Bula Aglitil

Princípio ativo: Cloridrato de Pioglitazona

Classe Terapêutica: Antidiabéticos Glitazonas Puros

Isabelle Baião de Mello Neto CRF-MG 24309Revisado clinicamente por: Isabelle Baião de Mello Neto (CRF-MG 24309). Atualizado em: 30 de julho de 2025.

Para que serve Aglitil?

Aglitil® possui cloridrato de pioglitazona como princípio ativo.

Este medicamento antidiabético é usado junto com dieta e atividade física para melhorar o controle da glicose (níveis de açúcar no sangue) em pacientes com diabetes tipo II (não dependente de insulina). Este tipo de diabetes geralmente surge na idade adulta.

Aglitil® pode ser usado isoladamente ou combinado com outros antidiabéticos como sulfonilureias, metformina ou insulina, principalmente quando dieta e exercícios não controlam adequadamente a glicose. O tratamento do diabetes tipo II deve incluir orientação nutricional, perda de peso quando necessário e atividade física. Essas medidas são essenciais para o tratamento inicial e para manter a eficácia do medicamento.

Como funciona o Aglitil?

Aglitil® ajuda a regular o açúcar no sangue no diabetes tipo II, melhorando a forma como seu corpo utiliza a insulina produzida.

Pode ser indicado para pacientes que não podem usar metformina, ou quando dieta e exercícios não controlam o açúcar no sangue. Também pode ser combinado com outras terapias (como metformina, sulfonilureia ou insulina) que não conseguiram controlar adequadamente a glicose.

Contraindicações do Aglitil

Não use Aglitil® se você:

  • Tiver alergia à pioglitazona ou qualquer componente do Aglitil®, ou se tiver insuficiência cardíaca atualmente ou no passado.

Este medicamento não deve ser usado por pessoas com síndrome de má absorção de glicose-galactose.

Posologia: como usar o Aglitil

A dose habitual é um comprimido de Aglitil® uma vez ao dia por via oral. Se necessário, seu médico poderá ajustar a dose.

As doses iniciais mais comuns são 15mg ou 30mg, com variação entre 15 e 45mg. Seu médico determinará a dose adequada para você.

Tomar Aglitil® com alimentos:

  • Pode ser ingerido com ou sem alimentos. Engula o comprimido com um copo de água.

Se sentir que o efeito de Aglitil® está fraco, informe seu médico.

Quando combinado com outros antidiabéticos (como insulina, clorpropamida, glibenclamida, glicazida, tolbutamida), seu médico orientará sobre ajustes de dose.

Seu médico solicitará exames de sangue periódicos durante o tratamento para monitorar a função hepática.

Se estiver em dieta para diabéticos, mantenha-a durante o uso de Aglitil®. Seu peso será verificado regularmente; informe seu médico se houver ganho de peso.

Aglitil® deve ser usado diariamente para funcionar corretamente. Se interromper o uso, o açúcar no sangue pode subir. Consulte seu médico antes de parar o tratamento.

Em caso de dúvidas, consulte seu médico ou farmacêutico.

Siga a orientação médica, respeitando horários, doses e duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem orientação médica.

Não partir ou mastigar o comprimido.

O que fazer se esquecer de tomar Aglitil?

Tome Aglitil® diariamente conforme prescrição. Se esquecer uma dose, tome o próximo comprimido no horário habitual. Não dobre a dose para compensar.

Em caso de dúvidas, consulte seu farmacêutico ou médico.

Precauções ao usar Aglitil

Informe seu médico antes de usar este medicamento:

  • Se tiver retenção de líquidos ou problemas cardíacos, especialmente acima de 75 anos. Se usar anti-inflamatórios que causam retenção hídrica, também informe;
  • Se teve câncer de bexiga;
  • Se apresentar edema macular (inchaço na retina);
  • Se tiver síndrome dos ovários policísticos. Pode aumentar a chance de ovulação e gravidez. Use métodos contraceptivos adequados;
  • Se tiver doença hepática ou cardíaca. Antes de iniciar, será feito exame de função hepática, que pode se repetir. Pacientes com diabetes tipo II de longa data e histórico cardíaco ou AVC tratados com Aglitil® e insulina podem desenvolver insuficiência cardíaca. Informe imediatamente se tiver falta de ar, ganho de peso rápido ou inchaço;
  • Se tiver diabetes tipo I, pois a pioglitazona só age com produção de insulina pelo corpo. Não é indicada para diabetes tipo I ou cetoacidose diabética;
  • Se tiver alterações na hemoglobina, pois pode ocorrer leve redução nos níveis. Se usar Aglitil® com outros antidiabéticos, pode haver hipoglicemia ou anemia.

Fraturas ósseas

Mais fraturas foram observadas, especialmente em mulheres. Seu médico considerará isso no tratamento.

Crianças

Não é recomendado para menores de 18 anos.

Gravidez e amamentação

Informe se estiver grávida, planejando gravidez ou amamentando. Seu médico orientará sobre a suspensão.

Uso criterioso durante a amamentação ou doação de leite. Depende de avaliação médica.

Dirigir ou operar máquinas

Aglitil® não afeta a habilidade de dirigir, mas fique atento a alterações visuais.

Informação sobre excipientes

Contém lactose monoidratada. Se tem intolerância a açúcares, consulte seu médico antes de usar.

Atenção: Contém lactose.

Não use na gravidez sem orientação médica.

Informe se engravidar durante ou após o tratamento.

Informe se estiver amamentando.

Efeitos colaterais do Aglitil

Como todo medicamento, Aglitil® pode causar reações adversas, embora não ocorram em todos.

