Para que serve o Afax?
Afax é usado para tratar depressão maior (um estado de tristeza profunda e persistente, com perda de interesse nas atividades diárias).
Este remédio não deve ser usado por crianças e adolescentes.
Como o Afax age no organismo?
O princípio ativo do Afax aumenta a quantidade de duas substâncias no cérebro (serotonina e noradrenalina). A falta dessas substâncias pode levar à depressão. Afax ajuda a corrigir esse desequilíbrio, que é a causa química da depressão.
O remédio começa a fazer efeito em até 7 dias.
Quem não deve tomar Afax?
Não tome Afax se for alérgico ao succinato de desvenlafaxina monoidratado, ao cloridrato de venlafaxina ou a qualquer componente do remédio.
Afax não deve ser usado ao mesmo tempo com inibidores da monoaminoxidase (outro tipo de antidepressivo) ou com remédios que contenham venlafaxina ou desvenlafaxina. Se você parou de tomar inibidores da monoaminoxidase, deve esperar pelo menos 14 dias antes de começar Afax.
Como tomar Afax?
Afax deve ser tomado por via oral. Engula o comprimido inteiro com um pouco de líquido.
Tome sempre conforme a orientação do médico. Apenas o médico pode dizer quanto tempo o tratamento deve durar.
Doses do Afax
A dose recomendada é de 50 mg uma vez por dia, com ou sem comida.
Para alguns pacientes, o médico pode aumentar a dose aos poucos, a cada 7 dias. A dose máxima é de 200 mg por dia.
Para pacientes com problemas nos rins
Para quem tem insuficiência renal grave ou está em estágio terminal, a dose inicial é de 50 mg em dias alternados.
Para pacientes com problemas no fígado
Não é recomendado tomar mais de 100 mg por dia.
Para idosos
Não é preciso ajustar a dose só por causa da idade.
Como parar de tomar Afax
Pare de tomar Afax aos poucos, com orientação médica. Parar de repente pode causar: mudanças de humor (euforia ou tristeza), irritação, agitação, tontura, ansiedade, confusão, dor de cabeça, lentidão, falta de controle das emoções, insônia, zumbido no ouvido e convulsões. Em alguns pacientes, os sintomas podem durar meses ou mais.
Siga sempre as orientações do médico sobre horários, doses e tempo de tratamento.
Não pare de tomar sem falar com o médico.
Não parta, abra ou mastigue o comprimido.
O que fazer se esquecer de tomar Afax?
Se esquecer uma dose, tome assim que lembrar. Se estiver perto do horário da próxima dose, pule a dose esquecida e tome a próxima no horário normal. Nunca tome duas doses juntas.
Em caso de dúvida, consulte o farmacêutico, médico ou dentista.
Precauções e advertências ao usar Afax
Cuidados especiais para:
- Pessoas com histórico pessoal ou familiar de mania ou hipomania (estado de humor alterado com euforia exagerada);
- Pessoas com glaucoma de ângulo fechado (aumento da pressão dentro do olho);
- Pessoas com pressão alta, que precisam de monitoramento constante;
- Pessoas com tendência a sangramentos (por exemplo, quem usa anti-inflamatórios, aspirina ou anticoagulantes como varfarina).
Antidepressivos podem causar mudanças de comportamento, piora da depressão e pensamentos suicidas, principalmente no começo do tratamento ou quando a dose é alterada. Fique atento e avise seu médico se surgirem sintomas como ansiedade, agitação, insônia, irritação, hostilidade, impulsividade, agitação psicomotora, mania, hipomania ou qualquer outra mudança de comportamento.
Remédios como Afax podem causar problemas sexuais. Há relatos de disfunção sexual que continuou mesmo depois de parar de tomar.
Afax pode causar pressão alta em quem nunca teve, por isso é importante medir a pressão durante o tratamento. Em alguns estudos, houve aumento do colesterol no sangue, então é recomendado fazer exames periódicos.
Grávidas só devem usar Afax com orientação médica ou do dentista.
Não há estudos que garantam a segurança do bebê. Afax só deve ser usado na gravidez se os benefícios forem maiores que os riscos. Informe seu médico se engravidar. Se estiver amamentando, não é recomendado usar Afax, pois ele passa para o leite e não se sabe se é seguro para a mãe e o bebê.
