Eur J Pediatr 1994.
Solução oral 500 mg/mL
Pacientes pediátricos
Estudo com 628 crianças mostrou que dipirona e ibuprofeno normalizaram temperatura mais que paracetamol.
Outro estudo com 93 crianças mostrou resposta satisfatória em 92% dos casos.
Pacientes adultos
Eficaz contra dor pós-parto, superior a placebo.
Solução injetável
Alívio significativo de dores de cabeça tensional e enxaqueca 30-60 minutos após aplicação.
Referências Bibliográficas
Bigal ME. Braz J Med Biol Res. 2002.
Bigal ME. Headache. 2002.
Supositório
Eficaz no controle de dor pós-operatória em crianças, com resultados semelhantes a nimesulida.
Estudo com 70 crianças mostrou redução de febre em 90-120 minutos, com efeito acima de 6 horas.
Referências Bibliográficas
Scharli AF. J Inter Med Research 1990.
Almeida S. Pediatric mod 1986.
Características Farmacológicas
Age como analgésico, antitérmico e relaxante muscular. Seus efeitos começam em 30-60 minutos e duram cerca de 4 horas. Transforma-se no organismo em substâncias ativas que bloqueiam a dor principalmente no sistema nervoso central.
Após uso oral, é absorvido rapidamente. Pode acumular em idosos e pessoas com problemas no fígado ou rins.
Estudos em animais mostram que doses muito altas causam sonolência e convulsões. Não foram detectados riscos de câncer ou malformações em estudos com animais.
Informações legais
Marcelo Ramos - CRF-SP nº 16.440