Reações adversas graves relatadas:

  • Insuficiência cardíaca (1 a 10 em 100 usuários) quando combinado com insulina. Sintomas: falta de ar, ganho rápido de peso ou inchaço. Procure atendimento imediato, especialmente acima de 65 anos.
  • Câncer de bexiga (1 a 10 em 1.000 usuários). Sinais: sangue na urina, dor ao urinar ou urgência urinária. Informe seu médico rapidamente. 
  • Inchaço (edema) muito frequente com insulina. Converse com seu médico.
  • Fraturas ósseas frequentes em mulheres. Converse com seu médico.
  • Visão turva por inchaço ocular (frequência desconhecida). Se ocorrer pela primeira vez ou piorar, consulte seu médico.
  • Reações alérgicas (frequência desconhecida). Se tiver urticária, inchaço facial, labial, lingual ou de garganta que dificulte respirar ou engolir, pare de usar e busque atendimento imediato.

Outras reações adversas com pioglitazona:

  • Frequentes (1 a 10 em 100): infecção respiratória; alterações visuais; ganho de peso; formigamento.
  • Pouco frequentes (1 a 10 em 1.000): sinusite; insônia.
  • Frequência desconhecida: aumento de enzimas hepáticas; reações alérgicas.

Outras reações com combinações:

  • Muito frequentes (mais de 1 em 10): hipoglicemia.
  • Frequentes (1 a 10 em 100): dor de cabeça; tontura; dor articular; impotência; dor nas costas; falta de ar; leve redução de glóbulos vermelhos; gases; formigamento.
  • Pouco frequentes (1 a 10 em 1.000): açúcar e proteína na urina; aumento de enzimas; vertigem; suor; cansaço; aumento de apetite; sinusite; insônia.

Se qualquer reação for grave ou não listada, informe seu médico ou farmacêutico.

Informe ao médico ou farmacêutico reações indesejadas. Informe também à empresa.

Disponibilidade do Aglitil

Medicamento similar equivalente ao referência.

Comprimido 15 mg e 30 mg

Embalagem com frasco de 10, 15, 20, 30, 60*, 90* ou 120* unidades.

*Embalagem hospitalar.

Uso oral.

Adultos.

Composição do Aglitil

Cada comprimido de 15 mg contém:

Cloridrato de pioglitazona*

16,534 mg

Excipientes q.s.p

1 comprimido

*Equivalente a 15 mg de pioglitazona.

Excipientes: lactose monoidratada, croscarmelose sódica, amidoglicolato de sódio, hiprolose, estearato de magnésio.

Cada comprimido de 30 mg contém:

Cloridrato de pioglitazona*

33,069 mg

Excipientes q.s.p

1 comprimido

*Equivalente a 30 mg de pioglitazona.

Excipientes: lactose monoidratada, croscarmelose sódica, amidoglicolato de sódio, hiprolose, estearato de magnésio.

Overdose de Aglitil

Se tomar mais comprimidos que o recomendado, ou se outra pessoa/ criança ingerir, procure atendimento imediato. O açúcar no sangue pode cair abaixo do normal e pode ser corrigido com ingestão de açúcar. Recomenda-se ter sachês de açúcar, doces, biscoitos ou suco adoçado.

Em caso de superdose, busque socorro médico imediato levando a embalagem. Ligue para 0800 722 6001 para orientações.

Interações medicamentosas do Aglitil

Informe seu médico ou farmacêutico se estiver usando ou usou recentemente outros medicamentos, incluindo sem prescrição.

Geralmente pode-se usar outros medicamentos com Aglitil®. Alguns podem afetar o açúcar no sangue:

  • Genfibrozila (para colesterol alto);
  • Rifampicina (para tuberculose e infecções).

Informe se estiver tomando algum deles. Seu açúcar no sangue será monitorado e pode ser necessário ajustar a dose de Aglitil®.

Informe ao seu médico sobre outros medicamentos em uso.

Não use medicamentos sem conhecimento médico. Pode ser perigoso.

Como a substância do Aglitil age no corpo?

Resultados de Eficácia


Monoterapia

Três estudos randomizados, duplo-cegos, controlados por placebo com duração de 16 a 26 semanas avaliaram cloridrato de pioglitazona em monoterapia para diabetes tipo II. Estes estudos testaram doses de até 45 mg ou placebo uma vez ao dia em 865 pacientes.

Estudo de variação de dose (Estudo PNFP-001)

Neste estudo de monoterapia de 26 semanas, 408 pacientes com diabetes tipo II foram distribuídos para receber 7,5 mg, 15 mg, 30 mg ou 45 mg de cloridrato de pioglitazona ou placebo uma vez ao dia. Qualquer terapia antidiabética anterior foi interrompida 8 semanas antes do período duplo-cego. As doses de 15 mg, 30 mg e 45 mg de cloridrato de pioglitazona produziram melhorias significativas na HbA1c e glicemia em jejum em comparação com placebo (ver Figura 1, Tabela 1).

Figura 1 mostra a alteração na HbA1c ao longo de 26 semanas.

Figura 1: Alteração média na HbA1c em estudo controlado por placebo de 26 semanas (valores observados) – Estudo PNFP-001

Tabela 1: Parâmetros glicêmicos em 26 semanas de estudo de monoterapia controlado por placebo (Estudo PNFP-001)

-

Placebo

Cloridrato de Pioglitazona 15 mg/diaCloridrato de Pioglitazona 30mg/dia

Cloridrato de Pioglitazona 45mg/dia

População total

HbA1C (%)

N = 79N = 79N = 85

N = 76

Basal (média)

10,410,210,2

10,3

Mudança do basal (média ajustada*)

0,7-0,3-0,3

-0,9

Diferença do placebo (média ajustada*)
Intervalo de Confiança 95%

--1,0
(-1,6, -0,4)
-1,0
(-1,6, -0,4)

-1,6
(-2,2, -1,0)

Glicemia de jejum (mg/dL)

N = 79N = 79N = 84

N = 77

Basal (média)

268267269

276

Mudança do basal (média ajustada*)

9-30-32

-56

Diferença do placebo (média ajustada*)
Intervalo de Confiança 95%

--39
(-63, -16)
-41
(-64, -18)

-65
(-89, -42)

*Ajustado pela linha basal, centro-agrupado e centro-agrupado por interação do tratamento.
p ≤ 0,05 vs. placebo.