O uso durante a amamentação deve ser avaliado pelo médico.
Afax pode afetar o julgamento, o raciocínio e os movimentos. Até saber como Afax afeta você, evite atividades que exijam concentração, como dirigir ou operar máquinas.
Não dirija nem opere máquinas durante o tratamento, pois sua capacidade pode estar prejudicada.
Este remédio pode causar tontura, desmaios ou perda de consciência, aumentando o risco de quedas ou acidentes.
Afax pode causar doping em atletas.
Afax 50 mg: Contém corantes dióxido de titânio e óxido de ferro vermelho, que podem causar alergias.
Afax 100 mg: Contém corantes dióxido de titânio, óxido de ferro vermelho e óxido de ferro preto, que podem causar alergias.
Quais os efeitos colaterais do Afax?
- Muito comum (mais de 10% dos pacientes): insônia, dor de cabeça, tontura, sonolência, enjoo, boca seca, suor excessivo.
- Comum (1% a 10% dos pacientes): perda de apetite, sintomas de abstinência, ansiedade, nervosismo, sonhos estranhos, irritação, redução da libido, falta de orgasmo, tremores, formigamento, falta de atenção, alteração do paladar, visão embaçada, pupilas dilatadas, vertigem, zumbido no ouvido, coração acelerado, palpitação, pressão alta, ondas de calor, bocejos, diarreia, vômitos, prisão de ventre, manchas na pele, rigidez muscular, disfunção erétil, ejaculação tardia, cansaço, fraqueza, calafrios, nervosismo, alteração no fígado, ganho ou perda de peso.
- Incomum (0,1% a 1% dos pacientes): alergia, despersonalização, orgasmo anormal, desmaio, movimentos involuntários (principalmente da boca, língua e rosto), queda de pressão ao levantar, extremidades frias, sangramento nasal, queda de cabelo, dificuldade para urinar, aumento de proteína na urina, problemas de ejaculação, disfunção sexual, aumento do colesterol, aumento dos triglicérides, aumento da prolactina.
- Rara (0,01% a 0,1% dos pacientes): redução de sódio no sangue, mania, hipomania, alucinação, síndrome serotoninérgica (alterações mentais e de movimento), convulsão, contrações musculares involuntárias, cardiomiopatia de estresse, inflamação no pâncreas, síndrome de Stevens-Johnson (reação alérgica grave com bolhas), angioedema (inchaço profundo da pele), sensibilidade exagerada à luz.
Afax é um comprimido de liberação prolongada. Depois de absorvido, o invólucro vazio é eliminado nas fezes. Se você ver algo parecido com o comprimido nas fezes, não se preocupe.
Informe ao seu médico, dentista ou farmacêutico se tiver qualquer reação indesejada. Informe também a empresa pelo SAC.
Apresentações do Afax
Medicamento similar equivalente ao de referência.
Comprimido revestido de liberação prolongada 50 mg e 100 mg
Embalagens com 14, 28 ou 56 comprimidos.
Para tomar por via oral.
Para adultos.
Qual a composição do Afax?
Composição de Afax 50 mg:
Succinato de desvenlafaxina monoidratado | 75,87 mg* |
Excipientes q.s.p. | 1 comprimido |
*Equivalente a 50 mg de desvenlafaxina.
Outros ingredientes: hipromelose, celulose microcristalina, povidona, talco, estearato de magnésio, Opadry® rosa contendo hipromelose, dióxido de titânio, macrogol e óxido de ferro vermelho.
Composição de Afax 100 mg:
Succinato de desvenlafaxina monoidratado | 151,77 mg* |
Excipientes q.s.p. | 1 comprimido |
*Equivalente a 100 mg de desvenlafaxina.
Outros ingredientes: hipromelose, celulose microcristalina, povidona, talco, estearato de magnésio, Opadry® marrom contendo hipromelose, dióxido de titânio, óxido de ferro vermelho, macrogol e óxido de ferro preto.
Overdose: o que fazer se tomar uma dose maior de Afax?
Já houve casos de overdose (inclusive fatais) com desvenlafaxina em combinação com álcool ou outros remédios.
