O beta-hCG (gonadotrofina coriônica humana) é um hormônio produzido naturalmente durante a gestação. Ele sinaliza ao corpo para manter a produção de progesterona, essencial no início da gravidez. No entanto, fora do contexto gestacional, vem sendo usado de forma controversa para protocolos de emagrecimento.
Benefícios divulgados por quem defende o uso
- Suposta aceleração da queima de gordura: alguns protocolos alegam que o hCG mobiliza depósitos de gordura para fornecer energia.
- Redução de apetite: usuários relatam menor fome durante dietas muito restritivas.
- Resultados rápidos na balança: a perda de peso pode ser visível em poucos dias, especialmente em protocolos de 500 calorias/dia.
A realidade científica
- Perda de peso não é pelo hormônio: estudos clínicos mostram que a redução vem quase totalmente da dieta extremamente restritiva, e não do hCG.
- Ausência de aprovação para emagrecimento: o FDA (EUA) e a ANVISA (Brasil) não aprovam o uso de hCG para perda de peso.
Riscos e perigos
- Desequilíbrio hormonal – o uso sem necessidade médica pode alterar a função ovariana e menstrual.
- Trombose e problemas circulatórios – o hCG pode aumentar o risco de formação de coágulos.
- Sobrecarrega o fígado e rins – hormônios sintéticos exigem metabolização intensa.
- Efeito sanfona – grande parte do peso perdido volta rapidamente após interromper o protocolo.
- Risco de gravidez fantasma – sintomas como inchaço nos seios, náusea e alterações emocionais podem surgir mesmo sem gestação.
Apesar de popular em alguns círculos, a suplementação de beta-hCG para emagrecimento não é respaldada por evidências sólidas e carrega riscos reais. A perda de peso rápida pode custar caro para a saúde hormonal e cardiovascular da mulher.