Bula Citarabina Accord Farma

Princípio ativo: Citarabina

Classe Terapêutica: Agentes Antineoplásicos Antimetabólitos

Isabelle Baião de Mello Neto CRF-MG 24309Revisado clinicamente por: Isabelle Baião de Mello Neto (CRF-MG 24309). Atualizado em: 30 de julho de 2025.

Para que serve o Citarabina Accord Farma?

Citarabina é usado principalmente para tratar leucemias agudas não linfoides (câncer da medula óssea, conhecido como "tutano", que produz sangue) em adultos e crianças. Também trata outros tipos de leucemia, como leucemia linfoide aguda e leucemia mieloide crônica (fase aguda). Pode ser usado sozinho ou com outros remédios contra câncer. Geralmente, combinações trazem melhores resultados. Remissões (desaparecimento temporário da doença) costumam ser curtas sem terapia de manutenção.

Em doses altas, com ou sem outros quimioterápicos, citarabina funciona para leucemias de alto risco, que não respondem ao tratamento padrão ou que voltam após tratamento.

Citarabina sozinho ou com outros medicamentos (metotrexato, succinato sódico de hidrocortisona) é aplicado por injeção direta no líquido da espinha para prevenir e tratar leucemia que ataca as meninges (membranas que cobrem cérebro e medula).

Como o Citarabina Accord Farma funciona?

Citarabina é um remédio contra câncer que bloqueia a formação do DNA (material genético). Também tem efeitos contra vírus e reduz as defesas do corpo.

Quando não devo usar o Citarabina Accord Farma?

Não use se for alérgico à citarabina ou qualquer componente deste remédio.

Como usar e dosagem do Citarabina Accord Farma

Este remédio só é usado em hospitais ou clínicas especializadas, para tratar câncer, e deve ser manuseado por profissionais treinados.

Citarabina sempre será preparado e aplicado por médico ou profissional de saúde especializado.

Citarabina não funciona por boca. A dose e forma de uso variam conforme o tratamento. Pode ser dado por soro na veia, injeção na veia, sob a pele ou no líquido da espinha.

Alguns pacientes podem ter inflamação ou dor no local da injeção. Mas geralmente é bem tolerado.

Pacientes podem suportar doses maiores quando recebem injeção rápida na veia comparado ao soro lento. Isso acontece porque o corpo elimina citarabina rápido. Ambos os métodos têm eficácia similar.

Doses Padrão

Para leucemia não linfoide aguda, a dose comum com outros quimioterápicos é 100 mg/m2/dia por soro contínuo (dias 1-7) ou 100 mg/m2 na veia a cada 12 horas (dias 1-7).

Doses Elevadas

2-3 g/m2 por soro na veia a cada 12 horas por 1-3 horas durante 2-6 dias, com ou sem outros quimioterápicos.

Doses sob a Pele

Geralmente 20-100 mg/m2, dependendo da doença e do plano de tratamento.

Consulte a literatura médica para recomendações atuais em leucemia.

Uso no Líquido da Espinha para Leucemia Meníngea

Citarabina é aplicado no líquido da espinha em doses de 5 mg/m2 a 75 mg/m2. A frequência varia de uma vez ao dia por 4 dias a uma vez a cada 4 dias. A dose mais usada é 30 mg/m2 a cada 4 dias até normalizar o líquido, seguido de tratamento extra.

A dose depende do tipo e gravidade da doença e da resposta anterior.

Citarabina pode ser usado no líquido da espinha com succinato sódico de hidrocortisona e metotrexato, para prevenir doença nas meninges em crianças com leucemia linfoide aguda ou para tratar leucemia que ataca as meninges. Sullivan mostrou que essa combinação preveniu problemas tardios no sistema nervoso, com taxas de cura similares a outros tratamentos. As doses foram: 30 mg/m2 de citarabina, 15 mg/m2 de succinato sódico de hidrocortisona e 15 mg/m2 de metotrexato (dose máxima absoluta de 15 mg de metotrexato). Médicos devem notar que a dose de metotrexato em crianças varia com a idade.