Estudo de titulação de dose (Estudo PNFP-012)

Em estudo controlado por placebo de 24 semanas, 260 pacientes com diabetes tipo II foram distribuídos para grupos de titulação forçada de cloridrato de pioglitazona ou placebo. A terapia antidiabética anterior foi interrompida 6 semanas antes do período duplo-cego.

Em um grupo, pacientes receberam dose inicial de 7,5 mg/dia, aumentada para 15 mg/dia após 4 semanas e para 30 mg/dia após mais 4 semanas (16 semanas restantes). No segundo grupo, iniciaram com 15 mg/dia e foram titulados para 30 mg/dia e 45 mg/dia similarmente.

O tratamento produziu melhoras significativas na HbA1c e glicemia em jejum versus placebo (ver Tabela 2).

Tabela 2: Parâmetros glicêmicos em 24 semanas de estudo de monoterapia controlado por placebo (Estudo PNFP-012)

-PlaceboCloridrato de Pioglitazona 30 mg/dia

Cloridrato de Pioglitazona 45 mg/dia

População total

HbA1C (%)

N = 83N = 85

N = 85

Basal (média)

10,810,3

10,8

Mudança do basal (média ajustada*)

0,9-0,6

-0,6

Diferença do placebo (média ajustada*)
Intervalo de Confiança 95%

--1,5
(-2,0, -1,0)

-1,5
(-2,0, -1,0)

Glicemia de jejum (mg/dL)

N = 78N = 82

N = 85

Basal (média)

279268

281

Mudança do basal (média ajustada*)

18-44

-50

Diferença do placebo (média ajustada*)
Intervalo de Confiança 95%

--62
(-82, -0,41)

-68
(-88, -0,48)

*Ajustado pela linha basal, centro-agrupado e centro-agrupado por interação do tratamento.
**Dose final em titulação forçada.
p ≤ 0,05 vs. placebo.

Estudo de monoterapia de 16 semanas (Estudo PNFP-026)

Neste estudo, 197 pacientes com diabetes tipo II foram distribuídos para 30 mg de cloridrato de pioglitazona ou placebo uma vez ao dia por 16 semanas. A terapia anterior foi interrompida 6 semanas antes. A dose de 30 mg produziu melhorias significativas na HbA1c e glicemia em jejum versus placebo (Tabela 3).

Tabela 3: Parâmetros glicêmicos em 16 semanas de estudo de monoterapia controlado por placebo (Estudo PNFP-012)

-Placebo

Cloridrato de Pioglitazona 30 mg/dia*

População total

HbA1C (%)

N = 93

N = 100

Basal (média)

10,3

10,5

Mudança do basal (média ajustada*)

0,8

-0,6

Diferença do placebo (média ajustada*)
Intervalo de confiança 95%

-

1,4
(-1,8, -0,9)

Glicemia de jejum (mg/dL)

N = 91

N = 99

Basal (média)

270

273

Mudança do basal (média ajustada*)

8

-50

Diferença do placebo (média ajustada*)
Intervalo de confiança 95%

-

-58
(-77, -38)

*Ajustado pela linha basal, centro-agrupado e centro-agrupado por interação do tratamento.
p ≤ 0,05 vs. placebo.

Terapia Combinada

Três estudos clínicos de 16 semanas, duplo-cegos randomizados, controlados por placebo avaliaram cloridrato de pioglitazona (15 mg e/ou 30 mg) em pacientes com diabetes tipo II com controle inadequado (HbA1c ≥ 8%) apesar de terapia com sulfonilureia, metformina ou insulina. Três estudos de 24 semanas avaliaram cloridrato de pioglitazona 30 mg versus 45 mg nas mesmas condições. O tratamento anterior podia ser monoterapia ou combinação.

Estudos de associação a sulfonilureias

Dois estudos clínicos avaliaram cloridrato de pioglitazona com sulfonilureia. Pacientes usavam sulfonilureia em qualquer dose, isolada ou combinada. Outros antidiabéticos foram suspensos pelo menos três semanas antes.

Estudo de 16 semanas com associação a sulfonilureia (Estudo PNFP-010)

Neste estudo, 560 pacientes receberam 15 mg ou 30 mg de cloridrato de pioglitazona ou placebo uma vez ao dia por 16 semanas, além da sulfonilureia. O tratamento combinado produziu melhoras significativas na HbA1c e glicemia em jejum versus placebo + sulfonilureia (Tabela 4).

Tabela 4: Parâmetros glicêmicos em 16 semanas de estudo controlado por placebo com sulfonilureia (Estudo PNFP-010)

-Placebo + SulfonilureiaCloridrato de Pioglitazona 15 mg + sulfonilureia

Cloridrato de Pioglitazona 30 mg + sulfonilureia

População total

HbA1C (%)

N = 181N = 176

N = 182

Basal (média)

9,910,0

9,9

Mudança do basal (média ajustada*)

0,1-0,8

-1,2

Diferença do placebo + sulfonilureia (média ajustada*)
Intervalo de Confiança 95%

--0,9
(-1,2, -0,6)

-1,3
(-1,6, -1,0)

Glicemia de jejum (mg/dL)

N = 182N = 179

N = 186

Basal (média)

236247

239

Mudança do basal (média ajustada*)

6-34

-52

Diferença do placebo + sulfonilureia (média ajustada*)
Intervalo de Confiança 95%

--39
(-52, -27)

-58
(-70, -46)

*Ajustado pela linha basal, centro-agrupado e centro-agrupado por interação do tratamento.
p ≤ 0,05 vs. placebo + sulfonilureia.