Se tomar uma quantidade muito grande de Afax de uma vez, procure o médico imediatamente.
Não existe antídoto específico para a desvenlafaxina. Não provoque vômito.
O tratamento pode incluir:
- Manter as vias aéreas livres e a respiração normal;
- Lavagem estomacal com sonda;
- Administração de carvão ativado.
Em caso de overdose, procure socorro médico imediatamente e leve a embalagem ou bula. Ligue para 0800 722 6001 para mais orientações.
Interações com outros remédios
Sempre informe ao médico todos os remédios que você toma.
O médico precisa ver se os remédios interagem, alterando o efeito um do outro.
Tomar Afax com remédios que aumentam o risco de sangramento pode aumentar o risco de sangramentos. Tomar Afax com remédios que aumentam a serotonina (outros antidepressivos, antipsicóticos, anfetaminas, etc.) pode causar a síndrome serotoninérgica (sintomas: agitação, mudança de comportamento, rigidez muscular, febre, reflexos rápidos e tremores; pode ser fatal).
Não é recomendado tomar Afax com álcool.
Afax pode alterar resultados de exames de urina (para fenciclidina e anfetamina), exames de fígado, colesterol e proteína na urina.
Conte ao seu médico ou dentista se estiver tomando outros remédios.
Não tome remédios sem orientação médica. Pode ser perigoso.
Como a substância de Afax age no corpo?
Eficácia comprovada
A eficácia do succinato de desvenlafaxina monoidratado no tratamento da depressão foi comprovada em quatro estudos de 8 semanas com dose fixa, controlados por placebo, duplo-cegos e randomizados, e em dois estudos de prevenção de recaídas em adultos com depressão maior (segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, DSM-IV). No primeiro estudo, os pacientes receberam 100 mg (n = 114), 200 mg (n = 116) ou 400 mg (n = 113) de Succinato de Desvenlafaxina Monoidratado uma vez por dia ou placebo (n = 118). Em um segundo estudo, os pacientes receberam 200 mg (n = 121) ou 400 mg (n = 124) de Succinato de Desvenlafaxina Monoidratado uma vez por dia ou placebo (n = 124). Em outros dois estudos, os pacientes receberam 50 mg (n = 150 e n = 164) ou 100 mg (n = 147 e n = 158) de Succinato de Desvenlafaxina Monoidratado uma vez por dia ou placebo (n = 150 e n = 161).
O Succinato de Desvenlafaxina Monoidratado mostrou superioridade em relação ao placebo medida pela melhora na pontuação total na Escala de Classificação de Depressão de Hamilton de 17 itens (HAM-D17) em quatro estudos, e com base na Escala de Impressões Clínicas Globais – Melhora (CGI-I) em três dos quatro estudos.
Em um estudo de longo prazo, pacientes ambulatoriais adultos atendendo aos critérios de transtorno depressivo maior do DSM-IV, que responderam a 8 semanas de um tratamento agudo aberto com 50 mg/dia de Succinato de Desvenlafaxina Monoidratado e, subsequentemente, se mantiveram estáveis por 12 semanas com o Succinato de Desvenlafaxina Monoidratado, foram randomizados de maneira duplo-cega para permanecerem no tratamento ativo ou mudarem para placebo por até 26 semanas de observação para recidiva. A resposta durante a fase aberta foi definida como pontuação total na HAM-D17 ≤ 11 e na CGI-I ≤ 2 na avaliação do Dia 56; a estabilidade foi definida como não tendo pontuação total na HAM-D17 ≥ 16 em qualquer visita ao consultório. A recidiva durante a fase duplo-cega foi definida da seguinte maneira: (1) pontuação total na HAM-D17 ≥ 16 em qualquer visita ao consultório, (2) descontinuação por resposta de eficácia insatisfatória, (3) hospitalização por depressão, (4) tentativa de suicídio, ou (5) suicídio. Pacientes que receberam tratamento contínuo de Succinato de Desvenlafaxina Monoidratado apresentaram, estatisticamente, tempo significativamente mais longo para a recidiva quando comparado com placebo. Em 26 semanas, a probabilidade estimada de recidiva de Kaplan-Meier foi 14% com o tratamento com o Succinato de Desvenlafaxina Monoidratado versus 30% com placebo.