Essa combinação pode ajudar após tratamento bem-sucedido de crise meníngea. Médicos devem conhecer a literatura atual antes de usar.

Citarabina no líquido da espinha pode causar efeitos no sangue, exigindo monitoramento. Pode ser necessário ajustar o tratamento. Raramente causa toxicidade grave. Se usado no líquido e na veia em poucos dias, há maior risco de toxicidade na espinha; mas em doenças graves, o médico decide sobre o uso conjunto.

Leucemia focal no sistema nervoso pode não responder a citarabina no líquido, sendo melhor radioterapia.

Compatibilidade com Outros Remédios

Citarabina é compatível com estes medicamentos em glicose 5% por 8 horas:

Citarabina 0,8 mg/mL e cefalotina sódica 1,0 mg/mL; citarabina 0,4 mg/mL e fosfato sódico de prednisolona 0,2 mg/mL; citarabina 16 mcg/mL e sulfato de vincristina 4 mcg/mL. Citarabina também é fisicamente compatível com metotrexato.

Uso em Crianças

Igual ao uso em adultos.

Uso em Idosos

Não há recomendações especiais para idosos; aplicam-se as informações técnicas descritas.

Siga a orientação médica, respeitando horários, doses e duração do tratamento.

Não pare o tratamento sem avisar seu médico.

O que fazer se esquecer de tomar o Citarabina Accord Farma?

Como citarabina é usado só em hospitais, o plano é definido pelo médico. Se faltar a uma sessão, procure seu médico para reprogramar. Esquecer a dose pode prejudicar o tratamento.

Em dúvidas, consulte farmacêutico ou médico.

Precauções e advertências do Citarabina Accord Farma

Citarabina só deve ser usado por médicos experientes em quimioterapia. No início do tratamento, devem estar disponíveis recursos laboratoriais e de apoio para monitorar efeitos e proteger pacientes.

O médico deve pesar benefícios contra riscos conhecidos.

Antes de iniciar, conheça estas informações:

Efeitos no Sangue

Citarabina reduz a atividade da medula óssea; o grau depende da dose. Use com cautela se já houver redução na medula por outros remédios. Pacientes devem ser rigorosamente monitorados; durante o tratamento inicial, conte glóbulos brancos e plaquetas diariamente. Faça exames da medula após desaparecimento de células jovens (blastos) no sangue.

Pare ou ajuste o tratamento se plaquetas caírem abaixo de 50.000 ou glóbulos brancos abaixo de 1.000/mm3. As contagens podem continuar caindo após parar e atingir o mínimo em 12-24 dias. Reinicie só quando houver recuperação clara. Estejam disponíveis recursos para tratar infecções ou sangramentos.

Houve reações alérgicas graves durante tratamento, incluindo parada cardíaca e pulmonar exigindo ressuscitação, logo após injeção na veia.

Tratamento com Doses Altas

Com doses altas (2-3 g/m2), houve toxicidade grave pulmonar, gastrointestinal e no sistema nervoso, diferente dos tratamentos padrão, às vezes fatal. Inclui: problemas reversíveis nos olhos (evitáveis com colírio de corticoide); disfunção cerebral e cerebelar (responsável por equilíbrio), geralmente reversível, incluindo mudança de personalidade, sonolência, convulsões e coma; úlceras graves no estômago e intestino, podendo levar a peritonite, infecção generalizada e abscesso no fígado; líquido nos pulmões; dano no fígado com excesso de bilirrubina; morte de tecido intestinal.

Houve casos graves de toxicidade pulmonar com doses altas, incluindo síndrome do desconforto respiratório e líquido nos pulmões com aumento do coração visível em exames.

Casos de lesão no músculo do coração com morte após doses altas com ciclofosfamida, antes de transplante de medula. Pode depender da dose.