Estudo de 24 semanas com associação à sulfonilureia (Estudo PNFP-341)

Neste estudo, 702 pacientes receberam 30 mg ou 45 mg de cloridrato de pioglitazona uma vez ao dia por 24 semanas além da sulfonilureia. A redução média de HbA1c na 24ª semana foi de 1,6% para 30 mg e 1,7% para 45 mg (ver Tabela 5). A redução média de glicemia em jejum foi de 52 mg/dL para 30 mg e 56 mg/dL para 45 mg.

O efeito terapêutico foi observado independentemente da dose de sulfonilureia.

Tabela 5: Parâmetros glicêmicos em 24 semanas de estudo controlado por placebo com sulfonilureia (Estudo PNFP-341)

-Cloridrato de Pioglitazona 30 mg + sulfonilureia

Cloridrato de Pioglitazona 45 mg + sulfonilureia

População total

HbA1C (%)

N = 340

N = 332

Basal (média)

9,8

9,9

Mudança do basal (média ajustada*)

-1,6

-1,7

Diferença de Cloridrato de Pioglitazona 30 mg + sulfonilureia (média ajustada*) 95% IC

-

-0,1
(-0,4, -0,1)

Glicemia de jejum (mg/dL)

N = 338

N = 329

Basal (média)

214

217

Mudança do basal (média ajustada*)

-52

-56

Diferença de Cloridrato de Pioglitazona 30 mg + sulfonilureia (média ajustada*) 95% IC

-

-5
(-12, 3)

95% IC = Intervalo de confiança 95%.
*Ajustado pela linha basal, centro-agrupado e centro-agrupado por interação do tratamento.

Estudos de associação à metformina

Dois estudos clínicos avaliaram cloridrato de pioglitazona com metformina. Pacientes usavam metformina em qualquer dose, isolada ou combinada. Outros antidiabéticos foram suspensos pelo menos três semanas antes.

Estudo de 16 semanas com associação à metformina (Estudo PNFP-027)

Neste estudo, 328 pacientes receberam 30 mg de cloridrato de pioglitazona ou placebo uma vez ao dia por 16 semanas além da metformina. O tratamento combinado produziu melhoras significativas na HbA1c e glicemia em jejum versus placebo + metformina (ver Tabela 6).

Tabela 6: Parâmetros glicêmicos em 16 semanas de estudo controlado por placebo com metformina (Estudo PNFP-027)

-Placebo + metformina

Cloridrato de Pioglitazona 30 mg + metformina

População total

HbA1C (%)

N = 153

N = 161

Basal (média)

9,89,9

Mudança do basal (média ajustada*)

0,2

-0,6

Diferença do placebo + metformina (média ajustada*)
Intervalo de Confiança 95%

-

-0,8
(-1,2, -0,5)

Glicemia de jejum (mg/dL)

N = 157

N = 165

Basal (média)

260

254

Mudança do basal (média ajustada*)

-5

-43

Diferença do placebo + metformina (média ajustada*)
Intervalo de Confiança 95%

-

-38
(-49, -26)

*Ajustado pela linha basal, centro-agrupado e centro-agrupado por interação do tratamento.
p ≤ 0,05 vs. placebo + metformina.

Estudo de 24 semanas com associação à metformina (Estudo PNFP-342)

Neste estudo, 827 pacientes receberam 30 mg ou 45 mg de cloridrato de pioglitazona uma vez ao dia por 24 semanas além da metformina. A redução média de HbA1c na 24ª semana foi de 0,8% para 30 mg e 1,0% para 45 mg (ver Tabela 7). A redução média de glicemia em jejum foi de 38 mg/dL para 30 mg e 51 mg/dL para 45 mg.

Tabela 7: Parâmetros glicêmicos em 24 semanas de estudo controlado por placebo com metformina (Estudo PNFP-342)

-Cloridrato de Pioglitazona 30 mg + metformina

Cloridrato de Pioglitazona 45 mg + metformina

População total

HbA1C (%)

N = 400

N = 398

Basal (média)

9,9

9,8

Mudança do basal (média ajustada*)

-0,8

-1,0

Diferença de Cloridrato de Pioglitazona 30 mg + metformina (média ajustada*) 95% IC

-

-0,2
(-0,5, 0,1)

Glicemia de jejum (mg/dL)

N = 398

N = 399

Basal (média)

233

232

Mudança do basal (média ajustada*)

-38

-51

Diferença de Cloridrato de Pioglitazona 30 mg + metformina (média ajustada*) 95% IC

-

-12
(-21, -4)

95% IC = Intervalo de confiança 95%
*Ajustado pela linha basal, centro-agrupado e centro-agrupado por interação do tratamento.
p ≤ 0,05 vs. Cloridrato de Pioglitazona 30 mg, um comprimido, diariamente + metformina.

O efeito terapêutico foi observado independentemente da dose de metformina.

Estudos de associação à insulina

Dois estudos clínicos avaliaram cloridrato de pioglitazona com insulina. Pacientes usavam insulina isoladamente ou combinada. Outros antidiabéticos foram suspensos antes do início.

Estudo de associação à insulina (Estudo PNFP-014)

Neste estudo, 566 pacientes receberam 15 mg ou 30 mg de cloridrato de pioglitazona ou placebo uma vez ao dia por 16 semanas além da insulina. O tratamento combinado produziu melhorias significativas na HbA1c e glicemia em jejum versus placebo + insulina (ver Tabela 8). A dose diária média inicial de insulina foi aproximadamente 70 unidades.

