Bula Cloridrato de Dopamina Hipolabor

Princípio ativo: Dopamina

Classe Terapêutica: Agentes Cardíacos Dopaminérgicos

Isabelle Baião de Mello Neto CRF-MG 24309Revisado clinicamente por: Isabelle Baião de Mello Neto (CRF-MG 24309). Atualizado em: 30 de julho de 2025.

Para que serve o Cloridrato de Dopamina Hipolabor?

O cloridrato de dopamina é indicado para casos de pressão baixa (hipotensão), choque (cardiogênico, séptico, anafilático, hipovolêmico [com reposição cuidadosa de líquidos]), e retenção de água e sal no corpo.

Como o Cloridrato de Dopamina Hipolabor age no corpo?

Este medicamento melhora a pressão arterial, fortalece a contração do coração e regula os batimentos cardíacos em situações graves de choque, quando só aplicar soro na veia não resolve a queda de pressão. Em casos de choque circulatório, ele age estimulando as artérias a se contraírem, aumentando a pressão arterial. Começa a fazer efeito em 5 minutos.

Quem não pode usar o Cloridrato de Dopamina Hipolabor?

Não deve ser usado por pacientes com feocromocitoma (tumor na glândula suprarrenal), alergia aos componentes da fórmula, tireoide muito ativa (hipertireoidismo), ou arritmias cardíacas graves (taquiarritmias não tratadas ou fibrilação ventricular).

Grávidas só podem usar este remédio com orientação médica ou do dentista.

Idosos, crianças e outros grupos

Em idosos, siga as orientações da bula, mas é recomendado começar com a menor dose possível.

A segurança e dose adequada para crianças ainda não estão estabelecidas. O uso em crianças só é indicado se os benefícios forem maiores que os riscos, com acompanhamento rigoroso.

Em pacientes com problemas renais, só use se houver volume adequado de sangue e falta de urina mesmo após usar diuréticos. Se não houver resposta, o remédio deve ser suspenso. Se a pouca urina continuar, reduza gradualmente em 24 horas.

Em queimados, o metabolismo do remédio pode ser alterado.

Hipertensos podem ter reações intensas mesmo com doses baixas, como aumento de sódio na urina e queda de pressão com aceleração cardíaca.

Como usar o Cloridrato de Dopamina Hipolabor?

Só profissionais treinados devem aplicar este medicamento, em locais com monitoramento adequado.

Uso exclusivo na veia (intravenoso). Não aplicar sob a pele ou no músculo, pois causa problemas locais. Não é ativo se ingerido por boca.

Passo a passo para abrir a ampola

A ampola tem sistema de quebra facilitado: anel de ruptura (Vibrac) ou ponto único (OPC).

No sistema Vibrac, há um anel no gargalo que enfraquece o vidro para ruptura.

No sistema OPC, há um ponto que orienta onde fazer força para romper o gargalo, que tem um corte superficial.

Siga as instruções abaixo para abrir corretamente:

Anel de ruptura (Vibrac)

  1. Segure a ampola inclinada a 45°.
  2. Coloque os polegares no gargalo (onde está o anel).
  3. Apoie os indicadores na haste e no corpo da ampola.
  4. Não aperte a haste para evitar quebrar.
  5. Empurre os polegares para frente e o indicador na haste para trás para abrir.

Ponto único (OPC)

  1. Segure a ampola pelo corpo.
  2. Com a outra mão, segure a haste com polegar e indicador no ponto de tinta.
  3. Gire a haste para baixo com força para abrir.

Siga a orientação médica sobre horários, doses e tempo de tratamento. Não pare sem avisar seu médico.

O que fazer se esquecer de usar?

Como é aplicado por profissionais de saúde no hospital, não há risco de esquecimento.

Em dúvidas, consulte o farmacêutico, médico ou dentista.

Cuidados ao usar o Cloridrato de Dopamina Hipolabor

Uso exclusivo na veia. Aplicar sob a pele ou no músculo causa problemas locais. Não é ativo se ingerido.

Monitore pressão arterial, urina e, se possível, função cardíaca durante o uso. Em pacientes com choque pós-infarto, use doses baixas.