Lesões nos nervos periféricos ocorreram após combinação de doses altas com daunorrubicina e asparaginase em adultos com leucemia não linfoide aguda. Observe sinais de neuropatia; ajustes podem ser necessários para evitar danos irreversíveis.

Raramente, vermelhidão grave da pele com descamação. Queda total de cabelo é mais comum com doses altas.

Quando injetado rápido em doses altas, pacientes frequentemente sentem náuseas e podem vomitar por horas. Isso é menos grave com soro lento.

Tratamento com Doses Padrão

Dor abdominal por inflamação abdominal e sangramento oculto nas fezes, com redução de glóbulos brancos e plaquetas, ocorreram com doses padrão combinadas. Pacientes responderam a tratamentos não cirúrgicos. Paralisia progressiva causando morte ocorreu em crianças com leucemia mieloide aguda tratadas com citarabina no líquido da espinha e na veia com outros remédios.

Função do Fígado e Rins

O fígado elimina parte da citarabina. Pacientes com problemas no fígado ou rins podem ter maior risco de toxicidade no sistema nervoso com doses altas. Use com cautela e reduza doses se necessário.

Faça exames periódicos de medula, fígado e rins durante tratamento.

Efeitos Neurológicos

Reações neurológicas graves variando de dor de cabeça a paralisia, coma e sintomas tipo derrame foram relatadas, principalmente em jovens tratados com citarabina na veia junto com metotrexato no líquido da espinha.

Síndrome de Lise Tumoral

Como outros remédios contra câncer, citarabina pode aumentar ácido úrico no sangue por destruição rápida de células cancerosas. Monitore ácido úrico e trate se necessário.

Pancreatite

Inflamação do pâncreas ocorreu em pacientes tratados com citarabina e outros remédios.

Redução de Imunidade / Maior Risco de Infecções

Vacinas com vírus vivos ou atenuados em pacientes com defesas baixas por quimioterapia, incluindo citarabina, podem causar infecções graves ou fatais. Evite vacinas com vírus vivos. Vacinas com vírus mortos podem ser dadas, mas a resposta pode ser menor.

Uso em Crianças

As advertências e precauções para crianças são as mesmas que para adultos.

Uso na Gravidez

Não há estudos em grávidas. Citarabina causa malformações em alguns animais. Só use após avaliar benefícios e riscos para mãe e feto. Mulheres em idade fértil devem evitar gravidez.

Filhos de mães tratadas com citarabina na gravidez nasceram normais; alguns prematuros ou com baixo peso. Algumas crianças foram acompanhadas até sete anos sem anormalidades. Uma criança normal morreu aos 90 dias por inflamação estomacal e intestinal.

Malformações foram relatadas, especialmente se o feto foi exposto no primeiro trimestre. Inclui defeitos em braços, pernas, mãos, pés e orelhas.

Relatos de redução de todas células do sangue, redução de defesas, anemia, redução de plaquetas, alterações minerais no sangue, aumento temporário de eosinófilos, aumento de IgM, febre alta, infecção generalizada e morte ocorreram em recém-nascidos expostos. Alguns eram prematuros. Houve abortos terapêuticos. Fetos normais e com baço aumentado ou alteração genética na placenta foram relatados.

Devido ao risco de anomalias, principalmente no primeiro trimestre, a grávida ou quem engravidar durante tratamento deve ser orientada sobre riscos ao feto e continuidade da gravidez. O risco é menor se o tratamento começar no segundo ou terceiro trimestre. Embora crianças normais tenham nascido, recomenda-se acompanhamento.

Não use sem orientação médica. Avise imediatamente se suspeitar de gravidez.

Uso na Amamentação

Não se sabe se citarabina passa no leite. Como muitos remédios passam e há risco de efeitos graves em bebês, decida entre parar a amamentação ou o remédio, considerando a importância para a mãe.

Efeitos na Direção e Operação de Máquinas

Não foi avaliado sistematicamente.