A maioria (75% do total) não teve alteração na dose diária de insulina. A alteração média basal na dose diária foi -3 unidades com 15 mg e -8 unidades com 30 mg de cloridrato de pioglitazona, versus -1 unidade com placebo.

Tabela 8: Parâmetros glicêmicos em 16 semanas de estudo controlado por placebo com insulina (Estudo PNFP-014)

-Placebo + insulinaCloridrato de Pioglitazona 15 mg + insulina

Cloridrato de Pioglitazona 30 mg + insulina

População total

HbA1C (%)

N = 177N = 177

N = 185

Basal (média)

9,89,8

9,8

Mudança do basal (média ajustada*)

-0,3-1,0-1,3

Diferença do placebo + insulina (média ajustada*) Intervalo de Confiança 95%

--0,7
(-1,0, -0,5)

-1,0
(-1,3, -0,7)

Glicemia de jejum (mg/dL)

N = 179N = 183

N = 184

Basal (média)

221222

229

Mudança do basal (média ajustada*)

1-35

-48

Diferença do placebo + insulina (média ajustada*) Intervalo de Confiança 95%

-

-35
(-51, -19)

-49
(-65, -33)

*Ajustado pela linha basal, centro-agrupado e centro-agrupado por interação do tratamento.
p ≤ 0,05 vs. placebo + insulina.

Estudo de 24 semanas com associação à insulina (Estudo PNFP-343)

Neste estudo, 690 pacientes usando média de 60 unidades de insulina/dia receberam 30 mg ou 45 mg de cloridrato de pioglitazona uma vez ao dia por 24 semanas além da insulina. A redução média de HbA1c na 24ª semana foi de 1,2% para 30 mg e 1,5% para 45 mg. A redução média de glicemia em jejum foi de 32 mg/dL para 30 mg e 46 mg/dL para 45 mg (ver Tabela 9). A maioria (55% do total) não alterou a dose diária de insulina. A alteração média basal na dose diária foi -5 unidades com 30 mg e -8 unidades com 45 mg.

Tabela 9: Parâmetros glicêmicos em 24 semanas de estudo controlado por placebo com insulina (Estudo PNFP-343)

-Cloridrato de Pioglitazona 30 mg + insulina

Cloridrato de Pioglitazona 45 mg + insulina

População total

HbA1C (%)

N = 328

N = 328

Basal (média)

9,9

9,7

Mudança do basal (média ajustada*)

-1,2

-1,5

Diferença de Cloridrato de Pioglitazona 30 mg + insulina (média ajustada*) 95% IC

-

-0,3
(-0,5, -0,1)

Glicemia de jejum (mg/dL)

N = 325

N = 327

Basal (média)

202

199

Mudança do basal (média ajustada*)

-32-46

Diferença de Cloridrato de Pioglitazona 30 mg + insulina (média ajustada*) 95% IC

-

-14
(-25, -3)

95% IC = Intervalo de confiança 95%
*Ajustado pela linha basal, centro-agrupado e centro-agrupado por interação do tratamento.
p ≤ 0,05 vs. Cloridrato de Pioglitazona 30 mg, um comprimido, diariamente + insulina.

O efeito terapêutico foi observado independentemente da dose de insulina.

Em vários estudos, incluindo comparativos duplo-cegos, com 15 mg, 30 mg ou 45 mg de cloridrato de pioglitazona uma vez ao dia, a taxa de melhoria ("melhora moderada" ou superior) em 821 pacientes foi 50,8%.

Em estudos de longo prazo (28-48 semanas ou mais), o controle glicêmico estável foi alcançado, com reduções mantidas na glicemia de jejum e HbA1c sem perda de efeito terapêutico.

Resultados de estudos comparativos duplo-cegos:
Diabetes tipo II tratados apenas com dieta/exercício
  • Com 30 mg/dia por 12 semanas, HbA1c diminuiu 1,08 ± 1,47% (média ± DP; 63 pacientes).
Diabetes tipo II tratados com sulfonilureias + dieta/exercício
  • Com 30 mg/dia por 12 semanas, HbA1c diminuiu 1,24 ± 1,33% (56 pacientes).
Diabetes tipo II tratados com inibidores de alfa-glicosidase + dieta/exercício
  • Com 30 mg/dia por 16 semanas, HbA1c diminuiu 0,91 ± 0,89% (55 pacientes).
Diabetes tipo II tratados com biguanidas + dieta/exercício
  • Com 15 mg/dia por 12 semanas seguido de 30 mg/dia por 16 semanas, HbA1c diminuiu 0,67 ± 0,80% (83 pacientes).
Diabetes tipo II tratados com insulina + dieta/exercício
  • Com 30 mg/dia por 16 semanas, HbA1c diminuiu 1,22 ± 1,11% (45 pacientes).

Em estudo controlado por placebo, pacientes com controle glicêmico inadequado após três meses de otimização de insulina receberam cloridrato de pioglitazona ou placebo por 12 meses. O grupo com cloridrato de pioglitazona teve redução média de HbA1c de 0,45% versus insulina isolada e redução da dose de insulina.

Análise HOMA mostra que cloridrato de pioglitazona melhora a função das células beta e aumenta a sensibilidade à insulina, efeito mantido em estudos de dois anos.

Em estudos de um ano, cloridrato de pioglitazona promoveu redução consistente e significativa na relação albumina/creatinina versus basal.

Em estudo de 18 semanas, cloridrato de pioglitazona (monoterapia 45 mg vs. placebo) foi associado a ganho de peso significativo, redução de gordura visceral e aumento de gordura extra-abdominal, acompanhados de melhora na sensibilidade à insulina. Na maioria dos estudos, observou-se redução de triglicerídeos totais e ácidos graxos livres, aumento de HDL-colesterol e leve aumento não clinicamente significativo de LDL-colesterol.