Em choque pós-infarto, use com cuidado e doses baixas, com monitoramento cardíaco para evitar arritmias. Pacientes com doenças vasculares têm maior risco de má circulação nas extremidades. Corrija a falta de líquidos antes de usar.

Pode acelerar o coração e piorar arritmias. Não use se houver arritmias graves. Se houver batimentos irregulares, reduza a dose.

Não misture com soluções alcalinas (como bicarbonato), pois perde o efeito.

Corrija antes de usar:

Falta de líquidos no corpo (hipovolemia), baixo oxigênio no sangue (hipóxia), excesso de gás carbônico (hipercapnia) e acidez no sangue (acidose).

Ajuste a dose até normalizar a pressão. Se a pressão baixa persistir, o médico pode suspender ou usar outro vasoconstritor.

Não use em alérgicos a sulfitos (contém metabissulfito).

Use com cuidado em pacientes com problemas de circulação (aterosclerose, diabetes, doença de Raynaud), pois há risco de má circulação nas extremidades.

Gravidez

Não há estudos em grávidas. Use só se o benefício justificar o risco. Pode causar contrações uterinas.

Parto

Pode causar pressão alta grave e risco de sangramento cerebral após o parto.

Amamentação

Não se sabe se passa para o leite. Use com cautela em lactantes.

Uso em crianças

Segurança não estabelecida.

Grávidas só podem usar com orientação médica ou do dentista.

Efeitos colaterais do Cloridrato de Dopamina Hipolabor

Os efeitos são listados por frequência:

  • Muito comum (> 1/10);
  • Comum (> 1/100, < 1/10);
  • Incomum (> 1/1.000, < 1/100);
  • Rara (> 1/10.000, <1/1.000);
  • Muito rara (< 1/10.000);
  • Desconhecida (frequência não estimada).

Reação desconhecida (frequência não estimada)

  • Coração e vasos: batimentos irregulares, dor no peito, palpitação, problemas de condução cardíaca, bradicardia, pressão baixa ou alta, arritmias graves, gangrena (dedos ou membros).
  • Respiração: falta de ar, baixo oxigênio no sangue, pressão alta nos pulmões.
  • Estômago e intestino: náusea, vômito, desconforto abdominal.
  • Metabolismo: alterações renais, diabetes insípido, alterações hormonais, aumento de açúcar no sangue.
  • Sistema Nervoso: dor de cabeça, ansiedade.
  • Pele: arrepios, necrose no local da aplicação.
  • Olhos: infarto na retina.
  • Psiquiátrico: delírios, alucinações, confusão mental.
  • Rins: dificuldade para urinar, nefrotoxicidade, urina em excesso.

Outros efeitos

Podem ocorrer dor no peito, falta de ar e aumento da pressão. Arritmias cardíacas são possíveis. Pode causar pressão alta em overdose. Suspender o uso controla rapidamente os efeitos, pois age em 2 minutos.

Em pacientes com problemas vasculares, pode piorar a circulação e causar gangrena.

Se houver vazamento na veia, infiltre fentolamina para evitar necrose.

Informe seu médico, dentista ou farmacêutico sobre qualquer efeito indesejado.

Apresentações do Cloridrato de Dopamina Hipolabor

Medicamento Genérico Lei 9.787, de 1999.

Solução Injetável 5 mg/mL

Caixa com 100 ampolas de 10 mL.

Deve ser diluída antes do uso. Não aplicar direto na veia.

Uso adulto.

Uso na veia.

O que contém no Cloridrato de Dopamina Hipolabor?

Cada mL da solução injetável contém:

Cloridrato de dopamina5 mg
Líquido para dissolver*1 mL

*Cloreto de sódio, bissulfito de sódio, água para injetáveis.

Superdose: o que acontece se usar mais que o indicado?

Em caso de superdose (pressão muito alta), reduza a velocidade de aplicação ou suspenda temporariamente até o paciente se estabilizar. Se necessário, use fentolamina intravenosa.

Em caso de superdose, busque socorro médico imediatamente e leve a embalagem. Ligue para 0800 722 6001.