Efeitos colaterais e reações adversas do Citarabina Accord Farma

O principal efeito tóxico é redução da atividade da medula óssea, com redução de glóbulos brancos, plaquetas e anemia. Toxicidade menos grave inclui náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal, feridas na boca e problemas no fígado.

Problemas Sanguíneos e Linfáticos

Como reduz a medula, podem ocorrer anemia, redução de glóbulos brancos, plaquetas, células grandes e imaturas no sangue e redução de células vermelhas jovens. Gravidade depende da dose. Alterações na aparência das células no sangue são esperadas.

Infecções

Infecções virais, bacterianas, fúngicas, parasitárias podem ocorrer com citarabina sozinho ou com outros imunossupressores. Podem ser leves ou graves.

Problemas Musculoesqueléticos

Síndrome da Citosina

Caracterizada por febre, dor muscular, dor óssea, às vezes dor no peito, manchas vermelhas na pele, conjuntivite e mal-estar. Geralmente ocorre 6-12 horas após a dose. Corticoesteroides ajudam no tratamento ou prevenção. Se os sintomas forem tratáveis, considere continuar citarabina com corticoides.

Reações adversas por frequência:

Reações Adversas (Doses Padrão e Altas)

  • Muito comuns (mais de 10%): infecção grave, pneumonia, infecção (leve a fatal), falência da medula, redução de plaquetas, anemia, anemia com células grandes, redução de glóbulos brancos, redução de células vermelhas jovens, inflamação da boca, ferida na boca, inflamação ou ferida anal, diarreia, vômitos, náuseas, dor abdominal, problema no fígado, queda de cabelo, vermelhidão na pele, síndrome da citosina, febre, biópsia anormal da medula, exame de sangue anormal.
  • Comuns (1-10%): ferida na pele.
  • Frequência desconhecida: inflamação no local da injeção, reação alérgica grave, inchaço alérgico, redução de apetite, toxicidade neurológica, inflamação de nervo, tonturas, dor de cabeça, conjuntivite (pode ter sangue com doses altas), inflamação do coração, ritmo cardíaco lento, coágulo com inflamação na veia, falta de ar, dor de garganta, inflamação no pâncreas, úlcera no esôfago, inflamação do esôfago, pele amarelada, vermelhidão em mãos e pés com alteração de sensibilidade, urticária, coceira, sardas, problema nos rins, dor no peito, reações no local da injeção (dor e inflamação).

Reações com Doses Altas

  • Muito comuns (mais de 10%): problemas cerebrais e cerebelares, sonolência, alterações na córnea, síndrome do desconforto respiratório agudo, líquido nos pulmões.
  • Comuns (1-10%): inflamação grave do intestino grosso, descamação da pele.
  • Frequência desconhecida: abscesso no fígado, mudança de personalidade, coma, convulsão, lesão de nervos periféricos (sensoriais e motores), lesão do músculo cardíaco com morte, ritmo cardíaco lento, morte de tecido gastrointestinal, úlcera gastrointestinal, ar na parede do intestino, inflamação abdominal, dano hepático, excesso de bilirrubina.

Outras Reações

Inflamação pulmonar sem causa clara, possivelmente relacionada a citarabina, foi relatada com doses intermediárias (1 g/m2) com ou sem outros quimioterápicos.

Síndrome do desconforto respiratório com líquido nos pulmões e aumento do coração visível em exames ocorreu após doses altas experimentais; alguns casos fatais.

Uso no Líquido da Espinha

Reações mais comuns foram náusea, vômito e febre; leves e passageiras.

Houve paralisia de pernas. Inflamação cerebral grave com ou sem convulsão foi relatada; alguns pacientes usavam metotrexato e/ou hidrocortisona no líquido e radiação no sistema nervoso. Neurotoxicidade isolada ocorreu. Cegueira em 2 pacientes em remissão que receberam quimioterapia sistêmica, radiação profilática no sistema nervoso e citarabina no líquido.

Informe ao médico ou farmacêutico reações indesejadas. Informe também à empresa.