Em um segundo estudo de longo prazo, os pacientes ambulatoriais adultos que atenderam aos critérios de transtorno depressivo maior do DSM-IV e que responderam a 12 semanas de tratamento agudo com o Succinato de Desvenlafaxina Monoidratado foram randomizados para a mesma dose (200 ou 400 mg/dia) que receberam durante o tratamento agudo ou para o placebo por até 26 semanas de observação para recidiva. A resposta durante a fase aberta foi definida como pontuação total na HAM-D17 < 11 na avaliação do Dia 84. A recorrência durante a fase duplo-cega foi definida da seguinte maneira: (1) pontuação total na HAM-D17 ≥ 16 em qualquer visita ao consultório, (2) pontuação na CGI-I ≥ 6 (versus Dia 84) em qualquer visita ao consultório ou (3) descontinuação do estudo devido à resposta insatisfatória. Os pacientes que receberam o tratamento contínuo com o Succinato de Desvenlafaxina Monoidratado apresentaram taxas de recidiva significativamente menores em relação às 26 semanas subsequentes em comparação aos que receberam placebo.
As análises da relação entre o resultado do tratamento e a idade e o sexo não sugeriram nenhum diferencial de responsividade com base nessas características dos pacientes. Não havia informações suficientes para determinar o efeito da raça sobre o resultado nesses estudos.
Referências
1. DeMartinis NA, Yeung PP, Entsuah R, et al. A double-blind, placebo-controlled study of the efficacy and safety of desvenlafaxine succinate in the treatment of major depressive disorder. J Clin Psychiatry 2007; 68:677-688.
2. Septien-Velez L, Pitrosky B, Padmanabhan SK, et al. A randomized, double-blind, placebo-controlled trial of desvenlafaxine succinate in the treatment of major depressive disorder. Int Clin Psychopharmacol. 2007 Nov;22(6):338-47.
3. Kornstein SG, Clayton AH, Soares CN, et al. Analysis by age and sex of efficacy data from placebo-controlled trials of desvenlafaxine in outpatients with major depressive disorder. Journal of Clinical Psychopharmacology. 2010; 30(3):294-299.
4. Liebowitz MR, Manley AR, Padmanabhan SK, et al. Efficacy, safety, and tolerability of desvenlafaxine 50 mg/day and 100 mg/day in outpatients with major depressive disorder. Curr Med Res Opin. 2008 Jul;24(7):1877-90.
5. Boyer P, Montgomery S, Lopola U, et al. Efficacy, safety, and tolerability of fixed-dose desvenlafaxine 50 and 100 mg/day for major depressive disorder in a placebo-controlled trial. Int Clin Psychopharmacol. 2008 Sep;23(5):243-53.
6. Boyer P, Vialet C, Hwang E, Tourian KA. Efficacy of Desvenlafaxine 50 mg/d Versus Placebo in the LongTerm treatment of Major Depressive Disorder: A Randomized, Double-Blind Trial. Prim Care Companion CNS Disord. 2015 Aug 27;17(4).
7. Rickels K, Montgomery SA, Tourian KA et al. Desvenlafaxine for the prevention of relapse in major depressive disorder: results of a randomized trial. J Clin Psychopharmacol. 2010 Feb;30(1):18-24.
8. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fourth Edition, Text Revision, American Psychiatric Publishing, Inc., Washington D.C., 2000.
9. Bech P, Boyer P, Germain JM, et al. HAM-D17 and HAM-D6 sensitivity to change in relation to desvenlafaxine dose and baseline depression severity in major depressive disorder. Pharmacopsychiatry. 2010; 43(7):271-6.
Propriedades farmacológicas
Estudos em laboratório mostraram que o succinato de desvenlafaxina monoidratado é um inibidor da recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSN). A eficácia clínica está relacionada ao aumento da ação desses neurotransmissores no sistema nervoso central.