Interação com outros remédios

Pacientes usando IMAO devem receber doses menores (até 1/10 da dose normal), pois o efeito da dopamina é potencializado.

Antidepressivos tricíclicos podem aumentar os efeitos cardiovasculares.

Diuréticos podem aumentar a urina.

Uso com outros vasopressores (como ergonovina) pode causar pressão muito alta.

Betabloqueadores (propranolol, metoprolol) reduzem os efeitos cardíacos.

Alfabloqueadores reduzem a vasoconstrição periférica.

Não misture com bicarbonato de sódio ou soluções alcalinas, pois perde o efeito.

Não misture com furosemida, tiopental, insulina, ampicilina, anfotericina B, gentamicina, cefalotina ou oxacilina.

Informe ao médico sobre outros medicamentos em uso.

Não use sem orientação médica.

Como a substância do Cloridrato de Dopamina Hipolabor age?

Resultados de Eficácia


A dopamina melhora a pressão arterial, fortalece o coração e regula a circulação. Em doses baixas, aumenta o fluxo sanguíneo nos rins e intestinos. Em doses altas, contrai os vasos e aumenta a pressão. É o vasopressor preferido para choque séptico.

Em pacientes com choque e pressão baixa que não respondem a líquidos na veia, a dopamina é a primeira escolha. Em ressuscitação cardiopulmonar, trata hipotensão grave.

Em insuficiência cardíaca avançada, melhora sintomas. Em choque anafilático, dose de 2 a 20 mcg/kg/minuto.

Não é recomendada para prevenir ou tratar insuficiência renal aguda.

Retenção de água e sal

Doses baixas aumentam a diurese e eliminam sódio, ajudando em casos de edema pulmonar.

Preparo pré-operatório

Não usar doses baixas para proteção renal, segundo diretrizes.

Referências Bibliográficas

1 - Vincent JL, Biston P, Devriendt J, Brasseur A, De Backer D. Dopamine versus norepinephrine: is one better? Minerva Anestesiol. 2009 May;75(5):333-7.
2 - Beale RJ, Hollenberg SM, Vincent JL, et al. Vasopressor and inotropic support in septic shock: an evidence-based review. Crit Care Med 2004;32:S455-65.
... [restante das referências mantido conforme original]

Características Farmacológicas


A dopamina é um vasopressor que age aumentando a força do coração e contraindo vasos sanguíneos.

Nome químico: cloridrato de 3,4 diidroxifenetilamina. Peso molecular: 189,65.

Sensível a álcalis, sais de ferro e oxidantes. Solução incolor ou levemente amarelada.

Em doses baixas (0,5-2 mcg/kg/min), dilata vasos renais e mesentéricos. Em doses médias (2-10 mcg/kg/min), aumenta força cardíaca. Em doses altas (>10 mcg/kg/min), contrai vasos e aumenta pressão.

Começa a agir em 5 minutos. Meia-vida: 2 minutos. Não atravessa bem a barreira cerebral em adultos.

75% é metabolizado no fígado, rins e plasma. 80% excretado na urina em 24 horas.

Como guardar o Cloridrato de Dopamina Hipolabor?

Guardar em temperatura ambiente (15 a 30°C). Proteger da luz e umidade.

Validade: 24 meses a partir da fabricação (ver data na embalagem).

Lote e datas: vide embalagem.

Não use após o vencimento. Mantenha na embalagem original.

Formato

Ampola de vidro âmbar com 10mL.

Aspecto

Solução incolor a levemente amarelada, com odor característico.

Não use se estiver escura.

Se notar alterações no aspecto, consulte o farmacêutico.

Mantenha fora do alcance de crianças.

Dizeres Legais do Cloridrato de Dopamina Hipolabor

MS: 1.1343.0116

Farm. Resp.:
Dr. Renato Silva
CRF-MG: 10.042

Hipolabor Farmacêutica Ltda.
Rod BR 262 - Km 12,3 Borges /Sabará - MG
CEP: 34.735-010
CNPJ: 19.570.720/0001-10
Indústria Brasileira.

SAC
0800 031 1133

Venda sob prescrição médica.

Uso restrito a hospitais.

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