Formas de apresentação do Citarabina Accord Farma

Medicamento Genérico – Lei nº. 9.787, de 1999.

Solução injetável 100 mg/mL

Embalagem com 1 frasco-ampola de 1 mL (100 mg), 5 mL (500 mg) ou 10 mL (1g).

Uso injetável na veia, sob a pele, no líquido da espinha ou por soro na veia.

Para adultos e crianças.

Cuidado: agente tóxico para células.

Composição do Citarabina Accord Farma

Cada mL contém:

100 mg de citarabina.

Outros componentes: água para injeções, macrogol e trometamol.

Superdose: sintomas e o que fazer

Não há antídoto. Dose de 12 injeções de 4,5 g/m2 causou toxicidade irreversível no sistema nervoso e morte.

Em caso de overdose, busque socorro médico imediato e leve a embalagem. Ligue para 0800 722 6001.

Interações com outros medicamentos

Sempre informe ao médico todos os remédios que usa. Medicamentos podem interagir alterando seus efeitos.

  • Digoxina: níveis sanguíneos podem diminuir em esquemas com ciclofosfamida, vincristina e prednisona com ou sem citarabina. Monitore níveis de digoxina. Digitoxina pode ser alternativa.
  • Gentamicina: estudo mostrou antagonismo contra K. pneumoniae. Se não houver resposta imediata, reavalie o antibiótico.
  • Fluorocitosina: citarabina pode reduzir sua eficácia.
  • Metotrexato: uso na veia com metotrexato no líquido da espinha aumenta risco de reações neurológicas graves.

Informe ao médico outros medicamentos em uso.

Não use remédios sem conhecimento médico. Pode ser perigoso.

Como a substância do Citarabina Accord Farma age no organismo?

Resultados de Eficácia


Leucemia Mieloide Aguda

Citarabina é um dos agentes mais eficazes para leucemia mieloide aguda (LMA). Faz parte da maioria dos tratamentos iniciais. Taxas de remissão completa chegam a 80% em menores de 40 anos. Mesmo com manutenção, muitas recaídas ocorrem; apenas 20-30% sobrevivem 5 anos. O desafio é eliminar doença residual.

Doses altas (1-3 g/m2) melhoram resultados em pacientes resistentes ou com recaída. Taxas de remissão variam de 25% a 84%. Combinações com etoposídeo e daunorrubicina são eficazes. Doses altas em consolidação trazem resultados superiores em idosos.

Combinações com análogos de purina e antraciclinas são eficazes. Tratamento pós-remissão com doses altas melhora duração da remissão e sobrevida livre de doença. Em pesquisa, sobrevida livre de doença em 5 anos foi 26%. Idade acima de 45 anos e sexo masculino são fatores negativos.

Combinações com fludarabina e ansacrina, seguido de transplante, são eficazes em LMA refratária ou recidivante. Regimes com inibidores da topoisomerase, análogos de purina e fatores de crescimento mostraram atividade. Estudos com gentuzumabe ozogamicina, homoharringtonina, antraciclinas e vorinostate com citarabina tiveram resultados eficazes.

Doses intermediárias (1 g/m2 a cada 12h x 12 doses) são eficazes principalmente em falha e recaída de LMA, leucemia linfoide aguda (LLA) e linfoma não Hodgkin.

Doses baixas (20 mg 1-2x/dia por 10 dias a cada 4-6 semanas) são padrão em idosos que não toleram quimioterapia intensiva. Taxa de remissão completa foi 7% vs 56% com quimioterapia intensiva. Sobrevida média foi 9,6 meses, melhor que só cuidados de suporte.

Ciclos repetidos de doses altas mostraram maior sobrevida livre de falhas e global que um único ciclo. Pacientes com alteração genética específica tiveram sobrevida livre de doença em 5 anos de 38% com um ciclo vs 71% com 3+ ciclos.

Doses altas foram eficazes com transplante autólogo em LMA. Probabilidade de sobrevida livre de doença em 2 anos foi 49% para todos e 61% para transplante. Risco de recaída foi 44% e 33%.