Em estudos de até dois anos, cloridrato de pioglitazona reduziu triglicerídeos plasmáticos totais e ácidos graxos livres, aumentou HDL-colesterol versus placebo, metformina ou gliclazida.

Cloridrato de pioglitazona não causou elevações estatisticamente significativas em LDL-colesterol versus placebo, enquanto reduções ocorreram com metformina e gliclazida. Em estudo de 20 semanas, além de reduzir triglicerídeos em jejum, cloridrato de pioglitazona reduziu hipertrigliceridemia pós-prandial, efeitos independentes do controle glicêmico e significativamente diferentes da glibenclamida.

População pediátrica

A EMA dispensou estudos pediátricos para diabetes tipo II.

Referências Bibliográficas

Egan JW, Mathisen AL, Pioglitazona 012 Study Group. The Effect of Pioglitazone on Glucose Control and Lipid Profile in Patients with Type 2 Diabetes. Diabetes. 2000;49(Suppl.1):A105.

Características Farmacológicas


Propriedades farmacodinâmicas

Grupo farmacoterapêutico: Tiazolidinodionas.
Código ATC: A10BG03.

Mecanismo de ação

Cloridrato de pioglitazona é uma tiazolidinodiona que requer insulina para ação. Reduz resistência insulínica periférica e hepática, aumentando captação de glicose dependente de insulina e reduzindo produção hepática de glicose. Não é secretagogo de insulina.

É agonista do receptor γ de peroxissomo proliferador-ativado (PPARγ). Receptores PPAR estão presentes em tecidos importantes para ação insulínica (adiposo, muscular esquelético, hepático). Ativação modula transcrição de genes responsivos à insulina envolvidos no controle de glicose e lipídios.

Em modelos animais diabéticos, reduz hiperglicemia, hiperinsulinemia e hipertrigliceridemia característicos de resistência insulínica. Alterações metabólicas aumentam responsividade tecidual e são observadas em vários modelos.

Como aumenta efeitos da insulina circulante (reduzindo resistência), não reduz glicemia em modelos sem insulina endógena.

Segurança cardiovascular

Em estudo com insulina, placebo-controlado, duplo-cego (566 pacientes), insuficiência cardíaca ocorreu em 1,1% com cloridrato de pioglitazona 15 mg + insulina e 1,1% com 30 mg + insulina versus 0% com insulina isolada. Em outro estudo, 0,3% com 30 mg e 0,9% com 45 mg relataram insuficiência cardíaca grave. Nenhum fator preditivo específico foi identificado.

Estudo pós-comercialização comparou cloridrato de pioglitazona (n = 262) e glibenclamida (n = 256) em diabéticos com insuficiência cardíaca NYHA classe II/III e fração de ejeção < 40%. Hospitalização por insuficiência cardíaca ocorreu em 9,9% com cloridrato de pioglitazona versus 4,7% com glibenclamida. Sem diferença na mortalidade cardiovascular.

No estudo PROactive (estudo prospectivo de eventos macrovasculares), 5.238 pacientes com diabetes tipo II e história de doença macrovascular receberam cloridrato de pioglitazona (n = 2.605) titulado até 45 mg/dia ou placebo (n = 2.633) além de tratamento padrão. Quase todos (95%) usavam medicamentos cardiovasculares. Idade média 61,8 anos, duração média do diabetes 9,5 anos, HbA1c média 8,1%. Acompanhamento médio 34,5 meses. Desfecho primário foi tempo para primeiro evento cardiovascular composto (mortalidade por todas as causas, infarto miocárdico não fatal incluindo silencioso, AVC, síndrome coronariana aguda, intervenção cardíaca, amputação de perna acima do tornozelo, revascularização de perna).

514 (19,7%) com cloridrato de pioglitazona e 572 (21,7%) com placebo tiveram pelo menos um evento do desfecho primário composto (hazard ratio 0,90; IC 95%: 0,80, 1,02, p= 0,10). Sem diferença estatística, mas sem aumento na mortalidade ou número total de eventos macrovasculares com cloridrato de pioglitazona (ver tabela 10). Porcentagem com insuficiência cardíaca grave foi maior com cloridrato de pioglitazona (5,7%, n = 149) versus placebo (4,1%, n = 108). Mortalidade após insuficiência cardíaca grave foi 1,5% (n = 40) com cloridrato de pioglitazona e 1,4% (n = 37) com placebo. Em pacientes usando insulina no início, insuficiência cardíaca grave ocorreu em 6,3% (n = 54/864) com cloridrato de pioglitazona e 5,2% (n = 47/896) com placebo. Com sulfonilureia, 5,8% (n = 94/1.624) com cloridrato de pioglitazona e 4,4% (n = 71/1.626) com placebo.

Tabela 10: PROactive: Número de Eventos Primários e Totais para componentes do desfecho cardiovascular composto

Eventos

Placebo

Cloridrato de Pioglitazona

Cardiovasculares

N = 2633

N = 2605

-Eventos primários n (%)Eventos totais nEventos primários n (%)

Eventos totais n

Qualquer Evento

572 (21,7)900514 (19,7)803

Mortalidade de todas as causas

122 (4,6)

186110 (4,2)177

Infarto miocardial nãofatal (IM)

118 (4,5)

157105 (4,0)131

Derrame

96 (3,6)

11976 (2,9)92

Síndrome coronariana agud

63 (2,4)

7842 (1,6)65

Intervenção cardíaca

101 (3,8)

240

101 (3,9)195

Amputação extensiva da perna

15 (0,6)

28

9 (0,3)28

Revascularização da perna

57 (2,2)

92

71 (2,7)115

CRM = cirurgia de revascularização miocárdia; IP = intervenção percutânea.

