Bula Ácido Fólico Moov

Este remédio trata e prevê a falta de Ácido Fólico no organismo. É indicado para anemias hemolíticas e anemia megaloblástica que não são perniciosas. Tomar Ácido Fólico antes e durante a gravidez reduz problemas de formação do tubo neural no bebê. Também ajuda a prevenir displasia cervical.

Mais informações sobre Ácido Fólico

Não use este medicamento sem descartar anemia perniciosa, pois ele pode corrigir o sangue e esconder a doença, permitindo danos nos nervos. Não tome se tiver alergia ao Ácido Fólico ou qualquer componente da fórmula.

Crianças não devem usar este remédio.

Tome o comprimido com água ou líquido. O tratamento da falta de Ácido Fólico deve incluir alimentação balanceada.

A dose usual é 1 comprimido por dia, ou conforme orientação médica.

Pessoas saudáveis com dieta equilibrada dificilmente terão falta de Ácido Fólico. É raro faltar só uma vitamina B, pois dietas pobres geralmente causam múltiplas deficiências.

Para evitar falta de Ácido Fólico, prefira melhorar a alimentação antes de suplementar.

Para tratar a deficiência, a suplementação é mais indicada.

Não use para anemia perniciosa. Nunca tome Ácido Fólico sozinho ou com vitamina B12 insuficiente para anemias megaloblásticas não diagnosticadas.

Metotrexato, pirimetamina, triantereno e trimetoprima podem reduzir o efeito do folato. Pacientes usando esses remédios precisam de leucovorina cálcica.

Risco na gravidez: Categoria A.

Pode ser usado na gravidez com prescrição médica ou odontológica.

Nas doses certas, o Ácido Fólico é bem tolerado com poucos efeitos adversos.

Raramente podem ocorrer problemas digestivos como enjoo, inchaço na barriga e gases, além de alergias como vermelhidão, coceira ou urticária.

Doses de 15mg/dia podem causar distúrbios no sistema nervoso, como insônia e irritação. Doses acima de 15mg/dia podem prejudicar a absorção de zinco.

Em caso de reações adversas, notifique ao NOTIVISA (www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa) ou à Vigilância Sanitária local.

Há poucos relatos de superdose, mas esses casos geralmente não causam sintomas graves. Se ocorrerem reações, pare o uso e trate os sintomas.

Em intoxicação, ligue para 0800 722 6001.

A necessidade de Ácido Fólico pode aumentar com uso prolongado de analgésicos, anticonvulsivantes e estrogênios.

O uso com Ácido Fólico pode reduzir o efeito de anticonvulsivantes tipo hidantoína, exigindo ajuste de dose.

Colestiramina e sulfonamidas podem atrapalhar a absorção do Ácido Fólico.

Comprovação da Eficácia

Estudos na Hungria liderados por Andrew E. Czeizel mostram que suplementos com 0,8mg de Ácido Fólico reduzem malformações do tubo neural, problemas urinários e cardíacos em bebês. Também diminuem enjoos no início da gravidez, reduzem partos prematuros e melhoram o leite materno.

Referências Bibliográficas

1. CZEIZEL, A.E., DUDÁS I. Prevention of the first occurrence of neural-tube defects by periconceptional vitamin supplementation. N Engl J Med. v. 327, p. 1832-1835, 1992.
2. CZEIZEL, A.E. Prevention of congenital abnormalities by periconceptional multivitamin supplementation. Brit Med J. v. 306, p.1645-1648, 1993. Eur J Obstet Gynec Reprod Biol. v. 75, p.151-161, 1998.
3. CZEIZEL, A.E. The primary prevention of birth defects: Multivitamins or folic acid?. Int J Med Sci. v 1, p. 50-61, 2004.

Características do Ácido Fólico

O Ácido Fólico do remédio (ácido pteroilglutâmico) difere do encontrado em alimentos, pois é monoglutamato versus poliglutamato. Transforma-se no fígado em ácido tetraidrofólico (forma ativa).

Presente em quase todos alimentos em pequenas quantidades, mas pode ser destruído no cozimento. É essencial para multiplicação celular pois atua na formação do DNA. Sua falta afeta principalmente tecidos de renovação rápida como sangue, intestino e mucosas.

Como o corpo processa o Ácido Fólico?

Quase totalmente absorvido no intestino. Eliminado pelos rins como metabólitos. O excesso acima da dose diária recomendada é excretado na urina. Doses baixas (0,2mg) têm total aproveitamento; doses altas (>15mg) têm 50-90% de excreção.

Após transformação em ácido tetraidrofólico, atua na produção de purinas, metabolismo de aminoácidos (glicina, metionina, histidina) e formação de glóbulos vermelhos.