Em análise, adolescentes e adultos com LMA tratados com quimioterapia de indução padrão não tiveram diferença significativa entre doses altas de citarabina, transplante autólogo ou alogênico. Sobrevida pós-remissão foi melhor com citarabina.

Regime FLAG (fludarabina, citarabina e filgrastim) teve remissão completa de 56% em 41 pacientes com LMA de alto risco. Sobrevida média global foi 11 meses.

Regime CAT (ciclofosfamida, citarabina, topotecana) teve remissão completa em 17% de leucemias recidivantes ou refratárias.

Doses altas com mitoxantrona foram eficazes em LMA e anemia refratária. Remissão completa em 45% dos pacientes.

Combinação de etoposídeo e citarabina em altas doses sem antraciclina teve remissão completa em 63% de LMA recidivante/refratária e 56% de LLA refratária/recidivante.

Doses intermediárias com infusão prolongada mostraram alta eficácia e baixa mortalidade em LMA. Remissão completa em 80% dos pacientes. Sobrevida global estimada em 3 anos foi 56%.

Adição de citarabina e mitoxantrona em crianças com LMA de alto risco trouxe taxa de remissão de 78% e sobrevida livre de eventos em 5 anos de 44%.

Fludarabina seguida por citarabina com fator de crescimento teve remissão completa em 70% de 19 crianças com LMA ou LLA recidivante/refratária.

Remissão completa em 11 de 22 crianças após 2 ciclos de citarabina com daunorrubicina.

Quimioterapia intensiva foi similar a transplante autólogo em sobrevida livre de eventos em crianças com LMA.

Leucemia Mieloide Crônica

Doses altas foram eficazes na fase aguda. Combinações com vindesina-prednisolona ou citarabina-vindesina-prednisolona-mercaptopurina são escolha em crise blástica.

Daunorrubicina com imatinibe e citarabina, seguido de transplante ou manutenção, foi bem tolerado. Mais de 55% tiveram resposta hematológica completa.

Adição de citarabina ao imatinibe como tratamento inicial trouxe alta taxa de resposta molecular completa. Sobrevida global em 5 anos foi 96%.

Interferon alfa com citarabina melhorou resposta hematológica completa, resposta citogenética e sobrevida em 3 e 5 anos vs interferon isolado.

Fludarabina duas vezes ao dia com citarabina teve taxa de resposta global de 26% em LMA refratária/recidivante, síndrome mielodisplásica de alto risco e fase aguda de leucemia mieloide crônica.

Homoharringtonina com citarabina foi eficaz na crise blástica.

Em estudo com 538 pacientes, não houve diferença significativa na sobrevida em 5 anos entre interferon alfa-2a com citarabina vs interferon isolado; mas resposta citogenética foi melhor com combinação.

Em crianças, combinação de interferon e citarabina induziu resposta hematológica completa e respostas citogenéticas superiores, bem tolerada.

Leucemia Linfoide Aguda

Com etoposídeo, ansacrina, citarabina, prednisona e metotrexato intratecal, seguido de consolidação, sobrevida global em 5 anos foi 35%. Sobrevida livre de doença foi 45%.

Adultos com alteração genética específica tiveram excelente prognóstico com regime hiperfracionado. Todos alcançaram remissão; sobrevida em 3 anos foi 73%.

Fludarabina, citarabina, ansacrina, globulina antitimócito e radiação corporal foi alternativa viável ao transplante em LLA refratária ou de alto risco.

Combinação de fludarabina com citarabina, fator de crescimento e doxorrubicina lipossomal teve resposta encorajadora em leucemia aguda recidivante ou refratária em crianças.

Radiação corporal com ciclofosfamida e citarabina em altas doses foi plano eficaz para adultos com LLA, com resposta completa de 63,6%.

Doses altas (3 g/m2 a cada 12h - 8 doses) foram eficazes para leucemia meníngea em pacientes de alto risco. Remissão completa em 65%.