O Succinato de Desvenlafaxina Monoidratado não possui afinidade significativa por vários receptores, incluindo receptores muscarínicocolinérgicos, histaminérgicos H1 ou α1-adrenérgicos in vitro. Foi sugerido que a atividade farmacológica nesses receptores está associada a vários efeitos anticolinérgicos, sedativos e cardiovasculares observados com outros medicamentos psicotrópicos. No mesmo ensaio abrangente de perfil de ligação, o Succinato de Desvenlafaxina Monoidratado também não apresentou afinidade significativa por vários canais iônicos, incluindo canais de íon cálcio, cloreto, potássio e sódio. Também não apresentou atividade inibitória na monoaminoxidase (MAO). O Succinato de Desvenlafaxina Monoidratado não apresentou atividade significativa no estudo do canal de potássio cardíaco (hERG) in vitro.
Em modelos pré-clínicos com roedores, o Succinato de Desvenlafaxina Monoidratado demonstrou atividade preditiva de ações antidepressivas, ansiolíticas, termorreguladoras e propriedades inibitórias da dor.
Propriedades Farmacocinéticas
A farmacocinética de dose única do Succinato de Desvenlafaxina Monoidratado é linear e proporcional à dose em um intervalo de dose de 50 a 600 mg/dia. A meia-vida terminal média (t1/2) é de aproximadamente 11 horas. Com a administração uma vez por dia, as concentrações plasmáticas no estado de equilíbrio são atingidas em, aproximadamente, 4 a 5 dias. No estado de equilíbrio, o acúmulo de doses múltiplas do Succinato de Desvenlafaxina Monoidratado é linear e previsível a partir do perfil farmacocinético de dose única.
A farmacocinética do Succinato de Desvenlafaxina Monoidratado foi completamente avaliada em mulheres e homens. Houve diferenças mínimas com base no sexo; os dados de todos os indivíduos são apresentados a seguir.
Absorção e Distribuição
O Succinato de Desvenlafaxina Monoidratado é bem absorvido, com uma biodisponibilidade oral absoluta de 80%. O tempo médio para a concentração plasmática máxima (Tmáx) é de cerca de 7,5 horas após a administração oral. A AUC e a Cmáx de 6.747 ng.h/mL e 376 ng/mL, respectivamente, são observadas após doses múltiplas de 100 mg.
Efeitos dos Alimentos
Um estudo do efeito da presença de alimentos envolvendo a administração do Succinato de Desvenlafaxina Monoidratado a indivíduos saudáveis em jejum e na presença de alimentos (refeição com alto teor de gordura) indicou que a Cmáx aumentou cerca de 16% na presença de alimentos, enquanto as AUCs foram semelhantes. Essa diferença não é clinicamente significativa; portanto, o Succinato de Desvenlafaxina Monoidratado pode ser tomada independentemente das refeições. A ligação a proteínas plasmáticas do Succinato de Desvenlafaxina Monoidratado é baixa (30%) e independente da concentração do medicamento. O volume de distribuição do Succinato de Desvenlafaxina Monoidratado em estado de equilíbrio após a administração intravenosa é de 3,4 L/kg, indicando a distribuição em compartimentos não vasculares.
Metabolismo e Eliminação
Aproximadamente 45% do Succinato de Desvenlafaxina Monoidratado é excretada inalterada na urina. O Succinato de Desvenlafaxina Monoidratado é metabolizada principalmente por conjugação (mediada por isoformas da UGT, incluindo UGT1A1, UGT1A3, UGT2B4, UGT2B15 e UGT2B17) e, em menor grau, através do metabolismo oxidativo. Aproximadamente 19% da dose administrada é excretada como o metabólito glicuronídeo e < 5% como o metabólito oxidativo (N, Odidesmetilvenlafaxina) na urina. A CYP3A4 é a isoenzima do citocromo P450 predominante que age como mediador do metabolismo oxidativo (N-desmetilação) do Succinato de Desvenlafaxina Monoidratado.
Uso Geriátrico
Em um estudo conduzido com indivíduos saudáveis que receberam doses de até 300 mg, houve uma redução dependente da idade do clearance do Succinato de Desvenlafaxina Monoidratado, resultando em um aumento de 32% da Cmáx e um aumento de 55% dos valores da AUC dos indivíduos com mais de 75 anos em comparação aos indivíduos entre 18 e 45 anos. Não foram observadas diferenças em relação à segurança ou eficácia entre pacientes mais idosos (≥ 65 anos de idade) e pacientes mais jovens, mas não se pode desconsiderar a maior sensibilidade de alguns pacientes mais idosos. Não houve necessidade de ajuste de dose exclusivamente com base na idade; entretanto, uma possível redução da depuração renal do Succinato de Desvenlafaxina Monoidratado deve ser considerada ao determinar a dose a ser utilizada.