Farmacocinética

Estudos demonstram que cloridrato de pioglitazona melhora sensibilidade insulínica em pacientes resistentes. Melhora responsividade celular à insulina, aumenta captação de glicose dependente de insulina e sensibilidade hepática. Em diabetes tipo II, reduz glicemia plasmática, insulinemia e HbA1c. Em estudos controlados, teve efeito aditivo sobre controle glicêmico quando combinado com sulfonilureia, metformina ou insulina.

Pacientes com anormalidades lipídicas incluídos. Geralmente, tratamento reduziu triglicerídeos séricos, aumentou HDL-colesterol, sem alterações consistentes em LDL e colesterol total. Sem evidência conclusiva de benefício macrovascular.

Propriedades farmacocinéticas

Absorção

Após administração oral, pico de concentração em 2 horas. Alimentos retardam Tmáx para 3-4 horas sem alterar ASC (Estudo PNFP-036). Biodisponibilidade absoluta >80% (Estudo EC-241).

Após dose única diária, concentrações séricas em estado estacionário de cloridrato de pioglitazona e metabólitos ativos M-III (derivado ceto) e M-IV (derivado hidroxila) atingidas em 7 dias. Em estado estacionário, M-III e M-IV atingiram concentrações iguais ou maiores que cloridrato de pioglitazona. Cloridrato de pioglitazona compreendeu 30-50% do pico total e 20-25% da ASC total. Sem acúmulo (Estudo CPH-002).

Cmáx, ASC e Cmín aumentaram proporcionalmente com doses de 15 mg e 30 mg/dia.

Distribuição

Volume aparente de distribuição médio após dose única ~0,25-0,63 L/kg. Liga-se extensamente a proteínas séricas humanas (>99%), principalmente albumina. Metabólitos M-III e M-IV também ligam-se extensamente a albumina (>98%) (Estudos A-35-00384, A-35-00385, A-35-00802, A-35-01202).

Metabolismo

Extensivamente metabolizado por hidroxilação e oxidação. Metabólitos parcialmente convertidos em glicuronídeos ou sulfatos. Múltiplas isoformas CYP envolvidas (principalmente CYP2C8, menor contribuição CYP3A4, outras incluindo CYP1A1 extra-hepática). Três de seis metabólitos ativos (M-II, M-III, M-IV).

Considerando concentrações e ligação proteica, cloridrato de pioglitazona e M-III contribuem igualmente para eficácia. M-IV contribui ~3 vezes mais que cloridrato de pioglitazona; contribuição de M-II mínima.

Estudos in vivo com genfibrozila (inibidor forte de CYP2C8) mostraram que cloridrato de pioglitazona é substrato de CYP2C8.

Estudos in vivo não demonstraram inibição de subtipos CYP. Sem indução de CYP1A, CYP2C8/09 e CYP3A4 principais.

Razões cortisol/6β-hidrocortisol urinárias mostraram que não é indutor forte de CYP3A4.

Estudos de interação: sem efeito relevante na farmacocinética/farmacodinâmica de digoxina, varfarina, femprocumona, metformina. Genfibrozila aumenta e rifampicina reduz concentração plasmática de cloridrato de pioglitazona.

Excreção e eliminação

Após administração oral, ~15-30% recuperado na urina. Eliminação renal insignificante; principalmente excretado como metabólitos e conjugados.

Maior parte da dose oral excretada na bile inalterada ou como metabólitos, eliminada nas fezes. Meia-vida sérica média de cloridrato de pioglitazona e metabólitos (M-III e M-IV) 3-7 h e 16-24 h, respectivamente. Depuração aparente 5-7 L/h.

Após dose oral radiomarcada, recuperação principalmente fecal (55%) e urinária (45%). Meia-vida de eliminação plasmática média de cloridrato de pioglitazona inalterada 5-6 h; metabólitos ativos totais 16-23 h.

Populações especiais

Insuficiência renal

Meia-vida sérica inalterada em insuficiência renal moderada (clearance creatinina 30-50 mL/min) a grave (<30 mL/min) versus função normal. Sem necessidade de ajuste de dose (Estudo EC-230).

Insuficiência hepática

Pacientes com função hepática insuficiente (Child-Turcotte-Pugh B/C) apresentam ~45% redução no pico médio de cloridrato de pioglitazona e total, sem alterações na ASC. Sem necessidade de ajuste de dose.

Relatos pós-comercialização de insuficiência hepática; estudos geralmente excluíram pacientes com TGP >2,5 vezes limite superior. Usar com cautela em doença hepática (Estudo PNFP-007).

Pacientes geriátricos

Em idosos saudáveis, picos de concentração sérica não diferem significativamente, mas ASC ~21% maior versus jovens. Meia-vida terminal média mais longa (~10 h versus ~7 h). Mudanças não clinicamente relevantes (Estudo PNFP-025).

Pacientes pediátricos

Segurança e eficácia não estabelecidas. Não recomendado.

Gênero

Mulheres apresentam Cmáx e ASC 20-60% maiores que homens (Estudo PNFP-025). Em estudos, reduções de HbA1c geralmente maiores em mulheres (diferença média 0,5%). Sem ajuste de dose baseado apenas em gênero.

Etnia

Dados indisponíveis.