Regime com citarabina e mitoxantrona teve remissão completa em 84% de 31 pacientes com LLA.

Remissão em 64% de pacientes em primeira recaída com vindesina, daunorrubicina, asparaginase e prednisona, seguido de citarabina e etoposídeo. Sobrevida média 6,6 meses.

Em estudo, taxa de resposta completa de 68% em LLA. Foi maior em menores de 50 anos (79%) vs acima de 50 (35%).

Leucemia Meníngea

Quimioterapia intratecal intensificada com metotrexato, hidrocortisona e citarabina reduziu risco de recidiva no sistema nervoso central em crianças com LLA. Risco de recaída isolada no SNC em 5 anos foi 1,2%.

Citarabina intratecal tem atividade terapêutica. Foi tolerada em 70 mg/m2.

Doses altas foram eficazes por via intratecal na prevenção e tratamento, eliminando necessidade de radiação craniana.

Remissão completa de 65% em subgrupo de pacientes com doença meníngea em adultos com LLA e linfoma não-Hodgkin.

Tratamento com dose alta e asparaginase limpou completamente o líquido em 86% dos pacientes.

Combinação de metotrexato e citarabina no ventrículo cerebral teve taxa de resposta completa acima de 90% em leucemia ou linfoma meníngeo recidivante em jovens.

Referências Bibliográficas

[Lista de referências mantida conforme original]

Características Farmacológicas


Propriedades Farmacodinâmicas

Citarabina, análogo de nucleosídeo, inibe síntese de DNA. Tem propriedades antivirais e imunossupressoras. Estudos in vitro sugerem que ação primária é inibição da síntese de desoxicitidina, mas inibição de quinases e incorporação em ácidos nucleicos também podem contribuir.

Propriedades Farmacocinéticas

Citarabina é transformada em arabinofuranosil uracila no fígado e rins. Após injeção na veia, apenas 5,8% é eliminada inalterada na urina em 12-24h; 90% como metabólito. É metabolizada rapidamente. Níveis sanguíneos caem para indetectáveis em 15 minutos na maioria dos pacientes.

Dados de Segurança Pré-Clínicos

Toxicidade limitante foi redução da medula óssea. Outros órgãos afetados: fígado, rins e cérebro.

Causou dano cromossômico e transformação maligna in vitro. É embriotóxica, teratogênica e tóxica peri/pós-natal em várias espécies. Anormalidades em espermatozoides foram observadas em camundongos.

Armazenamento e validade do Citarabina Accord Farma

Guarde em temperatura ambiente (15ºC a 30°C).

Lote e datas: vide embalagem.

Não use após o vencimento. Mantenha na embalagem original.

Após diluir com água para injeção, glicose 5% ou soro fisiológico 0,9%, é estável por 24 horas abaixo de 25°C e protegido da luz. Use dentro de 24 horas após preparo. Descarte resíduos.

Como não contém conservantes, dilua logo antes do uso e inicie a infusão imediatamente.

Inspecione visualmente antes de usar: solução deve ser incolor e sem partículas.

Aspecto Físico

Solução incolor e límpida em frasco de vidro transparente. Sem partículas visíveis.

Se notar mudança no aspecto, mesmo dentro do prazo, consulte o farmacêutico.

Mantenha fora do alcance de crianças.

Informações legais e responsáveis técnicos

MS – 1.5537.0005

Farm. Resp.:
Dra. Jarsonita Alves Serafim
CRF-SP n° 51.512

Fabricado por:
Intas Pharmaceuticals Ltd.
Plot nº 457,458 – Matoda 382 210
Dist. Ahmedabad – Índia

Importado por:
Accord Farmacêutica Ltda.
Av. Guido Caloi, 1985 – G.01
Santo Amaro – São Paulo/SP
CNPJ: 64.171.697/0001-46

SAC
0800 723 9777

Venda sob prescrição médica.

Uso restrito a hospitais.

Cuidado: agente tóxico para células.

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