Uso Pediátrico
A segurança e a eficácia nos pacientes com menos de 18 anos de idade não foram estabelecidas.
Pacientes com Insuficiência Renal
A farmacocinética do Succinato de Desvenlafaxina Monoidratado 100 mg foi estudada em indivíduos com insuficiência renal leve (n = 9), moderada (n = 8) e grave (n = 7) e doença renal em estágio terminal (DRET) com necessidade de diálise (n = 9) e em indivíduos controle saudáveis pareados por idade (n = 8). A eliminação foi significativamente correlacionada com a depuração de creatinina. A depuração corpórea total foi reduzida em 29% na insuficiência renal leve, 39% na moderada, 51% na grave e 58% na DRET em comparação a indivíduos saudáveis. Esse clearance reduzido resultou em aumentos das AUCs de 42% nos indivíduos com insuficiência renal leve (CrCl de 24 h = 50-80 mL/min), 56% em moderada (CrCl de 24 h = 30-50 mL/min), 108% em grave (CrCl de 24 h < 30 mL/min) e 116% nos indivíduos com DRET.
A meia-vida terminal média (t1/2) foi prolongada de 11,1 horas nos indivíduos saudáveis para 13,5; 15,5; 17,6 e 22,8 horas em indivíduos com insuficiência renal leve, moderada, grave e com DRET, respectivamente.
Menos de 5% do medicamento no organismo foi depurado durante um procedimento de hemodiálise padrão de 4 horas. Portanto, doses complementares não devem ser administradas a pacientes após a diálise. O ajuste de dose é recomendado em pacientes com insuficiência da função renal significativa.
Pacientes com Insuficiência Hepática
A farmacocinética do Succinato de Desvenlafaxina Monoidratado 100 mg foi estudada em indivíduos com insuficiência hepática leve (Child-Pugh A, n = 8), moderada (Child-Pugh B, n = 8), grave (Child-Pugh C, n = 8) e em indivíduos saudáveis (n = 12).
A AUC média foi aumentada em aproximadamente 31% e 35% nos pacientes com insuficiência hepática moderada e grave, respectivamente, em comparação aos indivíduos saudáveis. Os valores médios de AUC foram equivalentes em indivíduos com insuficiência hepática leve e em indivíduos saudáveis (diferença < 5%).
O clearance sistêmico (CL/F) foi diminuído em aproximadamente 20% e 36% em pacientes com insuficiência hepática moderada e grave, respectivamente, em comparação a indivíduos saudáveis. Os valores de CL/F foram equivalentes em indivíduos com insuficiência hepática leve e em indivíduos saudáveis (diferença < 5%).
A t1/2 média mudou de aproximadamente 10 horas em indivíduos saudáveis e em indivíduos com insuficiência hepática leve para 13 e 14 horas em insuficiência hepática moderada e grave, respectivamente.
Estudo Minucioso do Intervalo QTc
Em um estudo minucioso do intervalo QTc com critérios determinados de maneira prospectiva, em mulheres saudáveis, o Succinato de Desvenlafaxina Monoidratado não causou prolongamento do intervalo QT. Além disso, nenhum efeito sobre o intervalo QRS foi observado.
Dados Pré-Clínicos de Segurança
Carcinogenicidade
O Succinato de Desvenlafaxina Monoidratado administrado por sonda oral a camundongos e ratos por 2 anos não aumentou a incidência de tumores em qualquer estudo.
Os camundongos receberam Succinato de Desvenlafaxina Monoidratado em doses até 500/300 mg/kg/dia (dose reduzida após 45 semanas de administração). A dose de 300 mg/kg/dia é 90 vezes (em mg/kg) a dose humana máxima recomendada (DHMR) de 200 mg/dia, e 7 vezes (em mg/m2) a DHMR.
