Bula Alergocort para Cães e Gatos

Este medicamento é usado para tratar condições que exigem efeitos anti-inflamatórios e imunossupressores, especialmente em tratamentos intensivos de curta duração.

Usos específicos

Teste diagnóstico para Hiperfunção Adrenocortical.

Problemas de alergia

Controle de alergias graves ou incapacitantes que não respondem a tratamentos convencionais: rinite alérgica sazonal ou persistente, asma, dermatite de contato, dermatite atópica, doença do soro, reações alérgicas a medicamentos.

Doenças reumáticas

Auxiliar no tratamento de curto prazo durante crises agudas: artropatia psoriásica, artrite reumatoide (incluindo juvenil), espondilite anquilosante, bursite aguda, tendinite, artrite gotosa, artrose pós-traumática, sinovite, epicondilite.

Problemas de pele

Pênfigo, dermatite bolhosa, eritema multiforme grave, dermatite esfoliativa, micose fungóide, psoríase grave, dermatite seborreica intensa.

Doenças oculares

Processos alérgicos e inflamatórios graves nos olhos: conjuntivite alérgica, ceratite, úlceras na córnea, herpes ocular, irite, inflamação da retina, neurite óptica, oftalmia.

Doenças hormonais

Insuficiência adrenal, hiperplasia adrenal congênita, tireoidite, distúrbios de cálcio relacionados ao câncer.

Doenças pulmonares

Sarcoidose sintomática, pneumonia não controlada, beriliose, tuberculose pulmonar grave (com tratamento antituberculose), pneumonia por aspiração.

Doenças do sangue

Púrpura trombocitopênica em adultos, anemia hemolítica autoimune, eritroblastopenia, anemia hipoplásica.

Câncer

Tratamento paliativo de leucemias e linfomas em adultos e crianças.

Inchaço corporal

Para reduzir inchaço e perda de proteínas na síndrome nefrótica.

Inchaço cerebral

Trata edema cerebral causado por tumores, traumas ou cirurgias neurológicas. Não substitui avaliação neurológica especializada.

Doenças intestinais

Auxiliar em crises graves de colite ulcerativa e doença de Crohn.

Outras condições

Meningite tuberculosa (com tratamento antituberculose), triquinose com complicações neurológicas, crises de lúpus e cardite reumática.

Mais informações: Dexametasona

Não use em casos de infecções fúngicas generalizadas, alergia a sulfitos ou qualquer componente do medicamento, ou durante vacinação com vírus vivos.

Use apenas por via oral para garantir segurança e eficácia.

A dose varia conforme gravidade da doença e resposta do animal. Dose inicial típica: 0,75 a 15 mg/dia. Reduzir dose para filhotes e animais jovens.

Este tratamento complementa, mas não substitui terapias convencionais.

Reduza gradualmente a dose após uso prolongado (mais de alguns dias).

Em crises agudas, doses altas podem ser necessárias brevemente. Após controle dos sintomas, use a menor dose eficaz.

Em doenças crônicas, reduza gradualmente durante períodos de melhora.

Durante tratamentos longos, faça exames regulares: urina, glicemia, pressão arterial, peso e raio-X de tórax.

Com doses altas, monitore os níveis de potássio no sangue.

É possível trocar de outros glicocorticoides para Dexametasona com ajuste adequado.

Equivalência entre glicocorticoides (em mg):

Dexametasona é 4-6x mais potente que metilprednisolona, 6-8x mais que prednisona, 25-30x mais que hidrocortisona e 35x mais que cortisona. Tem menor retenção de sódio.

Grupos especiais

Em doenças crônicas: iniciar com dose baixa (0,5-1 mg/dia) e ajustar gradualmente. Pode ser dividida em 2-4 doses diárias.

Para hiperplasia adrenal congênita: 0,5-1,5 mg/dia.

Em doenças agudas: 2-3 mg/dia (às vezes mais). Normalmente não requer uso prolongado.

Tratamento combinado

Para crises alérgicas agudas (rinite, asma, urticária):

1º dia

Injeção intramuscular de 4-8 mg.

2º-3º dias

2 comprimidos (0,5 mg) 2x ao dia.

4º-5º dias

1 comprimido (0,5 mg) 2x ao dia.

6º-7º dias

1 comprimido (0,5 mg) ao dia.

8º dia

Consulta de acompanhamento.

Para doenças graves (lúpus, pênfigo): 2-4,5 mg/dia (às vezes mais).