Interações entre fármacos

Tabela 11: Efeitos da coadministração de cloridrato de pioglitazona na exposição sistêmica a outros fármacos

-

Fármaco coadministrado

Dose de cloridrato de pioglitazona (mg)

Nome e regime de dose

Alteração na ASC

Alteração no Cmáx

45mg (N = 12) Estudo EC-221

Varfarina

Dose diária, seguida de dose de manutenção baseada nos valores de TP e INR Valores Quick = 35 ± 5%

R-varfarina↓3%R-varfarina

↓2%

S-varfarina

↓1%S-varfarina

↑1%

45 mg (N = 12) Estudo EC-222

Digoxina

0,200mg duas vezes ao dia (dose de carga), seguida de 0,250mg diariamente (dose de manutenção, 7 dias)

↓15%

↓17%

45mg diariamente por 21 dias (N = 35) Study OPI - 517

Contraceptivo oral

[Etinilestradiol (EE) 0,035mg somando a Noretindrona (NE) 1mg] por 21 dias

EE↓11%EE

↓13%

NE

↓3%NE

↓7%

45 mg (N = 23) Study PNFP037

Fexofenadina

60mg duas vezes ao dia, por 7 dias

↓30%

↑37%

45 mg (N = 14)

Glipizida

5mg diariamente por 7 dias

↓3%

↓8%

45 mg diariamente por 8 dias (N = 16) Estudo EC-223

Metformina

1000 mg dose única no Dia 8

↓3%

↓5%

45 mg (N = 21) Estudo PNFP-345

Midazolam

7,5mg dose única no Dia 15

↓26%

↓26%

45 mg (N = 24) Estudo PNFP-038

Ranitidina

150 mg duas vezes ao dia por 7 dias

↑1%

↓1%

45 mg diariamente por 4 dias (N = 24) Estudo PNFP-040

Nifedipina liberação modificada

30 mg diariamente por 4 dias

↓13%

↓17%

45 mg (n = 25) Estudo PNFP-039

Atorvastatina Cálcica

80 mg diariamente por 7 dias

↓14%

↓23%

45 mg (N = 22) Estudo OPI-510

Teofilina

400 mg duas vezes por dia por 7 dias

↑2%

↑5%

*Diariamente por 7 dias salvo disposição ao contrário.
% de alteração (com ou sem coadministração de fármaco e sem alterações = 0%); símbolos de ↑ e ↓ indicam aumento ou redução da exposição.
Sem efeito clínico significante no tempo de protrombina.

Meia-vida aumentou de 8,3h para 22,7h com genfibrozila.

Tabela 12: Efeitos da coadministração na exposição sistêmica ao cloridrato de pioglitazona

Fármaco coadministrado e regime de dose

Cloridrato de Pioglitazona

Regime de dose (mg)*Alteração na ASC

Alteração no Cmáx

Genfibrozila 600mg duas vezes ao dia por 2 dias (N = 12) Jaakota at al 2005

15 mg dose única↑3,2 vezes

↑6%

Cetoconazol 200mg duas vezes ao dia por 7 dias (N = 28) Study OPI - 517

45 mg↑34%

↑14%

Rifampicina 600mg diariamente por 5 dias (N = 10) Jaakota et al 2005

30 mg dose única↓54%

↓5%

Fexofenadina 60mg duas vezes por dia por 7 dias (N = 23) Study PNFP-037

45 mg

↑1%

0%

Ranitidina 150mg duas vezes por dia por 4 dias (N = 23) Study PNFP-038

45 mg

↓13%

↓16%

Nifedipina liberação modificada 30 mg diariamente por 7 dias (N = 23) Study PNFP-40

45 mg↑5%

↑4%

Atorvastatina Ca 80 mg diariamente por 7 dias (N = 24) Study PNFP-039

45 mg↓24%

↓31%

Teofilina 400mg duas vezes por dia por 7 dias (N = 22) Study OPI-510

45 mg↓4%

↓2%

*Diariamente por 7 dias salvo disposição ao contrário.
Razão média (com/sem fármaco coadministrado e sem alteração = 1 vez);
% de alteração (com ou sem coadministração de fármaco e sem alterações = 0%); símbolos de ↑ e ↓ indicam aumento ou redução da exposição.

Dados de segurança pré-clínica

Segurança farmacológica

Estudos de segurança não mostraram efeitos adversos significativos nos sistemas cardiovascular, respiratório, nervoso central, nervoso autônomo ou gastrointestinal.

Mutagenicidade, carcinogenicidade

Sem potencial genotóxico em ensaios in vivo e in vitro. Aumento de incidência de hiperplasia e tumores de bexiga em ratos tratados por até 2 anos.

Estudo mecanístico posterior em ratos avaliou efeito da acidificação urinária na formação de cristais. Embora alterações proliferativas persistissem, incidência de tumores reduziu com dieta acidificante.

Sem resposta tumorigênica em ratos de ambos os gêneros. Sem hiperplasia de bexiga em cães ou macacos tratados por até 12 meses.

Armazenamento do Aglitil

Armazenar em temperatura ambiente (15°C a 30°C). Proteger da luz e umidade.

Manter frascos bem fechados.

Número de lote e datas: vide embalagem.

Não usar após o prazo de validade. Guardar na embalagem original.

Aspecto

Comprimidos de 15 mg e 30 mg brancos, circulares e biconvexos.

Caso observe alterações no aspecto, consulte o farmacêutico.

Manter fora do alcance de crianças.

Informações legais do Aglitil

Registro: 1.1819.0297

Registrado por: 
Multilab Indústria e Comércio de Produtos Farmacêuticos Ltda.
Rod. Jornalista Francisco Aguirre Proença, Km 08
Bairro Chácara Assay
Hortolândia/SP – CEP: 13186-901
CNPJ: 92.265.552/0009-05
Indústria Brasileira

Produzido por:
EMS S/A.
Hortolândia/SP
Ou
Novamed Fabricação de Produtos Farmacêuticos Ltda.
Manaus/AM

SAC
0800 600 06 60

Venda sob prescrição médica.

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