Os ratos receberam Succinato de Desvenlafaxina Monoidratado em doses até 300 mg/kg/dia (machos) ou 500 mg/kg/dia (fêmeas). A dose mais elevada foi de 90 (machos) ou 150 (fêmeas) vezes (em mg/kg) a DHMR de 200 mg/dia, e de 15 (machos) ou 24 (fêmeas) vezes (em mg/m2) o DHMR de 200 mg/dia.
Mutagenicidade
O Succinato de Desvenlafaxina Monoidratado não foi mutagênica no ensaio in vitro de mutação bacteriana (teste de Ames) e não foi clastogênica em um ensaio in vitro de aberração cromossômica em culturas de células CHO, um ensaio in vivo de micronúcleo de camundongo, ou um ensaio in vivo de aberração cromossômica em ratos. Além disso, o Succinato de Desvenlafaxina Monoidratado não foi genotóxica no ensaio in vitro de mutação de progressão de células CHO de mamíferos e foi negativa no ensaio in vitro de transformação celular de embriões de camundongos BALB/c-3T3.
Comprometimento da Fertilidade
Fertilidade reduzida foi observada em estudo pré-clínico, no qual ratos e ratas receberam Succinato de Desvenlafaxina Monoidratado.
Este efeito foi notado em doses orais de aproximadamente 30 vezes (em mg/kg) e 5 vezes (em mg/m2) a dose humana máxima (DHMR) de 200 mg/dia. Não houve efeito na fertilidade para doses orais de aproximadamente 9 vezes (em mg/kg) e 1,5 vezes (em mg/m2) a DHMR. A relevância deste achado em humanos é desconhecida.
Teratogenicidade
Quando o Succinato de Desvenlafaxina Monoidratado foi administrada por via oral a ratas e coelhas prenhas durante o período de organogênese, não houve evidência de teratogenicidade em ratos com quaisquer doses testadas, até 30 vezes (em mg/kg) e até 5 vezes (em mg/m2) a dose humana máxima recomendada (DHMR) de 200 mg/dia em ratos. Em coelhos, não houve evidência de teratogenicidade em doses até 23 vezes (em mg/kg) a DHMR de 200 mg/dia, ou 7 vezes (em mg/m2) a DHMR. No entanto, os pesos fetais foram reduzidos em ratos com uma dose sem efeito de 30 vezes (em mg/kg) e 5 vezes (em mg/m2) a DHMR.
Quando o Succinato de Desvenlafaxina Monoidratado foi administrado por via oral a ratas prenhas durante a gestação e lactação, houve uma diminuição no peso das crias e aumento do número de mortes das crias durante os primeiros quatro dias de lactação. A causa dessas mortes não é conhecida. A dose sem efeito para a mortalidade das crias foi de 30 vezes (em mg/kg) e 5 vezes (em mg/m2) a DHMR de 200 mg/dia. O crescimento e desempenho reprodutivo pós-desmame da cria não foram afetados pelo tratamento materno com Succinato de Desvenlafaxina Monoidratado na dose de 90 vezes (em mg/kg) e 15 vezes (em mg/m2) a DHMR.
O tempo médio estimado para o início da ação terapêutica de Succinato de Desvenlafaxina Monoidratado é de até 7 dias.
Como guardar o Afax?
Guarde em temperatura ambiente (entre 15 °C e 30 °C).
Número do lote, data de fabricação e validade: veja na embalagem.
Não use depois do prazo de validade. Guarde na embalagem original.
Como é o medicamento
- Afax 50 mg: comprimido redondo, rosa, com "50" de um lado e liso do outro.
- Afax 100 mg: comprimido redondo, marrom escuro a vermelho, com "100" de um lado e liso do outro.
Antes de usar, veja o aspecto do remédio. Se estiver dentro do prazo de validade mas com aparência diferente, consulte o farmacêutico.
Mantenha fora do alcance de crianças.
Dizeres Legais do Afax
Registro: 1.2568.0342
Produzido por:
Alembic Pharmaceuticals Limited
Panelav, Índia
Importado e Registrado por:
Prati, Donaduzzi & Cia Ltda.
Rua Mitsugoro Tanaka, 145
Centro Industrial Nilton Arruda - Toledo - PR
CNPJ 73.856.593/0001-66
Indústria Brasileira
SAC
0800-709-9333
[email protected]
Venda sob prescrição com retenção de receita.