Em emergências (reações alérgicas graves): 4-10 mg/dia divididos em 4+ doses. Epinefrina é tratamento prioritário.

Para edema cerebral: 2 mg 2-3x/dia (dose mínima eficaz).

Síndrome adrenogenital: 0,5-1,5 mg/dia.

Doses altas (10-15 mg/dia) requerem monitoramento rigoroso.

Testes de supressão

• Teste para síndrome de Cushing: 1 mg à noite, medir cortisol pela manhã;
• Teste diferenciador: 2 mg a cada 6h por 48h, medir excreção urinária.

Suspensão abrupta após uso prolongado pode causar febre, dor muscular e mal-estar.

Elixir: Tomar por via oral.

Comprimido: Tomar com água por via oral.

Elixir / Comprimido

Use sempre a menor dose eficaz. Reduza gradualmente quando possível.

Pode piorar infecções fúngicas. Use com cautela após infarto cardíaco.

Pode causar pressão alta, retenção de líquidos e perda de potássio/cálcio. Suspensão abrupta causa insuficiência adrenal. Durante estresse, pode ser necessário retomar o tratamento.

Evite vacinas de vírus vivos durante tratamento. Pode reduzir eficácia de outras vacinas.

Em tuberculose, usar apenas com tratamento antituberculose adequado.

Cuidado em úlceras, problemas renais, pressão alta, osteoporose e infecções. Pode mascarar sinais de infecção.

Pode ativar amebíase ou causar problemas oculares (catarata, glaucoma).

Gravidez e amamentação

Não use na gravidez sem orientação médica. Pode causar problemas adrenais no recém-nascido.

Categoria de risco C: Não use sem orientação médica.

Aparece no leite materno. Evite amamentar durante tratamento.

Grupos especiais

Idosos, crianças e grupos de risco seguem mesmas orientações. Crianças em tratamento prolongado precisam monitoramento de crescimento.

Pode causar doping.

Elixir

Alguns efeitos podem afetar capacidade de dirigir ou operar máquinas.

Contém álcool.

Elixir / Comprimido

Reações conhecidas (frequência indeterminada):

• Desequilíbrios hidroeletrolíticos: inchaço, pressão alta, perda de potássio;
• Problemas musculares: fraqueza, perda muscular, osteoporose, fraturas;
• Problemas digestivos: úlceras, perfurações, pancreatite;
• Pele: cicatrização lenta, pele fina, alergias;
• Neurológicos: convulsões, dor de cabeça;
• Psíquicos: depressão, alterações de humor;
• Hormonais: alterações menstruais, síndrome de Cushing, diabetes;
• Oculares: catarata, glaucoma;
• Imunológicos: infecções oportunistas;
• Sangue: alterações celulares;
• Cardíacos: arritmias, hipertensão;
• Outros: ganho de peso, náuseas.

Reporte eventos adversos ao sistema de vigilância sanitária.

Comprimido

Reações raras: agitação, visão turva, boca seca, cãibras, constipação, diarreia, erupções cutâneas, fadiga.

Elixir

Interações com medicamentos

Interações com exames

Anticonvulsivantes e rifampicina reduzem níveis sanguíneos. Pode alterar testes de coagulação e exames para infecções bacterianas.

Diuréticos que reduzem potássio exigem monitoramento.

Comprimido

Pode alterar testes de supressão.

Monitore tempo de protrombina.

Interações com exames

Anticonvulsivantes reduzem níveis sanguíneos. Pode alterar testes de coagulação e exames para infecções.

Diuréticos que reduzem potássio exigem monitoramento.

Resultados de eficácia

Estudos mostram que dexametasona oral:

• Reduz dor de garganta em crianças com faringite moderada/grave
• Auxilia no tratamento de bronquiolite aguda em crianças
• Apresenta eficácia similar à prednisona em crises de asma infantil

Referências disponíveis na bula completa.

Características farmacológicas

Elixir / Comprimido

Mecanismo de ação

Dexametasona é um glicocorticoide sintético com potente ação anti-inflamatória e imunossupressora. Age no metabolismo e resposta imune com mínima retenção de líquidos.

Mais potente que outros glicocorticoides: equivalente a 4-6x metilprednisolona, 6-8x prednisona, 25-30x hidrocortisona.

Farmacocinética

Volume de distribuição: 2 L/kg. Metabolizada no fígado. Eliminada pelos rins. Meia-vida: 1,88-2,23 horas.

Elixir

Pico plasmático: 10-60 min. Biodisponibilidade: 86,1%.

Comprimido

Pico plasmático: 1-2 horas.